sábado, 29 de setembro de 2018

LÍDERES DILIGENTES COM O REBANHO CONSTROEM PONTES PARA A SAÚDE ESPIRITUAL DAS OVELHAS

“Agora, porém, com o regresso de Timóteo, vindo do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, e, ainda, de que sempre guardais grata lembrança de nós, desejando muito ver-nos, como, aliás, também nós a vós outros,”
1 Tessalonicenses 3:6

O zelo dos apóstolos pelas ovelhas do rebanho do Senhor pode ser notado na expressão “mandei indagar o estado da vossa fé, temendo que o Tentador vos provasse, e se tornasse inútil o nosso labor.” [1 Tessalonicenses 3:5].

Eles pretendiam obter informações acerca do estado da fé dos cristãos tessalonicenses. O regresso de Timóteo trouxe boas notícias, muito além das suas expectativas, as quais apontavam para uma fé estável, um amor visível e prático, bem como, para as agradáveis lembranças que os tessalonicenses nutriam para com os apóstolos, a ponto de terem o intenso desejo de vê-los novamente!
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Os apóstolos exerciam uma atividade pastoral muito amorosa para com os tessalonicenses, pois eles, não apenas procuravam conhecer o estado espiritual deles, como também eram extremamente cuidadosos em sua atividade pastoral para com eles. Eles praticavam, portanto, o que está escrito em Provérbios 27:23, que nos diz: “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas e cuida dos teus rebanhos”. Duas importantes palavras aplicáveis à prática pastoral são apresentadas neste versículo: “conhecer” e “cuidar”.

Não queremos, porém, ser descuidados quanto ao que ora afirmamos, pois não desconhecemos o fato de que o norte hermenêutico de Provérbios 27:23, parece ser Provérbios 27:24, onde se diz: “porque as riquezas não duram para sempre, nem a coroa, de geração em geração”. Em outras palavras, o que se aborda nestes versículos tem como pano de fundo as riquezas no sentido material.

Porém, o próprio Senhor nos disse: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma?” [Marcos 8:36-37]. A alma humana, portanto, foi qualificada por Nosso Senhor como uma riqueza em escala superior às riquezas materiais.
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Portanto, em que pese o norte hermenêutico acima apontado, por ser a alma humana uma riqueza com dimensões superiores à riqueza material, não nos pareceu ser desarrazoado aplicar Provérbios 27:23 à prática pastoral.

Os apóstolos, portanto, cumpriram Provérbios 27:23, pois procuraram conhecer o estado espiritual das ovelhas em Tessalônica e desempenharam para com eles uma atividade pastoral especialmente cuidadosa!

Líderes que são diligentemente cuidadosos com o rebanho de Cristo, estando atentos para com o seu estado espiritual, são líderes que constroem pontes para que o rebanho tenha uma fé estável, um amor visível e prático e tenham boas lembranças a respeito de sua liderança espiritual!
A. M. Cunha

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

O ENSINO FUNDAMENTADO NAS ESCRITURAS CONCEDE ESTABILIDADE ESPIRITUAL


“[2] e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos, [3] a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto; [4] pois, quando ainda estávamos convosco, predissemos que íamos ser afligidos, o que, de fato, aconteceu e é do vosso conhecimento.”
1 Tessalonicenses 3:2-4

O apóstolo Paulo e seus colaboradores estavam muito desejosos de novamente visitar os cristãos em Tessalônica. Embora não tivessem tido uma oportunidade para vê-los novamente, enviaram o irmão Timóteo com o propósito de promover um vigoroso ensino cristão entre aqueles irmãos.

Esse ensino cristão veio como um poderoso recurso que Deus estava disponibilizando aos irmãos em Tessalônica. Por ter realizado um ensinamento fundamentado nas Escrituras, a atuação de Timóteo entre os tessalonicenses proporcionou um grande benefício a sua fé, confirmou o modo como deveriam viver como cristãos e promoveu uma exortação bíblica entre eles.

