sábado, 20 de dezembro de 2014

(16) Conexões Bíblicas – Cristo expande o mandamento de amar o próximo

Comentário
O mandamento divino acerca do amor, conforme lemos em Levítico 19:18, contrapõe duas abstenções em face da ação de amar. As abstenções são: não promover vingança e não guardar ira contra os filhos do povo de Israel. O mandamento que se contrapõe a estas duas abstenções é a ação de amar o próximo como a si mesmo.
Cristo afirmou que o ato de “amar o próximo como a si mesmo” é o segundo mandamento da Lei semelhante ao primeiro (Mateus 22:39). Este segundo mandamento estabelece que “amar o próximo” tem um paradigma: como a si mesmo.
O Senhor Jesus Cristo expande o paradigma deste “amar o próximo” ao consignar o seguinte: “como eu vos amei” (João 13:34). Sabendo a profundidade desta expansão, Cristo diz aos Seus discípulos que lhes dará um “Novo Mandamento”. Eis Suas palavras reveladoras: “Novo mandamento vos dou: (...) assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” (João 13:34). Cristo expande o mandamento de amar o próximo, lançando como paradigma para o seu exercício por parte dos filhos de Deus o modo como Ele os ama.

Textos conexos
“Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.”
Levítico 19:18

“O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 22:39

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
João 13:34
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.snpcultura.org/id_a_primeira_palavra_janeiro_2009.html.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

(15) Conexões Bíblicas – Cristo, o caminho que nos conduz ao Pai Celestial!

Comentário
Após a queda do homem o livro de Gênesis registra uma das mais veementes perguntas já formuladas por Deus: “E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? (Gênesis 3:9). Esta pergunta revela o desejo de Deus em ter comunhão com o homem. No entanto, a queda, por expressar o domínio do pecado sobre a natureza humana, representava um estado de separação provocado unicamente pelo homem. O texto sagrado deixa evidente este estado de separação ao mencionar o seguinte: “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Isaías 59:2). Uma vez estabelecida a separação, o homem viu-se privado do contato com a árvore da vida, razão porque foi expulso do Jardim do Éden. A este respeito as Escrituras anunciam que Deus “colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. (Gênesis 3:24). Este é um dos primeiros registros bíblicos da palavra “caminho”.
O Novo Testamento também se utiliza deste vocábulo em várias ocasiões, uma delas diz respeito a uma das mais conhecidas declarações de Jesus acerca de Si mesmo. Ele declara: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (João 14:6).
A primeira menção do vocábulo “caminho” anunciava “o caminho está fechado”. Porém, nesta segunda citação temos o maravilhoso anúncio: “O caminho está aberto”! Maravilhoso, Cristo é o caminho que torna novamente possível o homem ter comunhão com Deus, desfazendo assim o estado de separação. Cristo, o caminho que nos conduz ao Pai Celestial!

Textos conexos
“E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.
Gênesis 3:24


“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

João 14:6
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.batistakoinonia.com/?p=501.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

(14) Conexões Bíblicas – O ato criador de Deus: Do jardim à cidade celestial

Comentário
No âmbito do propósito criador de Deus, nos primórdios do Seu ato criador temos uma importante edificação: Um jardim no Éden. Diz-nos a Escritura que “plantou o Senhor Deus um jardim no Éden” (Gênesis 2:8). O potencial de vida neste jardim é terreno, pois o texto sagrado nos diz: “Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores” (Gênesis 2:9).
O propósito criador de Deus está em progresso e expansão, pois o Seu ato criador não se exauriu no Éden, mas terá o seu ápice com a edificação da “Nova Jerusalém”. A seu respeito o livro de Apocalipse afirma o seguinte: “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus” (Apocalipse 21:2). João, o evangelista, mostra-nos que a capacidade para ver esta cidade celestial não decorre da natureza humana, mas de uma atividade puramente espiritual que pode ser detectada na expressão “em espírito”, contida em Apocalipse 21:10.
Assim, percebemos que o potencial de vida existente no Jardim do Éden era terreno, ao passo que o potencial de vida existente na Nova Jerusalém é celestial, por isso se diz que esta cidade “descia do céu, da parte de Deus” (Apocalipse 21:10). A atividade espiritual de Cristo em conceder a salvação àqueles que nele creem é o passaporte espiritual para entrada nesta cidade celestial. Não é a atividade humana que assegura tal ingresso, pois nesta cidade “nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Apocalipse 21:27).

