sexta-feira, 30 de outubro de 2020

TODAS AS VEZES QUE DEUS FAZ UM CHAMADO, ELE JÁ ESTÁ TRABALHANDO

 


A ORAÇÃO DEVE SER A EXPRESSÃO DA NOSSA HISTÓRIA

Transcrição da pregação que ministrei na reunião de oração da Identity Baptist Church, Tampa, Flórida, no dia 29 de Outubro de 2020. A presente transcrição teve por objetivo manter, tanto quanto possível, o estilo coloquial da exposição oral tal qual ocorrida na reunião. No entanto, alguns ajustes foram promovidos para dar maior fluidez ao texto escrito.

Que Deus os abençoe!


Graça e paz, falar sobre oração numa reunião de oração pode ser algo cansativo para alguns. No entanto, a riqueza dos temas bíblicos permite-nos explorá-los sem, contudo, sermos muito repetitivos. Pretendo, nesta noite, abordar o seguinte tema: A oração deve ser uma expressão da nossa história.

Timothy Keller, em seu livro “Oração: Experimentando intimidade com Deus”, afirma que Lloyd-Jones nunca escrevera sobre oração por alegar ter uma percepção de inadequação pessoal nessa área. Se ele, Lloyd-Jones, por ter sido quem foi, e por ter dito tudo o que disse e ter ensinado tudo o que ensinou, fez esta afirmação, quem sou eu para me arvorar nessa seara!?!

Mas, eu tenho um desafio diante de mim, pois o Pr. Romualdo convidou-me para estar nesta noite com os irmãos compartilhando as Escrituras. Assumo este desafio, não com o propósito de dizer que eu já esteja perfeitamente habilitado na área da oração, mas porque entendo que, embora eu mesmo necessite de muito aprimoramento em minha vida de oração, o povo de Deus não pode ser privado de receber o ensinamento acerca das verdades bíblicas, ainda que seja por meu intermédio. Afinal, que homem poderia invocar para si a plena qualificação de estar totalmente habilitado para abordar qualquer tema bíblico? O povo de Deus, no entanto, deve ser instruído, ainda que seus ministros não sejam perfeitos. Este é um dos milagres da exposição das Escrituras: Deus usa homens imperfeitos para propagarem Sua Palavra perfeita!

Nas minhas palavras iniciais sobre a oração, ouso pontuar que a oração é uma atividade diária, necessária e intransferível que todo cristão deve praticar em sua vida. Embora o tempo em que devamos orar seja hoje, ou seja, o tempo presente, a oração aponta, a um só tempo, para a nossa origem e para o final de nossa história. Portanto, a oração relaciona-se com o passado, com o presente e com o futuro. Quanto a nossa origem, a oração é um vislumbre do estado original da comunhão com Deus que o homem detinha quando da criação! O texto de Gênesis 3:8 dá-nos conta de uma importante atividade divina: Falar com o homem enquanto andava no jardim do Éden pela viração do dia. Embora não seja expresso, o texto bíblico parece sugerir que esta era uma atividade frequente de Deus. Sendo a oração um diálogo, esta conversa do homem com Deus assume a configuração de ser um dos primeiros registros da oração. Quando oramos atualmente, esta atividade é um reflexo do nível de intimidade que o homem mantinha com Deus quando foi criado. Quanto ao nosso futuro, a oração aponta para o glorioso estado de comunhão que desfrutaremos com Deus por toda a eternidade! No entanto, eu peço licença para abordar este aspecto apenas no final da minha fala. Por ora, gostaria de convidá-los a ler o texto de Mateus 6:9-13. 


[9]Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus,  santificado seja o teu nome; [10]venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; [11]o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; [12]e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; [13]e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!”

