sábado, 27 de dezembro de 2014

(22) Conexões Bíblicas – O homem, em estado de pecado, foge quando ouve a voz de Deus!

Comentário
As árvores do jardim que foram dadas ao homem como alimento, exceto a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:16-17), agora, em decorrência do pecado, tornaram-se um inócuo esconderijo. Assim que pecaram contra o Senhor, Adão e Eva fugiram ao ouvir a voz de Deus. O texto bíblico nos diz que quando “ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus” (Gênesis 3:8). Não existe lugar de fuga para o pecador. O salmista já dizia: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” (Salmos 139:7). O que lhes causou tanto espanto, a ponto de desejarem um esconderijo? A voz do Senhor! A mesma voz que “é poderosa” e “cheia de majestade” (Salmo 29:4). O homem, em estado de pecado, foge quando ouve a voz de Deus!
João, quando estava prisioneiro “na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apocalipse 1:9), também ouviu a voz do Senhor. No entanto, sua reação foi diferente daquela adotada pelo primeiro casal. A Escritura nos apresenta o relato do próprio João quanto a este episódio: “Voltei-me para ver quem falava comigo” (Apocalipse 1:12). João não foge, não procura um esconderijo. Sua reação move-se na linha do seu desejo: “ver quem falava com ele”. A diferença fundamental entre João e o primeiro casal, quando da prática do pecado inicial, era a seguinte: João, por ter experimentado o novo nascimento, estava em Cristo, e “se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Coríntios 5:17). Aquele que está em Cristo não foge quando ouve Sua voz!

Textos conexos
“Voltei-me para ver quem falava comigo”
Apocalipse 1:12

“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.”
Gênesis 3:8
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://blogs.odiario.com/dyaryodyumhebreu/2013/03/22/adao-e-evana-visao-judaica/

(21) Conexões Bíblicas – Jesus Cristo, o Cordeiro que não envelhece!

Comentário
Duas palavras significativas utilizadas pela Escritura são Cordeiro e serpente. A primeira tem sido utilizada, em muitos momentos, para referir-se a Jesus Cristo, ao passo que a segunda, noutras ocasiões, refere-se ao diabo.
Quando Abraão fora posto em prova, seu filho Isaque dirigiu-lhe um especial questionamento: “Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gênesis 22:7). Em resposta, Abraão lhe disse: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto” (Gênesis 22:8). Este cordeiro aponta para Cristo, tanto quanto o cordeiro da páscoa registrado em Êxodo 12:1-28, em relação à qual se diz “cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” (Êxodo 12:3). João Batista foi o primeiro personagem do Novo Testamento a lançar luzes sobre a percepção de Jesus Cristo como o Cordeiro, ao afirmar: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). O livro de Apocalipse reforça esta ideia ao afirmar que este cordeiro foi morto e, por ter sido morto, tornou-se digno de “receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Apocalipse 5:12). O cordeiro é o mesmo, tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento: Ele não envelheceu!
O capítulo 3 de Gênesis narra as incursões da serpente como provocadora das más notícias da entrada do pecado na humanidade. Após lograr êxito no seu intento, a serpente vê-se diante do julgamento divino. Disse o Senhor Deus à serpente: “Maldita és (...) rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:14-15). A narrativa bíblica a respeito da serpente comprova o seu envelhecimento, pois dela se diz em Apocalipse 20:2, “a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos” (Apocalipse 20:2).
A serpente já não é mais a mesma, ela envelheceu, diferentemente do Cordeiro de Deus que, “ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:8)!

Textos conexos
“Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.”
Gênesis 22:7-8

“Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.”
Êxodo 12:3

“proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”
Apocalipse 5:12

“Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos”
Apocalipse 20:2

A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://palavraestudada.blogspot.com.br/2012/02/pequenos-estudos-deus-como-redentor.html.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

(20) Conexões Bíblicas – A face de Cristo é a glória de Deus!