Textos conexos
“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.”
Gênesis 2:8-9

“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. (...) e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”
Apocalipse 21:2 e 10

A. M. Cunha


Gravura extraída de: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Peregrino#mediaviewer/File:Pilgrim%27s_Progress_2.JPG.

(13) Conexões Bíblicas – Cristo é o verdadeiro maná

Comentário
Na metade do segundo mês após a saída do Egito os filhos de Israel chegaram ao deserto de Sim (Êxodo 16:1). Diz-nos a Bíblia que “Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto” (Êxodo 16:2). Sua murmuração tinha uma característica: saudade do Egito. Alguém já dissera: “Israel saiu do Egito, mas o Egito não saiu do seu coração”. Eles confrontaram Moisés e Arão dizendo que no Egito eles tinham “panelas de carne” e “pão a fartar” (Êxodo 16:3). Em resposta o Senhor disse: “farei chover do céu pão” (Êxodo 16:4). Este pão ficou conhecido como “maná”, o pão que os filhos de Israel comeram por “quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã” (Êxodo 16:35).
Jesus Cristo, discernindo que o maná fora dado como chuva do céu, afirmou que “não foi Moisés quem vos deu o pão do céu” (João 6:32). O maná, conquanto tenha alimentado o povo de Israel, não era o verdadeiro pão do céu. Jesus sentencia anunciando que “o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá” (João 6:32). Há, portanto, um pão verdadeiro, chamado por Jesus de “o pão de Deus”, uma vez que este pão “é o que desce do céu e dá vida ao mundo” (João 6:33). O maná deu vida, momentânea é bom que se diga, apenas para o povo de Israel. Ele não deu vida para o mundo. Neste sentido, Jesus estava referindo-se a outro pão, “o pão de Deus”. Quem é este pão de Deus? Jesus aponta-nos o caminho para a resposta afirmando o seguinte: “eu desci do céu” (João 6:38). De um modo mais claro e específico, Jesus disse: “Eu sou o pão da vida” (João 6:48).
A diferença entre Jesus, “o pão de Deus” e o “maná” fica muito evidente quando nos deparamos com a seguinte descrição bíblica: “Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram” (João 6:49). Maravilhoso Jesus! Ele “é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça” (João 6:50). Por isso Ele diz de Si mesmo: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente” (João 6:51). Jesus Cristo, o Filho de Deus, que Se deu a Si mesmo pela vida do mundo (João 6:51) é o “verdadeiro maná”.

Textos conexos
“Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não.”
Êxodo 16:4

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.”
João 6:51
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://gilsonsantosdotcom.files.wordpress.com/2014/03/gathering_manna-g-angeli.jpg.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

(12) Conexões Bíblicas – A cura da mão direita ressequida.