Mateus 6.9-13

A ORAÇÃO DOS FILHOS

RECENTEMENTE DESCOBRI ALGO MARAVILHOSO ACERCA DESTA ORAÇÃO

Em Mateus 6.9-13 encontramos um maravilhoso ensino de Jesus sobre a oração. Embora a maioria da cristandade denomine essa oração de “A Oração do Pai Nosso”, eu prefiro chamá-la de “A oração dos filhos” [William Barclay, por sua vez, a denomina de “A Oração do Discípulo”]. Minha fala desta noite relaciona-se com o que eu descobri acerca dessa oração. E o que eu descobri? Eu descobri que aquele modelo de oração era, na verdade, um resumo da vida de Cristo! A oração dos filhos assume, portanto, uma perspectiva biográfica em relação a alguns fragmentos da gloriosa história de Jesus de Nazaré! É sobre isso que pretendo conversar com os irmãos nesta noite. Vejamos como isso é maravilhoso!

Esta oração possui seis importantes petições que o Senhor orientou os Seus seguidores a praticarem quando estiverem orando. As três primeiras petições estão relacionadas com Deus, ao passo que as outras três estão relacionadas com o homem. Não pretendo, no entanto, fazer uma abordagem teológica mais aprofundada quanto a cada uma dessas petições. Meu foco aqui será identificar em cada uma delas traços da biografia de Jesus Cristo. 

Santificado seja o teu nome!

Meu propósito aqui, como afirmei acima, não é fazer uma análise de cada uma das petições contidas nesta oração. No entanto, quanto a esta petição em particular, eu preciso dizer que santificar o nome de Deus não significa torná-lo mais santo. Isso é impossível! Ninguém pode conferir mais santidade àquele que é plena e absolutamente santo! Mas eu preciso dizer o seguinte: O nome de Deus, de acordo com D. A. Carson, é um reflexo de quem Ele é, ou seja, o nome de Deus é Deus mesmo como Ele é e como Se revelou. Portanto, orar para que o nome de Deus seja santificado, não é o mesmo que orar para que Deus se torne santo, mas para que Ele seja tratado como santo e que o Seu nome não seja desprezado. Quando oramos fazendo uso da expressão “santificado seja o Teu nome”, pedimos que Deus nos capacite a lhe dar o lugar único que Ele, por sua natureza e caráter, merece ocupar em nossas vidas. Em outras palavras, Deus deve ser priorizado com a dignidade que lhe é inerente! Esse tipo de vida santifica o nome de Deus. O nome de Pai sempre foi santificado na vida de Jesus! Em tudo Jesus santificou o nome do Pai. Ele O honrou tanto que chegou a dizer: “Quem me vê a mim vê o Pai.” [João 14.9]. Ele também afirmou: “Eu e o Pai somos um” [João 10.30]. Ele dedicou-se tanto ao Pai que chegou a dizer: “Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer o Filho também semelhantemente o faz.” [João 5.19]. Jesus disse que as obras que Ele fazia eram realizadas em nome do Pai: “As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito.” [João 10.25]. Vejam como Jesus honrava ao Pai! Ele disse: “Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” [João 10.29]. Quão maravilhosamente Jesus santificou o nome do Pai em Sua vida! Em todas as coisas, e pelo modo como viveu e ensinou e pelas coisas que fez, Jesus santificou o nome do Pai.

Esta oração é a história da vida de Jesus, pois Ele, em tudo, santificou o nome do Pai! Esta petição, incluída por Jesus neste modelo de oração, teve origem em fragmentos de Sua biografia que revelavam o quanto Ele santificou o nome do Pai! 

Seja feita a Tua vontade.

Nenhum de nós duvida que Cristo fez a vontade do Pai! Suas palavras e seus feitos honraram a vontade do Pai. Ele disse: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” [João 4.34]. Ele sujeitou-se à vontade do Pai, por isso, quando enfrentava um dos momentos mais angustiantes de Sua existência terrena, Ele disse: “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.” [Mateus 26.42]. Qual o critério que Ele usou para identificar alguém como Seu irmão? Foi exatamente o critério de fazer a vontade do Pai. Vejamos Suas palavras: “Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão” [Mateus 12.50]. Em todas as coisas Jesus honrou a vontade do Pai e procurou torná-la real no mundo dos homens.

