sexta-feira, 12 de julho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO – Capítulo 15


Manter-se conectado a Cristo para manter-se vivo e produtivo no Reino de Deus, este é o precioso conteúdo divulgado pelo capítulo 15 do Evangelho Segundo João. Não há habilidade humana que seja capaz de conferir a qualquer pessoa, por mais admiráveis que sejam suas habilidades naturais, a condição de se manter vivo e produtivo no Reino de Deus. A origem desta condição é unicamente divina! A figura bíblica apresentada por Jesus ao expressar tão singular verdade possui os seguintes elementos:

[a] Cristo é a videira verdadeira, ou seja, a vida está Nele, pois Ele, unicamente Ele, é a origem da vida espiritual [João 15:1]; [b] O homem, se e somente se tiver experimentado o novo nascimento, é o ramo desta videira, devendo, portanto, manter-se verdadeiramente conectado a Cristo para se manter vivo e produtivo no Reino de Deus. O ramo, assim sendo, deve manter-se plenamente consciente de que, à parte de Cristo, jamais haverá vida e produtividade [João 15:5]; [c] O Pai Celestial é o agricultor, Aquele que realiza o “corte” e a “poda” dos ramos.

O princípio é bem simples e direto: O ramo sem fruto, e que, portanto, não está verdadeiramente conectado à árvore, deve ser cortado fora. Por outro lado, o ramo com fruto, deve ser podado “para que produza mais fruto ainda” [João 15:2]. Há, como afirmado acima, um importante princípio espiritual revelado neste capítulo: Estar verdadeiramente conectado a Cristo é um intransferível e insubstituível requisito para se manter vivo e produtivo no Reino de Deus. Jesus resume a essência deste princípio nas seguintes palavras: “permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim” [João 15:4].
A. M. Cunha

quinta-feira, 11 de julho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO – Capítulo 14

As telas do cinema mundial fizeram ecoar, pela boca do “tio Ben”, a memorável frase dita para o seu sobrinho Peter Parker, o homem aranha: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Alguns anunciam que esta frase reverbera o pensamento do filósofo Augusto Comte, um defensor da chamada responsabilidade social, cujo cerne parece ter sido: ao detentor de alguma forma de poder impõe-se o dever de agir, não para usufruir, por si e para si, das benesses inerentes ao poder, mas para benefício da sociedade. O capítulo 14 do Evangelho Segundo João inaugura os discursos de Jesus acerca do Espírito Santo, apresentando-O como o Supremo Doador de poder para os filhos de Deus. Por que tão grande poder é dispensado para os filhos de Deus? Resposta: Porque a eles foi incumbida uma grande responsabilidade: Propagar o Evangelho do Reino de Deus a toda criatura! [Marcos 16:15]. Sob a perspectiva do Evangelho, a frase do “tio Ben” assume a seguinte configuração: “É necessário um grande poder para que uma grande responsabilidade possa ser cumprida”. O capítulo 14 do Evangelho Segundo João assim descreve o poder que o Espírito Santo dispensa aos filhos de Deus: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” [João 14:26]. A transformação da sociedade, como um dos necessários reflexos da missão primária dos discípulos de Jesus, requer que os filhos de Deus promovam um poderoso e impactante compartilhamento do Evangelho, sob a necessária, soberana e direta influência do Espírito Santo! Por quanto tempo o Espírito Santo estará com os discípulos de Jesus? O Evangelho assim responde a esta pergunta: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” [João 14:16]! O Consolador garante presença eterna na construção da biografia daqueles cujas ações, por serem espiritualmente relevantes e transformadoras, têm reflexos eternos!
A. M. Cunha

quarta-feira, 10 de julho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO – Capítulo 13


Três perguntas podem abrir o caminho para que uma pessoa compreenda a razão para estar vivo: De onde vim, para onde vou e qual a origem do potencial que me habilita a cumprir a minha missão? Uma honesta resposta a estas três perguntas pode revelar o “Estado de Consciência” de uma pessoa a respeito da sua missão.  O estado de consciência de Jesus era extremamente elevado. O versículo 3 do capítulo 13 do Evangelho Segundo João contem um trio de afirmações, aptas para oferecer uma singular resposta para as três perguntas acima mencionadas e, portanto, aptas para revelar o acurado estado de consciência de Jesus com respeito à sua missão para com a humanidade: “sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus” [João 13.3]. O estado de consciência de Jesus, portanto, pode ser assim delineado:

[1] Ele estava plenamente consciente de Sua origem divina, por isso o texto bíblico afirma: “sabendo este [...] que ele viera de Deus”;

[2] Ele estava plenamente consciente de que o cumprimento de Sua missão terrena estava próximo, por isso se diz: “sabendo este que [...] voltava para Deus”; e

[3] Ele estava plenamente consciente de que possuía autoridade para realizar a Sua missão terrena e que esta autoridade estava pautada no supremo poder que recebera do Pai, de modo que a fonte deste poder era absolutamente divina, por isso se diz: “sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos”.

Num ato de extrema humildade, Jesus, na mais acurada expressão do Seu estado de consciência, “levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido” [João 13.4-5]. A prática de atos de humildade não desqualifica aquele que está consciente de sua missão, ao contrário, expressa sua habilidade para despertar outros para viverem sob o mesmo senso de missão! O céu não era nem o destino final nem a origem de Cristo, mas Cristo é a gênese primária do céu! As realidades do céu, porém, claramente pautaram todos os atos de Cristo nesta terra, por meio dos quais Ele cumpriria a Sua missão terrena para com a humanidade.
A. M. Cunha