Esse maravilhoso ensinamento fez com que aqueles irmãos adquirissem uma estabilidade espiritual tão singular e profunda, a ponto de fazer com que eles não mais se sentissem inquietados com as tribulações suportadas pelo povo de Deus e, especialmente, por sua liderança espiritual.
A. M. Cunha

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

DAR GRAÇAS NOS MANTÉM ALINHADOS COM A VONTADE DE DEUS


“Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes”.
1 Tessalonicenses 2:13


É muito motivador perceber como as palavras do apóstolo Paulo aos Tessalonicenses estavam carregadas de gratidão! Na visão apostólica, dar graças é manter-se alinhado com a vontade de Deus, pois para ele, “dar graças” era “a vontade de Deus em Cristo Jesus” [1 Tessalonicenses 5:18]!

Sua gratidão, porém, não era proveniente dos seus sentimentos por coisas, mas por pessoas. Por três vezes nesta Carta ele manifestou sua gratidão pelas pessoas com as quais se relacionava [1 Tessalonicenses 1:2; 2:13 e 3:9]!

Aos olhos do apóstolo, pessoas que, em suas próprias vidas, acolhem a Palavra de Deus, “não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus”, são pessoas que despertam gratidão! Pessoas com esse perfil, são pessoas cheias de fé, as quais, de dia em dia, tornam-se cada vez melhores pela eficácia transformadora da Palavra de Deus que nelas atua.
A. M. Cunha

AS CIRCUNSTÂNCIAS NÃO PODEM E NÃO DEVEM IMPEDIR A AÇÃO EVANGELIZADORA

“[1] Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera; [2] mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta.
1 Tessalonicenses 2:1-2

É extremamente gratificante saber que os apóstolos mantiveram-se fiéis ao mandado divino para evangelizar os tessalonicenses. De acordo com 1 Tessalonicenses 2:2 as circunstâncias que envolveram essa ação evangelizadora estavam profundamente desfavoráveis, pois eles haviam sido maltratados e ultrajados em Filipos.

Somente o Espírito Santo pode tornar a alma humana, maltratada e ultrajada pelas agruras da perseguição, numa alma disposta a anunciar o evangelho de Deus, ainda que em meio a muitas adversidades e lutas!

Conquanto as circunstâncias exteriores tenham sido desfavoráveis para a ação evangelizadora, a condição interior dos apóstolos mantinha-se fiel e disposta em cumprir a ordem divina para anunciar o Evangelho de Deus!

Com tal disposição interior, que não lhes permitia interromper a ação evangelizadora em função das lutas e desafios decorrentes da perseguição que lhes fora imposta, os apóstolos não apenas evangelizaram os tessalonicenses, como também colheram os frutos resultantes da sua obediência.

O salmista já havia compreendido tal realidade quando afirmou: “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” [Salmo 126:5-6].
A. M. Cunha

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

DÉCIMA SÉTIMA SEÇÃO – SALMO 119:136


Salmo 119:136 – “Torrentes de água nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.” Este versículo dá sinais de que o salmista chorava copiosamente ao contemplar aqueles que se achavam em estado de desobediência para com os Mandamentos do Senhor! Ao longo de todo o Salmo 119, é possível ver o salmista demonstrando o seu desejo de aprender os mandamentos divinos [salmo 119:12, 26, 33, 64, 66, 68, 73, 108, 124 e 135]. Nas entranhas desse desejo está implícita sua inclinação para trilhar o caminho da obediência. O salmista já havia dito: “Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim” [Salmo 119:33]. Ele também anelava ver os homens trilhando o mesmo caminho. Porém, ao contemplar que a violação à Lei do Senhor era uma realidade entre os homens, sua alma fartamente vertia lágrimas, pois o Senhor estava sendo desonrado com a desobediência a Sua lei.
A. M. Cunha

O PRESENTE E O FUTURO SÃO IMPACTADOS PELO EVANGELHO


“[8] Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma; [9] pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro [10] e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura.”
1 Tessalonicenses 1:9-10

Os versículos 8 a 10 do capítulo primeiro da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses demonstra a poderosa repercussão do Evangelho entre os tessalonicenses. Essa repercussão revela dois significativos efeitos do Evangelho: um, quanto ao presente e outro, quanto ao futuro.

No versículo 9 conhecemos o efeito presente do Evangelho, qual seja, a conversão, caracterizada pelo abandono das práticas da velha vida, juntamente com a disposição para servir a Deus. O texto bíblico afirma: “deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”.

