sábado, 1 de dezembro de 2018

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 7


A parte final do Sermão do Monte encontra-se registrada no capítulo 7 do Evangelho Segundo Mateus. O impacto das palavras proferidas por Jesus deixou as multidões maravilhadas. O texto bíblico afirma: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina [...]  [Mateus 7:28]. Duas expressões contidas em Mateus 7 revelam o impacto do ensinamento de Jesus.

A primeira dessas expressões, “estas minhas palavras”, contida nos versículos 24 e 26, faz referência direta a todo o ensino de Cristo no Sermão do Monte. Com relação a tais palavras Jesus afirma: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica” [Mateus 7:24]. Assim, o Sermão do Monte não é apenas uma teoria que informa os valores do Reino de Deus, mas um autêntico e poderoso ensinamento que serve de referência para a prática da vida cristã. Por consequência, o Sermão do Monte existe, não para ser apenas contemplado, mas para ser cuidadosamente praticado. Muitas destas palavras soam a nós como se fossem impossíveis de serem praticadas pelo homem. Não podemos nos esquecer, porém, que todo mandamento divino encerra em si a promessa de que Deus nos oferecerá os meios necessários para o seu cumprimento. Do contrário, ou seja, se não houvesse a possibilidade alguma de cumprirmos os mandamentos de Deus, toda ordem divina a nós destinada seria não apenas uma impossibilidade, como também uma porta para a nossa própria condenação, pois, fatalmente incorreríamos em desobediência e, como consequência, enfrentaríamos uma implacável condenação. No entanto, cada mandamento carrega em si um sopro de esperança para nós, pois sua revelação vem carregada com a promessa de que seremos capazes de cumpri-lo.

A segunda expressão, “caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa”, contida nos versículos 25 e 27, aplica-se, respectivamente, ao homem prudente e ao homem insensato. Isto aponta para o fato de que, ainda que tenhamos uma atitude voltada para a obediência aos mandamentos divinos, ainda assim estaremos sujeitos às intempéries da vida, pois, segundo o texto, a chuva caiu e os ventos sopraram e deram com ímpeto tanto contra a casa daquele que obedece aos mandamentos divinos como contra a casa daquele que não lhes prestou a devida obediência. Nossa obediência para com os mandamentos divinos deve ser um ato de amor [João 14:21], e não um comportamento a partir do qual pretendamos garantir absoluta proteção contra as intempéries da vida.
A. M. Cunha

DÉCIMA NONA SEÇÃO – SALMO 119:145


Salmo 119:145 – “De todo o coração eu te invoco; ouve-me, Senhor; observo os teus decretos.” O líder Moisés já havia dito: [...] buscarás ao Senhor, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma” [Deuteronômio 4:29]. O Senhor, por intermédio do profeta Jeremias, confirmou o que Moisés havia dito: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” [Jeremias 29:13]. A expressão “De todo o coração eu te invoco”, está em harmonia com os textos bíblicos acima mencionados, sendo, portanto, uma garantia de que o salmista encontraria o Deus a quem estava invocando! O Salmo 119:145 revela algo mais acerca do salmista: Ele não era, tão somente, um homem que clamava “ouve-me, Senhor”, mas era também um homem de obediência, por isso se diz “observo os teus decretos”. Segundo Jesus, a obediência é uma declaração de amor. Este princípio encontra-se no texto de João 14:21, que nos diz: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”.
A. M. Cunha

UMA GRANDE MISSÃO PARA UM GRANDE DEUS REQUER UM GRANDE HOMEM COM UMA GRANDE CORAGEM


Quem foi Moisés? A Bíblia afirma que “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo” [Êxodo 33:11]. As Escrituras declaram que Moisés era “[...] fiel, em toda a casa de Deus [...]” [Hebreus 3:5]. Este Moisés foi o grande líder que libertou o povo de Israel da escravidão egípcia.

O livro de Josué inicia-se com as seguintes palavras: “Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel” [Josué 1:2]. Estas palavras foram ditas a Josué. Deixe-me dizer de outra forma: “Josué, você deve substituir Moisés”! Quem sabe Josué tenha pensado: Substituir quem? Moisés?

O fato é que uma grande missão para um Grande Deus requer um grande homem com uma grande coragem! Josué era este homem, pois ele, enquanto Deus falava face a face com Moisés na tenda da congregação, “não se apartava da tenda” [Êxodo 33:11].

Considerando a grande missão dada ao Seu servo, e objetivando dissipar qualquer indício de temor e receio, o Senhor diz a Josué: “Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” [Josué 1:9].

A expressão “por onde quer que andares” revela o fato de que o Senhor continuamente estaria com Josué ajudando-o no cumprimento de sua missão. A coragem, a força e o ânimo com que Josué cumpriria a sua missão não tiveram origem unicamente nele, mas no Deus que o havia comissionado!
A. M. Cunha

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A DIVINA PRESENÇA É UMA PROMESSA


“Os que te obedecem certamente te louvarão e os que são corretos viverão na tua presença.”
Salmo 140:13 [NTLH]

A obediência, por muitos compreendida apenas como um dever se que impõe, é, na verdade, um privilégio para aqueles que amam a Deus [João 14:21 e 24]. Por ela, a obediência, destravam-se os mistérios do louvor, pois aquele que obedece tem uma certeza em sua existência: Ele louvará a Deus!

A divina presença é uma promessa! Aqueles que são retos viverão na presença de Deus. O vocábulo ישׂב [yashab], traduzido aqui como “viverão”, tem o sentido de habitar, permanecer, assentar, ser habitado. Isso sugere que a divina presença nos fornece um ambiente familiar e acolhedor, onde somos conhecidos e podemos conhecer, onde nutrimos intimidade, desfrutamos de alimento e encontramos ocasião para o descanso. Quão maravilhosa é a divina presença que nos é concedida como promessa!
A. M. Cunha

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

AQUELE QUE É NASCIDO DE DEUS VENCE O MUNDO



“porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.”
I João 5:4


O apóstolo João faz algumas afirmações sobre aquele que é nascido de Deus:

1.          Aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado [I João 3:9];

2.          Aquele que é nascido de Deus ama o próximo e conhece a Deus [I João 4:7];

3.          Aquele que é nascido de Deus crê que Jesus é o Cristo, ou seja, é o messias, o ungido enviado por Deus Pai para salvar os pecadores [I João 5:1];

4.          Aquele que é nascido de Deus é protegido por Deus e o Maligno não lhe toca [I João 5:18].

De acordo com I João 5:4, outra importante afirmação é prestada acerca daquele que é nascido de Deus: Ele vence o mundo com a fé! Vencer o mundo não significa derrotar pessoas ou odiá-las por serem diferentes. Vencer o mundo significa vencer o sistema maligno que deseja afastar-nos de Deus e, com a graça de Deus que nos transforma em “sal da terra” e “luz do mundo”, assumir a postura de inspirar as pessoas a submeterem suas vidas ao senhorio de Jesus Cristo!
A. M. Cunha