Comentário
Jacó, por ordem divina, estava regressando para a terra dos seus pais (Gênesis 31:13). Esta ordem, porém, implicava na realização de algo que Jacó muito temia: Um encontro com Esaú, seu irmão. Permaneciam vívidas em sua alma as palavras de sua mãe: Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te” (Gênesis 27:42). Enquanto obedecia, sua alma temia! Jacó encontrava forças na oração para prosseguir sua jornada de obediência. Após reconhecer a promessa, as misericórdias e a fidelidade de Deus para com sua vida (Gênesis 32:9-12), Jacó apresenta o seu temor diante de Deus com as seguintes palavras: Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo” (Gênesis 32:11). Seu temor não o impedia de obedecer às ordens divinas!
Esta jornada de obediência conduziu-o ao Ribeiro de Jaboque, onde se encontrou com Deus. Este encontro o salvou! Mesmo antes de ser salvo de Esaú, ele foi salvo de si mesmo, para tornar-se um novo homem. Após este encontro, Jacó exclamou: “Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.” (Gênesis 32:30). A contemplação da face de Deus proporciona salvação!
É especial a conexão que a Escritura faz entre a glória de Deus e Sua face. A Bíblia diz que Moisés pediu para ver a glória de Deus (Êxodo 33:18). Em resposta Deus lhe disse: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Êxodo 33:20). O próprio Deus conectou Sua glória com Sua face. É exatamente com tal compreendeu que o apóstolo Paulo nos apresenta a percepção bíblica do Novo Testamento. Em suas páginas, o Novo Testamento apresenta o atual caminho para a contemplação da Glória de Deus, conectando-o a Jesus Cristo. Paulo nos diz que somente é possível experimentar uma iluminação espiritual para conhecer a glória de Deus se estivermos diante da face de Cristo (II Coríntios 4:6). A face de Cristo é a glória de Deus! Contemplá-lo mediante a fé proporciona salvação, pois a Escritura anuncia o Seu propósito salvador desde o Seu nascimento ao afirmar: “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1:21).

Textos conexos
“Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.”
Gênesis 32:30

“Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.”
II Coríntios 4:6
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.artbible.org/pt/pintura-livro-lucas-42/2/#.VJvvOl4CA.

(19) Conexões Bíblicas – Jesus, o Supremo Pastor!

Comentário
Por intermédio do profeta Ezequiel, Deus afirma o seguinte: “Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.” (Ezequiel 34:11). Ao menor sinal de dispersão entre Suas ovelhas, imediatamente o Senhor Deus busca o seu rebanho (Ezequiel 34:12). Não se trata de uma busca empreendida por quem não sabe onde está o que se perdeu, mas de uma busca por despertar no coração da ovelha o desejo de estar novamente com o seu pastor.
O Novo Testamento apresenta uma passagem similar, porém, no ambiente de uma parábola contada pelo Senhor Jesus. Trata-se da parábola da ovelha perdida. Nesta parábola está registrado o valor de uma ovelha. Conquanto tenha cem ovelhas, se determinado pastor perder apenas uma, ele “vai em busca da que se perdeu, até encontra-la” (Lucas 15:4). Este homem é uma figura do pastor anunciado pelo profeta Ezequiel. Seu amor por Suas ovelhas é intenso! Sua satisfação está na completude do Seu rebanho. Tendo noventa e nove ovelhas sob Seus cuidados, Ele não descansa enquanto não faz retornar ao aprisco aquela que se desgarrou! Desânimo e desistência são verbetes que não estão no seu vocabulário de busca. Sua procura é “até encontra-la” e Seu regresso é jubiloso, mesmo que carregue sobre os ombros a ovelha perdida que se desgarrou. O texto bíblico diz: “Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.” (Lucas 15:5).
O homem prefigurado em Lucas 15 é o Senhor Jesus, o mesmo Supremo Pastor anunciado profeticamente em Ezequiel 34:11-12!

Textos conexos
“Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que encontra ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares para onde foram espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.”
Ezequiel 34:11-12

“Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.”
Lucas 15:3-5
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://ass5dejulho.blogspot.com.br/2010/01/o-senhor-e-o-meu-pastor-salmo-23.html.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

(18) Conexões Bíblicas – Filho de Deus, eis a identidade de quem crê em Jesus Cristo