No versículo 10 somos apresentados ao efeito futuro do Evangelho, a saber, somos apresentados ao futuro que enche o nosso coração de esperança. Nossa esperança está pautada no evento, futuro e certo, de que o Senhor Jesus, o Filho de Deus, ressuscitado dentre os mortos, voltará dos céus para o Seu povo. A grandiosidade deste evento é ressaltada com a verdade de que o Senhor Jesus livrará o Seu povo da ira vindoura!
A. M. Cunha

terça-feira, 25 de setembro de 2018

EXORTAR, CONSOLAR E ADMOESTAR PARA A GLÓRIA DE DEUS


“E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.”
1 Tessalonicenses 2:12

O texto de 1 Tessalonicenses 2:12 faz uso de três importantes palavras: Exortamos, consolamos e admoestamos. Estes três vocábulos, como adequadamente compreendidos, promovem um vigoroso ensinamento para a vida espiritual dos filhos de Deus.

O vocábulo grego παρακαλεω [parakaleo], traduzido como “exortação”, tem o sentido de chamar alguém para o lado daquele que chama, com o propósito de encorajá-lo a fazer algo que pode e precisa ser feito.

O vocábulo grego παραμυθεομαι [paramutheomai], traduzido como “consolar”, tem o sentido de falar algo a alguém, estando ao seu lado, com o propósito de acalmá-lo, oferecendo alívio em tempos de aflição, sofrimento ou tribulação.

O vocábulo grego μαρτυρεω [martureo], traduzido como “admoestar”, tem o sentido instruir alguém, para adverti-lo, a partir de experiências pessoais ou daquilo que obteve por iluminação divina, a interromper o que está fazendo e não deveria continuar a ser feito.

O foco de cada um destes vocábulos, exortar, consolar e admoestar, é fazer com que aqueles que recebem a exortação, o consolo e a admoestação ,vivam por modo digno de Deus, glorificando-o em tudo o que fazem ou deixam de fazer! Quem exorta, consola ou admoesta, deve fazê-lo cheio de amor e com o propósito de ver Deus sendo glorificado!
A. M. Cunha

OS VERDADEIROS DISCÍPULOS REPRODUZEM A OBRA DE CRISTO

“porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.”
1 Tessalonicenses 1:5


Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, não apenas por meio de Sua Palavra da verdade, mas também por meio da operação da Sua graça. A Bíblia diz que Ele “habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” [João 1:14]. Ao fazer uso do vocábulo “verdade”, João referia-se à Palavra. Ao mencionar o vocábulo “graça”, ele fazia referência ao poder de Deus em ação. Este foi o modo como Jesus propagou o Evangelho, fazendo uso da Palavra e do Poder.

Como seguidores de Cristo, devemos agir tal qual o Nosso Divino Mestre agiu! Foi exatamente isso o que os apóstolos fizeram quando evangelizaram Tessalônica. Eis o que afirma o texto bíblico: O “evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo” [1 Tessalonicenses 1:5].

A semelhança é total com o modo como Cristo apresentou o Evangelho. Pode-se, portanto, afirmar que os apóstolos chegaram em Tessalônica cheios de “graça” e de “verdade”!

O mundo será verdadeiramente alimentado quando a igreja, tal qual Cristo, apresentar o verdadeiro Evangelho, cujos nutrientes centrais são: graça e verdade! Tanta a graça quanto a verdade apontam para Cristo, pois Ele foi e é “cheio de graça e de verdade”!

A graça é Cristo! A verdade é Cristo! Cristo é o tema central do evangelho, que se achegou a nós como nossa vida, nossa luz, nossa graça e nossa verdade! Sigamos, pois, os Seus passos!

A. M. Cunha

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O CHAMADO DE ABRAÃO É TAMBÉM NOSSO CHAMADO


“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;”
Gênesis 12:1


Observe a narrativa de Gênesis 12:1. Esta é a clássica passagem bíblica do chamado de Abrão. Este chamamento possui uma dupla ordem: “sair de” e “ir para”. Este não é apenas o chamado de Abrão, mas é nosso chamado também, pois há uma “terra” da qual somos convocados a “sair”, a terra onde os homens são “egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus” [2 Timóteo 3:2-4].