Comentário
A Escritura dá um especial enfoque para a mão direita. Vários são os textos que a mencionam. Dois deles são especiais. O primeiro deles refere-se ao momento em que José conduziu seus filhos Efraim e Manassés para serem abençoados por seu pai Jacó. Era costume repousar a mão direita do abençoador sobre a cabeça do primogênito a ser abençoado (Gênesis 48:18). Neste texto, temos a indicação de que a mão direita era utilizada para abençoar. O segundo texto está contido no Salmo 73:23 que nos diz: “Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita.Nesta hipótese, a mão direita é utilizada como referência à proteção.
O Salmista, mesmo quando estava no cativeiro babilônico, portanto, longe de Jerusalém, chamou para si um grave dano caso viesse a esquecer-se da cidade onde estava o templo sagrado, dizendo: “que se resseque a minha mão direita. (Salmos 137:5).
No Novo Testamento, igualmente temos vários registros acerca da mão direita, porém, um deles merece um especial destaque. Jesus entrou numa sinagoga no dia de sábado e passou a ensinar os que ali estavam, entre os quais havia “um homem cuja mão direita estava ressequida” (Lucas 6:6). Num contexto de aplicação com os textos acima citados, aquele homem estava privado de sua capacidade de abençoar (Gênesis 48:18) e de proteger (Salmos 73:23). Jesus, porém, o chama para o meio e lhe ordena: “Estende a mão” (Lucas 6:8-10). Aquele homem, que talvez se envergonhasse de estender sua mão em público, crendo que estava diante daquele que abençoa e protege com excelência, estendeu sua mão direita e pode vê-la ser restaurada diante de todos (Lucas 6:10).

Textos conexos
Sucedeu que, em outro sábado, entrou ele na sinagoga e ensinava. Ora, achava-se ali um homem cuja mão direita estava ressequida.
Lucas 6:6

Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita.
Salmos 137.5
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://en.wikipedia.org/wiki/Healing_the_man_with_a_withered_hand#mediaviewer/File:Christ_heals_tne_man_with_paralysed_hand.jpg.

(11) Conexões Bíblicas – Cristo é a rocha que sacia a sede da alma

Comentário
O povo de Israel, após sair do Egito, percorreu o inóspito caminho do deserto. O Senhor Deus que os libertara do Egito era o mesmo que os protegeria nesta desértica peregrinação. O povo, porém, optando pelo caminho da descrença e da murmuração, afastava-se constantemente do Senhor e da Sua proteção. Um dos eventos mais marcantes desta murmuração encontra-se registrado em Êxodo, quando lemos que os filhos de Israel, após saírem do deserto de Sim, acamparam-se em Refidim. Este lugar, porém, era problemático, pois “não havia ali água para o povo beber.” (Êxodo 17:1).
A ausência de água despertou a murmuração do povo contra Moisés, a ponto de surgir o seguinte questionamento: “Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos?” (Êxodo 17:3).
Moisés, como todo líder espiritual deve fazer em momentos de crise, clamou ao Senhor (Êxodo 17:4). Em resposta, o Senhor lhe indicou o caminho de uma rocha que saciaria a sede do povo. Porém, somente se fosse ferida é que a rocha destilaria água para o sedento povo (Êxodo 17:5-6).
O Novo Testamento nos dá uma importante e fundamental luz para entendermos a atual aplicação desta passagem da Escritura. Aquela rocha, conquanto real para o povo peregrino no deserto, era apontava para uma pedra superior que surgiria para saciar a fome espiritual dos homens. O apóstolo Paulo mostrou-nos para quem a rocha do povo peregrino apontava ao afirmar que os filhos de Israel “beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo. (I Coríntios 10:4). O Senhor Jesus Cristo foi a pedra ferida no Gólgota (Monte Calvário). Somente Ele pode dizer: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7:37), pois aquele “que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede” (João 4:14). Jesus é a rocha que sacia a sede da alma!

