sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

(43) Frutos da Palavra – A ressurreição de Lázaro


Oração
Querido Jesus, Teu poder suplanta a própria morte. Tu és tão poderoso que podes fazer com que a vida retorne ao corpo mortal, mesmo para aquele que, tendo sido ressuscitado por Ti, já tenha morrido há muito tempo! Obrigado Senhor, pois não há limites para a manifestação do Teu poder.

Texto semente
“Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.”
João 12:2
Comentário
As Escrituras afirmam que “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5). A não muito tempo atrás, a casa de Marta e Maria, em Betânia, havia experimentado uma agonizante comoção provocada pela morte de seu irmão Lázaro. Aquele choro parecia ser eterno, muito mais do que uma noite. Porém, Cristo, a ressurreição e a vida, chegou a Betânia. Ainda que o problema enfrentado por aquela família tenha, aparentemente tenha piorado (a doença evoluiu para a morte), Jesus manifestou o Seu poder de ressurreição. O texto de João 12:1-3 relata a história de um maravilhoso banquete oferecido para Jesus na cidade de Betânia. Lázaro, aquele que havia morrido, era uma das pessoas que estavam presentes naquele banquete. O texto é muito enfático ao relatar a presença de Lázaro naquele banquete, na medida em que não se diz apenas que Lázaro estava lá, mas que ele estava lá com Jesus.

A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://jlrodrigues.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html

(42) Frutos da Palavra – Uma mesa no deserto


Oração
Querido Deus, o deserto não é empecilho para que o Senhor prepare uma mesa para mim. Por isso eu declaro que, verdadeiramente, Tu podes preparar uma mesa no deserto! Assim, mesmo nos momentos em que a vida assume as feições de um cruel e inflexível “deserto”, ainda assim o Senhor fornecerá alimento em abundância para a minha alma!

Texto semente
“Falaram contra Deus, dizendo: Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?”
Salmo 78:19
Comentário
As Escrituras nos dão conta de que Deus libertou os israelitas do cativeiro egípcio. Tão logo começou sua peregrinação pelo deserto, o povo israelita esqueceu-se rapidamente da Aliança que Deus firmou com eles [Salmo 78:11]. A lista dos atos divinos em favor do Seu povo é extensa: 1) Realizou prodígios no Egito [Salmo 78:12]; 2) Dividiu o Mar Vermelho [Salmo 78:13]; 3) Fazendo uso de uma nuvem e de uma coluna de fogo, guiou-os com segurança pelo deserto [Salmo 78:14]; 4) Fendeu rochas para dar-lhes água [Salmo 78:15-16]. O povo, porém, prosseguiu em pecar contra o Senhor e enveredou-se pelos caminhos da rebelião [Salmo 78:17]. Numa demonstração desta rebelião, o povo falou contra Deus proferindo a seguinte pergunta: “Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?”. Mal sabiam os israelitas que esta pergunta seria respondida pelo Divino Pastor, conforme vemos no Salmo 23:5, onde nossa alma encontra conforto nas seguintes palavras: “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.
A. M. Cunha

Gravura extraída de: http://tribalstories.weebly.com/g16-hagar.html

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

(41) Frutos da Palavra – “Vem e vê”: Um caminho para uma experiência com Cristo


Oração

Senhor Jesus, dá-me graça para aceitar o convite “Vem e vê” e dá-me ousadia para, aproximando-me de Ti, poder dizer: “Vem e vê”. Que não exista em minha alma espaço para a incredulidade, ao contrário, que eu possa vê-la derrotada em minha vida.

