sábado, 12 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [18]

“E edificou ali um altar e ao lugar chamou El-Betel; porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de seu irmão.”
Gênesis 35.7

Breve análise:
A percepção espiritual de Jacó foi profundamente influenciada pela maturidade que ele adquiriu ao longo dos anos. Em Gênesis 28.19, quando ainda era um fugitivo amedrontado, Jacó chamou Betel à cidade de Luz, o lugar onde repousara de sua fuga. No entanto, após experimentar o caminho do amadurecimento e percebendo que não havia mais o que temer, pois Deus era com ele, e a face do seu irmão, seu antigo algoz, agora era como a face de Deus, Jacó dá um novo nome a este mesmo lugar: El-Betel. Betel significa a “casa de Deus” e El-Betel quer dizer “o Deus da casa de Deus”.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Quando o lugar era apenas Betel, Jacó fez um voto condicional (Gênesis 28.20-21). Era como se ele dissesse: Na casa de Deus eu imponho as condições. Quando já estava maduro, e seguia firmemente o caminho da obediência sujeitando-se à soberania de Deus, Jacó chama àquele lugar de El-Betel. Era como se ele dissesse: Na casa de Deus quem dá as ordens é Deus!

Reflexão:
Tenho servido a Deus impondo minhas condições pessoais? Estou convicto de que para caminhar com Deus devo adequar minha vida às condições fixadas por Ele?

Oração:
Amado Deus, faça-me honrar a Tua soberania vivendo de acordo com os princípios fixados por Ti para a minha vida.
A. M. Cunha

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [17]

“Levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei.”
Gênesis 35.3

Breve análise:
O Jacó maduro é, sem dúvida, um Jacó obediente. Observe a ordem divina: “Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão.” (Gênesis 35.1). As tarefas de “levantar-se” e de “subir” foram compartilhadas por Jacó com sua família e todos os que com ele estavam, porém, a tarefa de “fazer um altar”, ele a assumiu para si somente. Observe suas palavras: “Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia”.

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Existem decisões que podemos e devemos compartilhar com a família e com todos os que conosco estão. No entanto, a construção de um “altar pessoal” é uma intransferível decisão, ninguém pode fazê-la por nós e não podemos promovê-la em favor dos outros.

Reflexão:
Tenho por hábito compartilhar minhas decisões com minha família? E quanto à construção de “meu altar pessoal”, tenho assumido esta tarefa como minha somente? Tem sido comum o fato de transferi-la para que outro o faça por mim?

Oração:
Senhor meu Deus, faça-me compartilhar as decisões que podem e devem ser compartilhadas e ter como intransferível a tarefa de construir meu “altar pessoal de comunhão contigo”, pois somente a mim cabe construí-lo.
A. M. Cunha

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [16]

“Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou, arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.”
Gênesis 33.4

Breve análise:
O temido encontro enfim aconteceu: Jacó encontrou-se com Esaú, seu irmão. O mesmo Esaú que queria matá-lo, por isso Jacó o temia. Jacó temia morrer, mas encontrou o abraço de seu irmão. Um choro incontido seguiu-se ao abraço e ao beijo! O ódio de Esaú foi radicalmente transformado em amor! Jacó, tendo contemplado o rosto de seu irmão, curvou-se diante do poder transformador de Deus e disse: “vi o teu rosto como se tivesse contemplado o semblante de Deus; e te agradaste de mim.” (Gênesis 33.10).

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
A obediência de Jacó fez com que ele percebesse o transformador poder de Deus, pois aquele encontro mortal transformou-se no encontro do abraço. Jacó teve condições, enfim, de ver o semblante de Deus no rosto do seu irmão.

Reflexão:
Tenho visto o semblante de Deus no rosto dos meus irmãos? Estou ciente de que é a minha obediência a Deus que me fará transpor a cegueira espiritual, de modo que eu possa ver o semblante de Deus no rosto de meu irmão?


Oração:
Querido Deus, torna-me um servo obediente. Faça-me ver o Teu semblante no rosto do meu irmão. Que ao longo de minha vida eu não tenha encontros mortais, mas encontros de abraço com os meus irmãos.


A. M. Cunha

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

SEMENTES DA PALAVRA [15]

“Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.”
Gênesis 32.30

Breve análise:
Em sua jornada de volta para sua terra, Jacó orou a Deus para ser salvo de Esaú, seu irmão, que queria matá-lo. Como Jacó temia este encontro! Nesta jornada de obediência, Jacó foi conduzido ao ribeiro de Jaboque onde se encontrou com Deus. Este encontro salvou sua vida! Mesmo antes de ser salvo de Esaú, Jacó foi salvo de si mesmo, para tornar-se um novo homem. Após este encontro a Escritura diz o seguinte a respeito de Jacó: “Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.” (Gênesis 32:30). A contemplação da face de Deus proporciona salvação!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Requer-se da humanidade que continuamente corrija o foco de sua vida, pois é comum estar focado nos inimigos de fora e esquecer-se de que, por vezes, é preciso ser salvo de si mesmo. Frequentemente me esforço para corrigir o foco de minha vida?

Oração:
Senhor meu Deus, dá-me uma sadia espiritualidade que me faça discernir o quanto preciso ser salvo de mim mesmo. Este é um seguro caminho para que eu possa estar profundamente focado em Ti, pois somente em Ti a minha vida é salva.


A. M. Cunha

SEMENTES DA PALAVRA [14]

“Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar- me e as mães com os filhos.”
Gênesis 32.11
Breve análise:
Jacó, por ordem divina, estava regressando para a terra dos seus pais, conforme Gênesis 31:13, que nos diz: “levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela.” Esta ordem, porém, implicava na realização de algo que Jacó muito temia: Um encontro com Esaú, seu irmão. Permaneciam vívidas em sua alma as palavras de sua mãe: “Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te” (Gênesis 27:42). Enquanto obedecia, sua alma temia! No entanto, Jacó encontrava forças na oração para prosseguir sua jornada de obediência. Jacó apresenta o seu temor diante de Deus com as seguintes palavras: “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo” (Gênesis 32:11). Seu temor, porém, não o impedia de obedecer às ordens divinas!

Deixando-se ser lido pela Escritura Sagrada:
Minha alma tem sido obediente mesmo diante do temor? Meus temores têm sido um impedimento para que eu manifeste minha obediência às ordens divinas?

Oração:
Querido Deus, reconheço o poder devastador dos temores sobre a alma humana. Mas graças a Ti, pois mesmo diante dos temores eu sou desafiado a continuar obedecendo aos Teus mandamentos. Ajuda-me a prosseguir em obediência, mesmo que minha alma esteja sendo atacada por temores atrozes.


A. M. Cunha