Textos conexos
“Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.”
Êxodo 17:6

“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
João 7:37

A. M. Cunha
Gravura extraída de: http://gilsonsantosdotcom.files.wordpress.com/2012/09/moses_striking_rock-n-pouss.jpg.


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

(10) Conexões Bíblicas – A graça é obra de Cristo

Comentário
O Velho Testamento tem o seu início com o nome do criador de todas as coisas, Deus. O primeiro nome que aparece é o nome de Deus e a primeira ação mencionada é o Seu poder criador.
O homem foi criado para nutrir e desfrutar de uma íntima comunhão com Deus. A tragédia do pecado trouxe ruína a este estado de comunhão. Por ter tomando em seu coração a decisão de tornar-se independente de Deus, o homem afastou-se radicalmente do ideal para o qual fora criado por Deus. Instalou-se, portanto, um estado de separação em lugar do anterior estado de comunhão. O profeta Isaías capturou a essência de estado de separação ao anunciar que “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Isaías 59:2). A ruína deste estado de separação pode ser resumida na última palavra que aparece no Velho Testamento: “Maldição” (Malaquias 4:6).
O Novo Testamento tem o seu início registrando o nome pelo qual o estado de comunhão haveria de ser restaurado: Jesus. Assim registra o evangelista: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (Mateus 1:1). Jesus Cristo, o soberano Senhor sobre tudo e todos, é portador da graça, cujo atributo essencial é o poder de restaurar o estado de comunhão. A graça é uma das últimas palavras do Novo Testamento. Assim é encerrado o livro das revelações: “A graça do Senhor Jesus seja com todos. (Apocalipse 22:21).
Cinco palavras podem resumir a história humana: Deus, pecado, maldição, Cristo e graça. A Bíblia tem o seu início com Deus e a sua conclusão com Jesus Cristo. O desfecho que o Velho Testamento nos apresenta como consequência do pecado é a maldição, ao passo que o epílogo que o Novo Testamento nos apresenta como consequência da obra de Cristo é a graça.

Textos conexos
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Gênesis 1:1

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.
Malaquias 4:5-6

“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
Mateus 1:1

“A graça do Senhor Jesus seja com todos.
Apocalipse 22:21

A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://tulacampos.blogspot.com.br/2012/04/paixao-de-jesus-cristo.html.

(9) Conexões Bíblicas – Não apenas ensinar, mas apontar caminhos de obediência.

Comentário
Os preceitos da Lei Mosaica vinham acompanhados de uma veemente recomendação para o ensino. Três importantes estágios podiam ser vistos nesta recomendação: 1) Interiorização; 2) Reiteração; e 3) Compartilhamento.
Interiorização: O texto bíblico diz: “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma” (Deuteronômio 11:18). Isto significa que o fiel deve aceitar as recomendações da Escritura de uma forma muito intensa, ou seja, dentro do coração e da alma.
Reiteração: O conteúdo da Escritura deve ser alvo de perseverante contato do fiel, por isso se diz: “atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos” (Deuteronômio 11:18).
Compartilhamento: Por fim, recomenda-se que a verdade contida na Escritura seja compartilhada no ambiente familiar. O texto diz: Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos. (Deuteronômio 11:19). O compartilhamento deveria ser caracterizado pelo ato de “ensinar falando” as verdades da Escritura.
Jesus Cristo, quando apresenta a “Grande Comissão” aos Seus discípulos, o faz promovendo uma especial expansão. Em primeiro lugar, o ensino não estaria restrito ao ambiente familiar, mas deveria alcançar “todas as nações” (Mateus 28:19). Em segundo lugar, o compartilhamento contido na “Grande Comissão” não estaria restrito ao ensino das verdades da Escritura. O discípulo de Cristo deve, não apenas ensinar as verdades da Escritura, mas também, deve ensinar a guardá-las. Cristo foi enfático ao ordenar tal compartilhamento, dizendo: ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” (Mateus 28:20). A “Grande Comissão” requer que, não apenas ensinemos os mandamentos de Jesus, mas que apontemos caminhos de obediência a tais mandamentos.

Textos Conexos
Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos. Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos.
Deuteronômio 11:18-19

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
Mateus 28:19-20

A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://www.artbible.org/pt/pintura-livro-marcos-41/#.VJBeXCvF9nA.

(8) Conexões Bíblicas – Cristo em nós, a expansão do rio!