Esta oração é um resumo da Sua preciosa vida, pois Ele, durante os dias em que esteve entre nós, ele, em tudo, fez a vontade do Pai!

Esta petição, incluída por Jesus neste modelo de oração, teve origem em fragmentos de Sua biografia que revelavam o quanto Ele honrava a vontade do Pai! 

Venha o Teu reino.

Quanto a esta petição em especial, preciso dizer que a primeira mensagem que Jesus anunciou possuía por tema central “o Reino de Deus”. Ele deixou evidente que o Reino de Deus estava próximo e que, por isso, os homens precisavam de arrependimento. Suas palavras foram as seguintes: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” [Mateus 4.17]. Quanto à forma de entrar no reino de Deus Jesus deixou a seguinte recomendação: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” [João 3.3]. Jesus esclarecia as dúvidas das pessoas sobre o Reino de Deus. Ele disse: “Não vem o reino de Deus com visível aparência.” [Lucas 17.20]. Quanto ao lugar do Reino, Jesus falou: “o reino de Deus está dentro de vós.” [Lucas 17.21]. A mensagem que Seus discípulos deveriam pregar era o reino de Deus. A Palavra de Deus diz que Jesus enviou os Seus discípulos “a pregar o reino de Deus.” [Lucas 9.2]. Oh! Jesus ocupou o Seu ministério e a Sua vida com o Reino de Deus!

Esta oração é um resumo da vida de Cristo, pois Ele manifestou o Reino de Deus!

Esta petição, incluída por Jesus neste modelo de oração, teve origem em fragmentos de Sua biografia que revelavam o quanto o Reino de Deus era importante para Ele. Jesus, como nenhum outro, manifestou o Reino de Deus entre nós! 

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.

É importante destacar que o vocábulo pão usado neste modelo de oração, não se refere exclusivamente ao alimento, mas ao conjunto de todas as necessidades humanas. Observe, no entanto, que menciono necessidades. Não faço referência a desejos! Cristo almeja prover tudo o que necessitamos, e não necessariamente aquilo que desejamos. No que se refere a este petição, destaco dois eventos da biografia de Jesus. Quando os Seus discípulos queriam dispensar uma multidão que ouvia os ensinamentos de Jesus, ao argumento de que eles estavam num lugar deserto e a hora estava muito adiantada, Jesus, em resposta, realizou o primeiro milagre da multiplicação de pães [Mateus 14:13-21]. Ele proveu o que aquela multidão necessitava. Um pouco mais adiante, quando outra multidão, que com Ele estava há três dias, não tinha o que comer, Jesus novamente multiplicou pães [Mateus 15:32-39]. Ele proveu o que aquela multidão necessitava. Todas as vezes que Jesus realizava milagres que supriam as necessidades das pessoas, Ele esta anunciando que Ele era a provisão de Deus para a humanidade! Milagre após milagre tornava Jesus cada vez mais digno de afirmar, como de fato afirmou: “Eu sou o pão da vida”! Isso tudo ensina que para cada uma de nossas necessidades diárias, Jesus é a nossa provisão! Durante toda Sua vida entre nós, Jesus foi a provisão para as necessidades humanas.

Esta oração é, portanto, um resumo da vida de Cristo, pois Ele é a provisão para as necessidades diárias!

Esta petição, incluída por Jesus neste modelo de oração, teve origem em fragmentos de Sua biografia que revelavam que Ele é o pão da vida, o suprimento para todas as nossas necessidades! 

Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.

Jesus praticou o perdão durante toda a sua vida. Ele nunca teve do que se arrepender, mas sempre encontrou pessoas que precisavam do Seu perdão. O paralítico em Cafarnaum, que foi carregado por quatro amigos, ouviu as seguintes palavras de Jesus: Filho, os teus pecados estão perdoados.” [Marcos 2.5]. A mulher que ungiu os pés de Jesus ouviu dele as seguintes palavras: “Perdoados são os teus pecados.” [Lucas 7.48]. Quanto ao modo como deve ser o relacionamento entre os irmãos Jesus falou: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.” [Lucas 17.3-4]. Até mesmo na cruz, no esgotar das Suas forças, Ele, muito embora sentisse dores atrozes para falar, liberou uma palavra de perdão, dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” [Lucas 23.34]. Oh! Jesus viveu Sua vida perdoando.

