sexta-feira, 26 de abril de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE LUCAS - CAPÍTULO 14


A influência, de acordo com o dicionário Michaelis, é o “poder ou ação que alguém exerce sobre pessoas ou coisas”, ou o “poder de influenciar e modificar o pensamento ou o comportamento de outrem”. O sal é dessas substâncias que exercem influência no ambiente onde é colocado. Pensando nisso e, muito provavelmente em outros aspectos que nossa mente limitada não alcança, Jesus anunciou que Seus discípulos eram “o sal da terra” [Mateus 5:13]! Eles, portanto, estavam vocacionados para exercer influência neste mundo! Mas, e se por algum motivo esta influência fosse interrompida? O capítulo 14 do Evangelho Segundo Lucas apresenta uma séria descrição deste fato. O Senhor afirma que o “sal é certamente bom” [Lucas 14:34]! O mesmo, porém, não se pode afirmar em relação ao sal que se tornou insípido. Em decorrência desta insipidez, o sal não “presta para a terra” [Lucas 14:35]! Quando Jesus compara os Seus discípulos com o sal, Ele o faz anunciando que eles são o “sal da terra” ou, num certo sentido, o “sal para a terra”. Porém, caso se tornassem insípidos, deixariam de ser discípulos e não mais seriam úteis para a terra! A chave para que o discípulo de Cristo exerça positiva influência neste mundo é adotar um estilo de vida de renúncia. Eis o motivo porque o Senhor afirma que todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” [Lucas 14:33].
A. M. Cunha

domingo, 21 de abril de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE LUCAS - CAPÍTULO 13

“Saraiva” era o nome de um dos personagens mais famosos de Francisco Milani. Este personagem foi responsável pela divulgação do conhecido bordão cuja ideia central era “tolerância zero”. O capítulo 13 do Evangelho Segundo Lucas apresenta a parábola de certo homem que tinha uma figueira plantada na sua vinha. Este homem – embora não pudesse ser comparado ao “Saraiva” de Francisco Milani, de modo que não podia ser chamado de “tolerância zero” – bem que podia ser chamado de “tolerância três”, pois três foi o número de anos em que ele, sem sucesso, havia procurado fruto na figueira até decidir cortá-la [Lucas 13:6-7]. A parábola apresenta ainda o viticultor, funcionário do dono da vinha, que, movido por compaixão, suplicou ao dono da vinha que lhe concedesse mais um ano de tratamento para figueira com as seguintes palavras: “Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la” [Lucas 13:8-9]. A compaixão sempre se predispõe a conceder mais uma oportunidade! Quando o que está em jogo é a frutificação espiritual na vida de alguém, a filosofia da chamada “Tolerância zero” não pode dominar o nosso coração. Ao contrário, deixemos que a compaixão venha reger a sinfonia de amor e graça que deve transbordar em nossas atitudes!
A. M. Cunha