Comentário
O homem, formado do pó da terra (Gênesis 2:7), recebeu o fôlego de vida, tornando-se, assim, “alma vivente” (Gênesis 2:7). Um jardim no Éden foi sua primeira morada (Gênesis 2:8). Do Éden, e não do jardim, saía um rio, cujo propósito era regar o jardim, de modo que o jardim bebia de suas águas. Algo maravilhoso acontecia quando o rio chegava no jardim, a saber, o rio transformava-se em rios. O texto bíblico diz: “E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços.” (Gênesis 2:10). Num certo sentido podemos dizer que o rio, ao dar-se a si mesmo para o jardim, experimentava uma expansão.
Cristo, o eterno doador da vida, levantou-se no último dia de uma festa e exclamou: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” (João 7:37). Cristo é o rio que sacia a sede de todos os que a Ele se achegam! Aqui também podemos ver uma maravilhosa expansão! Cristo dá a Si mesmo para o sedento que crê. E esta fé, juntamente com o Cristo Glorioso, expande o rio da vida no sedento. Eis o que nos diz o texto bíblico: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” (João 7:38). Entra um rio, mas do sedento não fluirá apenas um, mas rios de água viva. Cristo em nós, a expansão do rio!

Textos Conexos
“E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços.”
Gênesis 2:10

“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.”
João 7:37-38

A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://deniseludwig.blogspot.com.br/2013/09/arte-em-pinturas-de-adao-e-eva-o-jardim.html.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

(7) Conexões Bíblicas – Eis o Cordeiro de Deus!

Comentário
Isaque estava para ser oferecido em sacrifício por Abraão, seu pai, que estava simplesmente obedecendo à seguinte ordem divina: “oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. (Gênesis 22:2). Não, não se apresse em indignar-se com tal ordem! Esta não era uma ordem de assassinato, mas sim uma prova espiritual, pois o texto bíblico diz: “pôs Deus Abraão à prova” (Gênesis 22:1). O autor da Carta aos Hebreus demonstra a firme disposição de obediência de Abraão, ao afirmar o seguinte: “Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito” (Hebreus 11:17).
Em sua jornada para o sacrifício, Isaque estranhou a ausência do cordeiro, daí a angustiante pergunta: “Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gênesis 22:7). A resposta do pai foi profética e anunciava a quem se destinava o sacrifício: à satisfação de Deus. Observe o que diz Abraão: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto.” (Gênesis 22:8). O cordeiro não é e nunca foi para o homem, mas para Deus! Bendita visão aguarda aquele que ergue os olhos! Quando chegou ao lugar do sacrifício, a Escritura nos diz que tendo “Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.” (Gênesis 22:13). A profecia cumpriu-se e a substituição se efetivou, pois o sacrifício do cordeiro foi realizado “em lugar de seu filho”.
A profecia, porém, não se referia apenas àquele tempo e não compreendia apenas Isaque. Ela salta para o futuro e inclui a todos quantos creem em Cristo. João Batista trouxe-nos luz acerca da abrangência desta profecia patriarcal, ao afirmar o seguinte: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). O Cordeiro não estava preso “entre os arbustos”. Ele livremente caminhava e, à medida que se aproximava de João Batista, o discernimento espiritual pode ser destilado para todas as gerações: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”. A luz surge vibrante, a profecia do patriarca é efetivamente esclarecida e o propósito do sacrifício é revelado: Tirar o pecado do mundo! Deus proveu para Si o cordeiro para tirar o pecado do mundo!

