sexta-feira, 14 de agosto de 2020

PEDRO DESCE DO BARCO PARA ESTAR ONDE JESUS ESTAVA

O Novo Testamento possui duas passagens nas quais Jesus acalmou a tempestade no Mar da Galileia. A diferença significativa entre elas é o fato de que numa delas Jesus não estava no barco com os discípulos.

A primeira delas está registrada em Mateus 8:23-27. Nessa ocasião Jesus estava no barco, entretanto Ele dormia. Porém, tendo-se levantado “repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança” (Mateus 8:26).

Na segunda ocasião, porém, Jesus não estava no barco com os discípulos quando a tempestade os alcançou. Isso está registrado em Mateus 14:22-33. Nessa ocasião, Pedro, atendendo ao convite do mestre, desceu do barco. Sair do barco, naquele contexto, não significava deixar o lugar onde Jesus estava, ao contrário, considerando que Jesus estava “andando por sobre o mar”, significava deixar o lugar onde Jesus não estava para estar com Ele, mesmo que para isso, fosse necessário enfrentar as bravias ondas do mar. Pedro mostra-nos, portanto, um exemplo a seguir. Isso não significa, porém, que o caminho a seguir, para aquele que desce do barco, será apenas de triunfo. Notemos que Pedro, tão logo atentou para a força do vento, começou a submergir (Mateus 14:30). Nada está perdido, porém, quando se está no lugar onde Jesus está! Pedro clamou e o Mestre o socorreu! Assim, de mãos dadas com o mestre, Pedro subiu no barco e, diz a Escritura em Mateus 14:32, “cessou o vento”. É misteriosa a jornada que aguarda aquele que decide “descer do barco” para se encontrar com Cristo.

A. M. Cunha

O APONTADOR CELESTIAL



Para ser útil e deixar um registro nas páginas brancas, o lápis precisa ser desgastado. Quanto mais desgastado for o lápis, menor será o seu tamanho e maior poderá ser a história dos seus registros. O apontador que o “mata”, ou seja, que o desgasta, é o mesmo que o torna útil e profícuo em deixar importantes registros na história. Sem a “morte” do lápis, ou seja, sem o desgaste intencional e propositado, não haveria alguma para o lápis deixar seus registros história. O apontador, que rasga a celulose e dilacera o grafite, parece ser um insensível e algoz parceiro, que faz o lápis gemer antes de tornar-se útil para fazer os seus registros.

O apóstolo Paulo, em relação aos crentes da igreja em Corinto, era como um lápis registrador. Este fato pode ser comprovado com a seguinte descrição: “Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma.” [II Coríntios 12:15]. Os crentes de Corinto, em prol dos quais Paulo experimentava o desgaste de si mesmo, eram as páginas em branco sobre as quais ele deixava o registro do evangelho. A esse respeito o texto sagrado afirma: “Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens” [II Coríntios 3:2].

Cada cristão deve ser como um lápis nas mãos de Deus que é o grande “apontador celestial”. Aceitemos o agir do divino apontador para desgastar a nossa alma, pois com isto nos tornaremos úteis para o registro do evangelho nas almas de todos os homens.
A. M. Cunha

domingo, 9 de agosto de 2020

JESUS, O VERDADEIRO CAMINHO

“Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores [...]”

I Timóteo 1:15

O homem moderno enveredou-se numa jornada de autoconhecimento, afastando-se de Deus e, por vezes, contra Deus, tanto quanto lhe foi permitido percorrer, o que promoveu o surgimento de uma via paralela, porém oposta, ao caminho da redenção. Em decorrência dessa nefasta jornada, o homem acabou por conceber uma percepção de Deus como um ser inacessível e, por vezes, inexistente. Essa nova jornada é radicalmente oposta ao caminho da história da redenção percorrido por Deus. Pela história da redenção, Deus vem ao mundo dos homens para resgatá-los e com eles relacionar-se. Pela via paralela, por outro lado, os homens reservaram para Deus, ou um lugar exclusivo no “andar de cima”, onde jamais poderiam se relacionar com Ele, ou um lugar no “espaço inexistente”, onde a ideia da existência de Deus não passa de um devaneio. Concluo afirmando que o homem deve, urgente e definitivamente, retornar para o caminho da história da redenção sob pena de, caso se mantenha resoluto em sua jornada pela via paralela, quedar-se irremediavelmente sem esperança quanto a sua vida espiritual.

A. M. Cunha