Comentário
O povo de Israel estava na fronteira com a Terra Prometida, acampado no deserto de Parã. Deus ordena a Moisés que envie espias para a Terra de Canaã ao mesmo tempo em que os faz lembrar de sua promessa de lhes dar esta terra. Eis a palavras proferidas pelo Senhor Deus a Moisés: “Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel” (Números 13:2). Após quarenta dias os espias retornaram com um relato dividido em duas partes: 1) Relato de que a terra verdadeiramente manava leite e mel (Números 13:27); e 2) Relato de que os habitantes da terra eram poderosos e as suas cidades mui grandes e fortificadas. Dez dos espias concluíram o seu relato dizendo: “Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.” (Números 13:31). Este diagnóstico desprovido de fé e, portanto, desestimulante, conduziu aqueles dez espias a concluírem o seguinte: “Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.” (Números 13:33). Em tão pouco tempo eles se esqueceram do poder do Deus que os libertou na escravidão egípcia. Nem mesmo atentaram para a seguinte repetição da promessa a eles reiterada quando foram convocados: “espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel”. Estes espias perderam sua identidade como povo que foi libertado do Egito e conheceu o braço poderoso do Senhor em favor dos Seus filhos.
O apóstolo João percorre um caminho contrário ao percorrido por aqueles dez espias. João se alinha à fidelidade e à confiança que repousava sobre Josué e Calebe, dois dos doze espias que foram enviados à Terra Prometida. Estes dois espias foram diferentes em suas conclusões quanto à terra. Ele disseram: “Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela.” (Números 13:30). João anuncia aos seus irmãos em Cristo que eles são amados por Deus, são filhos de Deus e estão vocacionados a serem semelhantes a Jesus. Deixemos que as palavras do apóstolo João falem por si mesmas: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” (I João 3:1-2). João não se alia àqueles que acham que são como que gafanhotos diante de seus inimigos, ao contrário, ele discerne sua posição como alguém que é amado por Deus filho de Deus, que se tornou filho de Deus e que está vocacionado a ser semelhante a Jesus.

Textos Conexos
“Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.”
Números 13:33

“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”
I João 3:1-2
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://gilsonsantosdotcom.files.wordpress.com/2012/08/autumn_bunch_grapesnicolas.jpg

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

(17) Conexões Bíblicas – Aquele que crê em Jesus Cristo viverá.

Comentários
O povo de Israel, durante os dias de sua peregrinação no deserto, teve sua trajetória manchada por desagradáveis momentos de murmuração. Assim que saíram do monte Hor, estando nos arredores da terra de Edom, diz-nos a Escritura “o povo se tornou impaciente no caminho” (Números 21:4). A impaciência parece exercer um poder para desencadear a prática da murmuração. A Escritura Sagrada é descrita como sendo portadora da paciência que, juntamente com a consolação dela decorrente, conduz-nos à esperança (Romanos 15:4). Seria a impaciência uma evidência de que os filhos de Israel estavam destituídos dos mandamentos divinos e afastados de Suas promessas? Como consequência da murmuração, surgiram no deserto “serpentes abrasadoras” que mordiam o povo e muitos do povo de Israel morreram (Números 21:6).
Deus, porém, em Sua misericórdia, proveu um escape para o Seu povo. Diz-nos a Bíblia Sagrada que o Senhor deu a seguinte ordem a Moisés: “Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá.” (Números 21:8). Um poder curativo era liberado sobre aquele que olhava para a serpente construída por Moisés! Que poder acha-se oculto nesta palavra “olhar”? O Senhor Deus diz de Si mesmo: “Olhai para mim e sede salvos” (Isaías 45:22).
O Novo Testamento nos aponta as seguintes palavras de Jesus Cristo: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” (João 3:14-15). Observe, porém, que Jesus, substitui a palavra “olhar”, pela palavra “crê”. Isto significa que olhar é sinônimo de crer. A fé assume um importante papel na vida cristã. Por isso nos é dito que “o justo viverá pela fé”, tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento (Habacuque 2:4, Romanos 1:17, Gálatas 3:11 e Hebreus 10:38).
Aquele que olhava para a serpente construída por Moisés, vencia o poder da morte das serpentes venenosas. Aquele que olha (crê) para Jesus Cristo vence o poder da morte que advém do pecado. Aquele que crê em Jesus Cristo viverá!

Textos conexos
“Disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá.”
Números 21:8

“E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”
João 3:14-15 
A. M. Cunha
Gravura extraída de:

https://viagenzinhahein.files.wordpress.com/2014/10/800px-d184d191d0b4d0bed180d0b1d180d183d0bdd0b8-d0bcd0b5d0b4d0bdd18bd0b9d0b7d0bcd0b8d0b9.jpg