Textos sementes
“Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.”
João 1:46
“E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê!”
João 11:34
Comentário
A expressão “vem e vê” aparece duas vezes no evangelho de João. Em sua primeira aparição, temos a história dos primeiros discípulos de Jesus e o seu encontro com Natanael. A segunda ocasião em que esta expressão aparece dá-se quando da ressurreição de Lázaro.
A primeira ocasião: Filipe havia atendido ao chamado do Senhor Jesus para segui-Lo (João 1:43). Levando a sério sua tarefa de seguidor de Jesus, Filipe aborda Natanael afirmando que Jesus era “aquele de quem Moisés escreve na lei, e a quem se referiam os profetas” (João 1:45). Natanael ofereceu-lhe resistência inicial argumentando que, por ser Nazareno, Jesus não poderia ser aquele a respeito de quem Moisés escreveu e a respeito de quem os profetas se referiram. Natanael concluiu sua resistência com o seguinte questionamento: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (João 1:46). Filipe não entrou em discussões com Natanael, limitando-se a convidá-lo a, simplesmente, ver. Eis as palavras de Filipe a Natanael: “Vem e vê”.
A segunda ocasião: Jesus finalmente chegou à cidade de Betânia, encontrando Seu amigo Lázaro morto. Tendo Maria prostrada aos Seus pés, Ele ouviu sua angústia: “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido” (João 11:32). Agitando-se no espírito e comovendo-se, Jesus perguntou: “Onde o sepultastes?” (João 11:34). Tal pergunta indica que Jesus estava disposto a enfrentar a situação mortal que acometia aquela família em Betânia. A resposta não veio de apenas uma pessoa, pois o texto deixa evidente que mais de uma pessoa ofertou a Cristo a resposta para Jesus, por isso se diz: “Eles lhe responderam” (João 1:34). A resposta foi “vem e vê!” (João 1:34).
Na primeira ocasião, a expressão “Vem e vê” foi um convite ao homem, no caso, Natanael, para experimentar o poder transformador do Messias prometido. Na segunda ocasião, o convite foi feito a Cristo, aquele que detém o poder da ressurreição! Na primeira, o homem é chamado a experimentar Cristo. Na segunda, Cristo é chamado a manifestar o Seu poder. No entanto, seja na primeira ocasião, seja na segunda, o fim último seria a derrota da incredulidade! Ao experimentar Cristo, Natanael teve sua incredulidade derrotada, conforme João 1:49, onde lemos: “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!. Tão logo chegou próximo ao túmulo onde jazia Lázaro, Jesus o chamou para fora (João 11:43). Imediatamente Lázaro ressuscitou e saiu do túmulo (João 11:44). A conclusão deste milagre foi a seguinte: “Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que fizera Jesus, creram nele.” (João 11:45). A incredulidade foi novamente derrotada!
Que possamos nos deparar com este maravilhoso convite, seja para que experimentemos Cristo, seja para vê-lo manifestar o Seu poder, e assim, contemplarmos a derrota da incredulidade!

A. M. Cunha


Gravura extraída de: http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/2013_04_01_archive.html

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

(40) Frutos da Palavra – Olhar unicamente para Jesus

Oração

Senhor, faz-me olhar unicamente para Ti. Não me deixe ficar iludido pela mera aparência de piedade. Faz-me respeitar o Teu falar e atentamente ouvir o que Tu tens a dizer-me. Que o Teu toque me seja próximo, e por ele, faz-me olhar unicamente para Ti.


Texto semente
“Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.”
Mateus 17:8
Comentário
O monte da transfiguração foi o local onde Jesus convidou três dos Seus discípulos: Pedro, Tiago e João. As expressões “tomou Jesus consigo”e “em particular” sugerem que aquele local havia sido escolhido para ser o ambiente onde os discípulos escolhidos experimentariam uma profunda e particular comunhão com Jesus. Eles presenciaram o fato de que o rosto de Jesus “resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.” Duas figuras singulares do Velho Testamento apareceram neste ambiente: Moisés, representante do Pentateuco, portanto, da Lei Divina e Elias, representante dos Profetas. Moisés, Elias e Jesus dialogavam. O evangelista Lucas apresenta-nos um vislumbre daquele diálogo ao assinalar que “Eles falavam com Jesus a respeito da morte que, de acordo com a vontade de Deus, ele ia sofrer em Jerusalém.”  (Lucas 9:31). Desta forma, notamos que o Pentateuco e os Profetas apontam, a um só tempo, para a morte de Jesus, anunciando-a como estando em conformidade com a vontade de Deus.
Pedro começa a falar. Aparentemente, ele interrompeu do diálogo celestial em Cristo e os representantes do Velho Testamento. Em sua fala, Pedro tem aparência de piedade ao oferecer seus esforços para edificarem três tendas: Uma para Cristo, uma para Moisés e uma para Elias.
Nenhum assunto humano, ainda que tenha aparência piedosa, pode interromper o diálogo celestial. A expressão “Falava ele ainda”juntamente com a expressão “e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.” sugere que Deus deseja restabelecer o diálogo celestial que havia sido interrompido. Os discípulos são desafiado a ouvir apenas a Jesus.
O pavor tomou conta dos discípulos ao ouvirem a voz como de muitas águas vinda da nuvem (Mateus 17:5). Os discípulos “caíram de bruços”sendo “tomados de grande medo.”. O maravilhoso Jesus, porém, não nos deixa sós: Ele se aproxima, toca-lhes com ternura e anuncia-lhe uma palavra de encorajamento: “Erguei-vos e não temais!”
Sob a influência do toque divino, os discípulos erguem seus olhar e “a ninguém viram, senão Jesus”.