No entanto, tão importante quanto “sair de” é cumprir a parte de nosso chamado que nos ordena “ir para”, pois há uma “terra” que devemos perseguir com todas as nossas forças. Mesmo nunca tendo estado lá, misteriosamente Deus nos faz sentir saudades dessa “terra celestial”!

Então, com perseverança em nosso coração, devemos continuamente “ir para” esta “outra terra”! Envolvamo-nos, portanto, nesse contínuo “ir para”, com o firme propósito de nos movermos entusiasticamente para esta “pátria futura”!

É confortante saber que estamos “deixando uma terra” para “chegarmos noutra”, porém superior”! Nessa “outra terra”, superior e celestial, todas as nossas lágrimas serão enxugadas, a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram [Apocalipse 21:4]. Nela nunca mais haverá qualquer maldição, pois nela estará o trono de Deus e do Cordeiro para sempre [Apocalipse 22:3-5]!
A. M. Cunha

domingo, 23 de setembro de 2018

JESUS É O DÍNAMO QUE CONFERE EFICÁCIA À INTERCESSÃO

O início da primeira carta do Paulo aos tessalonicenses aborda o tema das orações que o apóstolo constantemente fazia em favor deles. Observe o que o texto bíblico diz:

“[2] Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, [3] recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”
1 Tessalonicenses 1:2-3

O texto aborda o tema da oração intercessória. Nesse modo de orar, o apóstolo descreve que ele executava duas importantes práticas, as quais podem ser resumidas nos seguintes vocábulos: “Mencionar” e “Recordar”.

Acerca do primeiro vocábulo o texto diz: “mencionando-vos em nossas orações”. O vocábulo grego traduzido como mencionar, ποιεω [poieo], tem o sentido de “produzir, construir, formar, modelar, ser o autor ou a causa de algo”. Quando o apóstolo Paulo mencionava os tessalonicenses em suas orações, ele estava convicto de que o Espírito Santo, por suas orações, liberaria o Seu poder para construir algo na vida deles, tudo com o propósito de formá-los e modelá-los de acordo com a vontade de Deus para as suas vidas.

Acerca do segundo vocábulo o texto diz: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”. O vocábulo grego traduzido como recordar, μνημονευω [mnemoneuo], tem o sentido de “lembrar, trazer a mente, manter na memória, guardar na mente”. Enquanto orava pelos tessalonicenses, o apóstolo Paulo, a partir das lembranças de suas experiências pessoais com eles, buscava manter firmes as suas memórias acerca de algumas das seguintes virtudes dos tessalonicenses:

[1] A fé, que, segundo o apóstolo, era operosa, ou seja, foi uma fé efetivamente praticada no viver dos cristãos tessalonicenses. Pode-se dizer, portanto, que a fé dos tessalonicenses era capaz de produzir efetiva interferência espiritual em suas vidas e nas vidas daqueles que estavam a sua volta. Em outras palavras, a fé vivenciada pelos tessalonicenses era capaz de atrair atos sobrenaturais de Deus em todas as esferas de seus relacionamentos;

[2] O amor, que, segundo o apóstolo, era abnegado, ou seja, era capaz de impulsionar os tessalonicenses a demonstrá-lo em todas as esferas de seus relacionamentos. Era, portanto, um amor, não de palavra, mas de fato e de verdade [1 João 3:18]. Se a fé operosa atraía atos divinos e sobrenaturais nos relacionamentos, o amor abnegado evidenciava atos humanos caracterizados por afetuosas manifestações de cuidado e acolhimento em todas as esferas de seus relacionamentos; e

[3] A esperança que, segundo o apóstolo, era firme, ou seja, era perseverante, mantendo-se inabalável até mesmo quando enfrentava as mais acirradas provações e os mais intensos sofrimentos.

A conclusão do apóstolo com relação às virtudes da fé, do amor e da esperança na vida dos tessalonicenses é magnífica. Segundo o apóstolo, a fé somente poderia ser operosa, o amor abnegado e a esperança firme se tais virtudes estivessem “em nosso Senhor Jesus Cristo”. Tais virtudes não poderiam estar alicerçadas nos méritos humanos, pois o dínamo que lhes conferia poder e eficácia é o próprio Senhor Jesus Cristo!
A. M. Cunha