Esta oração é um resumo da vida de Jesus, pois Ele mostrou que o perdão é uma possibilidade!

Esta petição, incluída por Jesus neste modelo de oração, teve origem em fragmentos de Sua biografia que revelavam que o perdão é, não apenas uma possibilidade, mas uma das mais importantes práticas que deve existir na vida de cada um dos Seus discípulos! 

Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal.

O Texto de Mateus 4:1-11 mostra como Jesus venceu a dura tentação que sofreu no deserto. No entanto, esse não foi o único lugar onde Ele foi tentado. A carta aos Hebreus afirma o seguinte: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” [Hebreus 4:15]. Jesus foi tentado em todas as coisas. Isso significa que, por ter sido tentado em todas as coisas, o deserto não foi o único lugar onde Jesus enfrentou a tentação. Além disso, à luz deste texto da Carta aos Hebreus, é maravilhoso perceber que Jesus, por ter sido tentado em todas as coisas, pode compadecer-se de nossas fraquezas! Não há, nenhuma das nossas franquezas em relação à qual Jesus não possa se compadecer! Ele sabe o que sentimos! Nos últimos dias de Sua vida terrena Jesus disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” [Mateus 26:41]. Aqui está um glorioso ensinamento sobre como não entrar em tentação. Irmãos, embora Jesus tenha sido tentado, Ele jamais caiu nas garras da tentação! Embora o mal O tenha espreitado, Ele foi poderosamente liberto do seu alcance. Jesus viveu uma vida sem pecado!

Esta oração é um resumo da vida de Jesus, embora tenha sido tentado em todas as coisas, Ele jamais cedeu à tentação e jamais deixou-se vencer pelo mal!

Esta petição, incluída por Jesus neste modelo de oração, teve origem em fragmentos de Sua biografia que revelavam que Ele, apesar de ter sido tentado, não cedeu à tentação e que Ele, mesmo tendo sido espreitado pelo mal, jamais deixou-se vencer por ele. Portanto, Jesus demonstra que a oração é uma poderosa arma contra a tentação e contra o mal!


Após ter dito tudo o que disse a vocês nesta noite, posso concluir o seguinte: A oração não é apenas um diálogo com Deus, mas é uma gloriosa expressão da nossa história!

Não posso, contudo, encerrar minha fala aqui. O que se requer de toda exposição das Escrituras é o confronto, é o desafio, é o que podemos chamar de aplicação. As verdade bíblicas devem ser aplicadas em nossa vida.

As verdades bíblicas não devem ser apenas conhecidas, elas devem ser aplicadas.

Pensando nisso, gostaria de lhes oferecer, pelo menos, três importantes aplicações decorrentes de tudo o que até aqui foi compartilhado com vocês: 

TRÊS IMPORTANTES APLICAÇÕES QUANTO À ORAÇÃO DOS FILHOS

 

1. Nossa história deve ser nossa agenda de oração: Devo olhar para a minha vida e fazer dela minha agenda de oração.

Jesus, de uma forma maravilhosa, transformou parte de Sua extraordinária biografia em tópicos da oração modelo que estudamos. Devemos fazer o mesmo, ou seja, devemos olhar para a nossa vida e extrair dela tópicos para a nossa agenda de oração! Nossa vida deve, no entanto, ser olhada com os olhos da Escritura. Não devemos olhar para a nossa vida de qualquer maneira, mas com os olhos fixos na Escritura. Quando fazemos isso, teremos uma gloriosa agenda de oração: Observemos o que vemos em nossa vida:

[a] Quando contemplamos nossa vida com honestidade, constatamos o quanto somos imperfeitos, o quanto somos pecadores, o quanto ainda precisamos aprimorar. A partir daí surge a confissão de pecados - nossa vida desperta um tópico em nossa agenda de oração!