A. M. Cunha


Gravura extraída de: http://www.artbible.org/pt/pintura-livro-marcos-41/3/#.VH0QkDHF8WI

(39) Frutos da Palavra – A silenciosa espera da alma dependente

Oração

Bondoso Deus, não tenho salvador além de Ti, pois estou convicto de que a minha salvação vem exclusivamente de Ti. Quero quedar-me em silêncio diante de Ti para esperar a Tua salvação.

 Texto semente
“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação.”
Salmo 62:1
Comentário
O salmista Davi expressa no primeiro versículo deste Salmo o diálogo que a alma dependente promove consigo mesma, tendo como foco aquele de quem depende. Três aspectos caracterizam a alma dependente: 1) Declaração de exclusividade; 2) Conduta de quietude; e 3) Convicta expectativa.
A alma dependente não se esquiva de anunciar para si mesma sua todo-dependência para com o Senhor da sua alma. Ela declara “Somente em Deus”. Sua existência possui um centro gravitacional: Deus! Esta é a declaração proferida por esta alma que atesta a exclusividade de Deus em sua existência.
Tendo por foco o seu Senhor, a alma dependente, cônscia do poder do seu exclusivo Deus, assume para si uma conduta de quietude. Ela espera silenciosa em Deus. O silêncio diante de Deus é mais eloquente e mais harmonioso do que qualquer sinfonia acústica. Aquietar-se diante de Deus é uma veemente declaração de confiança.
O fundamento desta confiança é a expectativa de que a salvação vem do Senhor. A alma dependente está convicta desta realidade, pois ela declara para si: “dele vem a minha salvação.”.

A. M. Cunha


Gravura extraída de: http://louvoresdoaltissimo.files.wordpress.com/2010/05/rembrant_-_jeremias_lamenting_the_destruction_of_jerusalem.jpg

(38) Frutos da Palavra – Vivifica-me para invocar


Oração
Senhor, Tu és o autor do meu clamor. Não detenho condições de clamar sem que primeiro o Senhor me vivifique. Sou grato por saber que quando Te invoco o Senhor já iniciou Sua obra de vivificação no meu viver. Posso invocar porque tenho Tua vida operando em mim.

Texto semente
“vivifica-nos, e invocaremos o teu nome.”
Salmo 80:18
Comentário
Duas palavras assumem um papel muito importante no texto Salmo 80:18, refiro-me àquelas relativas aos vocábulos “vivificar” e “invocar”.
A primeira ocorrência da vivificação relativamente ao homem está contida no texto de Gênesis 2:7, que nos diz: “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”. Trata-se de uma ação exclusivamente divina que soprou o “fôlego de vida”, diga-se, divino, no “corpo” inerte do homem. O resultado foi a transformação daquele “corpo inerte” numa “alma vivente”.
O ato de invocar tem sua origem na história de sete, o descendente de Eva, substituto de Abel. O filho de Sete foi chamado de Enos. Pouco se diz sobre Enos, porém, o pouco que se diz é extremamente relevante para a vida espiritual. Dele se diz: “daí se começou a invocar o nome do Senhor.”.
Invocar o nome do Senhor adquiriu relevância espiritual, com propósitos de salvação para o povo de Deus. O profeta Joel anuncia o seguinte quanto a este tema: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Joel 2:32). Esta prática permanece relevante até os dias atuais, por isso se diz “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Romanos 10:13).
O salmista Asafe aponta-nos a realidade de que “invocar o nome do Senhor” não é um clamor que tem origem em nós, mas na vivificação do Senhor em nossa vida. Assim, invocar o nome do Senhor é consequência da vivificação promovida pelo Senhor. Sem qualquer dúvida, somos todo-dependentes do Senhor. Somente podemos invocá-lo como decorrência de Sua vivificação operada em nós.
A. M. Cunha