Textos Conexos
“Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”
Gênesis 22:7
“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
João 1:29

A. M. Cunha
Gravura extraída de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sacrif%C3%ADcio_de_Isaac_(Rembrandt)#mediaviewer/File:Michelangelo_Caravaggio_022.jpg

(6) Conexões Bíblicas – Cristo é a nossa arca

Comentário
Nos dias em que imperava e se agigantava a “maldade do homem”, nos tempos em que “era continuamente mau todo desígnio” do coração humano Gênesis 6:5) e na era em que a “terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência” (Gênesis 6:11), um homem “achou graça diante do Senhor” (Gênesis 6:8). O texto bíblico revela mais o sentido de “ser encontrado ou achado” do que o de “achar”, pois a narrativa bíblica não pretendeu demonstrar a existência de uma atividade humana que o tornasse apto a obter a graça divina. A atividade existente aqui foi a atividade divina que alcançou Noé e o tornou “homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos” e lhe concedeu a aptidão para andar com Deus (Gênesis 6:9).
Este Noé, foi “divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa”, tornando-se, portanto, “herdeiro da justiça que vem da fé” (Hebreus 11:7). Pode-se dizer, num certo sentido, que em Noé, Deus gestou a arca para a salvação.
Maria, igualmente achou graça diante de Deus (Lucas 1:30), graça esta que atrairia uma poderosa visitação do Espírito Santo sobre sua vida, por isso se diz: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra” (Lucas 1:35). José, esposo de Maria, recebeu especial entendimento que complementaria o discernimento de Maria acerca destes acontecimentos, mediante revelação angelical que lhe anunciava o seguinte: “não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1:20-21).
A salvação nos dias de Noé adveio da arca que fora construída, ao passo que a salvação nos dias de Maria teve sua expressão vinculada à pessoa de Jesus Cristo. Cristo é, portanto, a nossa arca, pois dEle advém a nossa salvação.

Textos Conexos
“Porém Noé achou graça diante do Senhor.”
Gênesis 6:8
“Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus.”
Lucas 1:30
A. M. Cunha
Gravura extraída de: http://pt.wahooart.com/@@/8Y35VW-Giovanni-Benedetto-Castiglione-Na-frente-da-Arca-de-No%C3%A9-(2)

domingo, 14 de dezembro de 2014

(5) Conexões Bíblicas – Rompendo o silêncio divino

Comentário
A narrativa bíblica da criação contida no livro de Gênesis nos apresenta, não apenas o poder criador de Deus, mas uma majestosa quebra do silêncio que até então imperava no universo. Disto nos dá conta o texto bíblico contido em Gênesis 1:3, que nos diz: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz”. Este é o primeiro registro bíblico da voz divina e o anúncio de que o silêncio que reinava foi rompido. O Deus Espírito rompe o silêncio manifestando o Seu poder criador.
A história bíblica acerca do falar divino demonstra que após o profeta Malaquias, no período conhecido como interbíblico, Deus manteve um silêncio por aproximadamente 400 anos. Ao final deste período, o evangelista Marcos anuncia que “apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados”. Este é o segundo registro bíblico pelo qual o silêncio foi rompido. Neste caso, João Batista foi o agente divino responsável pelo rompimento do silêncio. Sua mensagem, semelhante àquela do falar divino de Gênesis 1:3, significava o anúncio da luz, pois a pregação de arrependimento é a porta de entrada para o surgimento da luz no coração humano.
O apóstolo João interpreta o conteúdo da mensagem de João Batista com as seguintes palavras: “Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (João 1:6-9). Portanto, a mensagem de João Batista pode ser assim resumida: “Haja luz”.
Qual a marca deste homem habilitado por Deus para romper o silêncio de 400 anos? O evangelista Lucas responde anunciando a seguinte profecia com respeito a João Batista: “Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.” (Lucas 1:15).
Daí se pode concluir que somente um homem cheio do Espírito Santo pode romper o silêncio divino na vida de alguém!

Textos Conexos
“Disse Deus: Haja luz; e houve luz.”
Gênesis 1:3

“apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.”
Marcos 1:4
A. M. Cunha
Gravura extraída de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_de_Jo%C3%A3o_Batista#mediaviewer/File:Rembrandt_Harmensz._van_Rijn_121.jpg.