[b] Quando contemplamos nossa vida, especialmente para as pessoas que se relacionam conosco, somos apresentados as suas necessidades. Tais pessoas olham para nós e, não raro, vêm algo diferente em nossas vidas. Isso lhes inspira confiança, ao ponto de pedirem que oremos por suas necessidades. A partir daí surge a intercessão – nossa vida desperta um tópico em nossa agenda de oração!

[c] Quando contemplamos nossa vida, somos levados a constatar as inúmeras necessidades de que somos carentes. A partir daí surgem as petições - nossa vida desperta um tópico em nossa agenda de oração!

[d] Quando contemplamos nossa vida e identificamos tudo aquilo que Deus fez por nós e por nosso intermédio, ficamos agradecidos. A partir daí surgem as ações de graças - nossa vida desperta um tópico em nossa agenda de oração! Irmão, que maravilhoso presente temos em nossas mãos! A nossa vida é uma gloriosa agenda de oração! 

2. Nossa oração deve influenciar a nossa história: Devo entender que a intensidade de minha vida de oração exercerá forte influência sobre a minha vida.

Amados irmão, Jesus apresentou-nos a oração dos filhos como um importante modelo de oração. Nessa oração, Ele fez usou alguns dos acontecimentos da sua vida como tópicos em relação aos quais os Seus discípulos deveriam orar! Não podemos nos esquecer, no entanto, que Jesus praticou de forma exemplar a oração em toda a Sua vida. Portanto, tudo o que Ele viveu e a forma como viveu foi diretamente influenciado por suas orações! Concluímos, portanto, que nossas orações dinamizam os atos diários que praticamos em nossa vida. Quanto mais intensa e efetiva for nossa vida de oração, tanto mais influência experimentaremos em cada um dos atos diários que praticamos em nossa vida! 

3. Nossa biografia deve alinhar-se, tanto quanto possível, à biografia de Jesus: Devo viver de tal modo que vejam Cristo em mim.

Seguir o modelo de oração ensinado por Jesus é um caminho que devo seguir em minha vida. Se aquela oração é um vislumbre da história de Cristo, então devo fazer da minha vida um reflexo da vida de Jesus! Para orar como Jesus ensinou, eu devo, tanto quanto possível, viver como Jesus viveu!


UMA CONCLUSÃO

Não sei se vocês se recordam que eu lhes disse que a oração está vinculada ao passado, ao presente e ao futuro. Quanto ao passado, eu lhes disse que a oração é um vislumbre do estado original da comunhão com Deus que o homem detinha quando da criação! Quanto ao presente, nosso desafio é vivenciar o modelo de oração ensinado por Jesus, com os olhos fixos no fato de que esta oração surgiu a partir de fragmentos da biografia do Nosso Amado Salvador! Eu lhes disse que somente retornaria ao aspecto do futuro da oração ao final da minha fala. O momento chegou, já estou no final da minha fala. Quanto ao futuro, a oração aponta para o glorioso estado de comunhão que desfrutaremos com Deus por toda a eternidade! Gostaria que lêssemos o que está escrito em Apocalipse 22:17 para construirmos nossa palavra final:

                                                          “O Espírito e a noiva dizem: Vem! [...]”

Apocalipse 22:17

O texto diz o que o Espírito diz: “Vem!”. O texto também diz o que a noiva, que é a igreja, diz: “Vem!”. Concluímos, portanto, que tanto o Espírito quanto a noiva falam a mesma coisa. Isso é unidade no falar, isso é excelência na comunicação! Eles falam a mesma coisa! Este é o nosso glorioso futuro: falaremos o mesmo que o Senhor fala! Este é o estado glorioso de comunhão que desfrutaremos com Deus por toda a eternidade!

Que Deus, por Sua bondade e graça, aplique esta palavra em nossos corações!

Em Cristo! 

A. M. Cunha