sábado, 6 de abril de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE LUCAS - CAPÍTULO 6


Vir, ouvir e praticar, três importantes verbos que aparecem no capítulo 6 do Evangelho Segundo Lucas. Nossos lábios, não raro, anunciam que Jesus é Senhor. Requer-se de nós que tenhamos especial cuidado para trilharmos o caminho da obediência, do contrário, seremos questionados por Jesus: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” [Lucas 6:46]. O caminho da obediência que devemos percorrer é apresentado por Jesus no seguinte versículo: “Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica” [Lucas 6:47]. Este versículo contém três importantes verbos, “Vir”, “Ouvir” e “Praticar”, os quais, na verdade, revelam o caminho da obediência: [a] em primeiro lugar, é necessário “vir” a Jesus; [b] em segundo lugar, Suas Palavras devem ser ouvidas; e [c] em terceiro lugar, é necessário que Suas palavras sejam cuidadosamente praticadas. “Vir” a Jesus, “ouvir e praticar” Suas Palavras, quem percorre este caminho é “semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.” [Lucas 6:48]. Por fim, nunca é demais advertir: É possível que se cometa o erro de vir a Jesus e ouvir Suas Palavras, porém, não praticá-las. Quem assim faz “é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” [Lucas 6:49]. Nossa obediência a Cristo é um estável caminho para a construção dos alicerces que serão a estrutura de nossa vida espiritual!
A. M. Cunha

sexta-feira, 5 de abril de 2019

JESUS CRISTO: AQUELE QUE É, QUE ERA E QUE HÁ DE VIR


“Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.”
Apocalipse 1:8

“Eu sou o que Sou”, esta foi a forma com que Deus referiu-se a Si mesmo quando chamou Moisés para libertar o Seu povo da escravidão egípcia [Êxodo 3:14]. É extraordinário pensar que, por exemplo, na Língua Portuguesa, uma das mais descrições de Deus faz uso de um só vocábulo “é”.

O texto de Apocalipse 1:5-8 constrói um lindo quadro descritivo de Jesus Cristo. Sua divindade está firmemente estampada nestes versículos. As pinceladas finais deste lindo quadro foram compostas com as seguintes palavras: “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” [Apocalipse 1:8]!

Com um conteúdo extremamente inspirado e poético, descreve-se aqui, Jesus Cristo, como o Eterno “Eu sou o que Sou”! Aqui, o vocábulo “é” experimenta uma descrição bela e profunda, sendo expandido para revelar a eternidade de Jesus Cristo. Por isso se diz: “aquele que é, que era e que há de vir”.

Deste vigoroso versículo extrai-se um glorioso vislumbre da soberania de Jesus Cristo, descrito como “o Todo-Poderoso”. Sim, Jesus Cristo é Soberano, absolutamente independente de qualquer outro para ser o que é, falar o que fala, pensar o que pensa, fazer o que faz e estar onde está!
A. M. Cunha

quarta-feira, 3 de abril de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE LUCAS - CAPÍTULO 5

O capítulo 5 do Evangelho Segundo Lucas apresenta-nos a intrigante história da cura de um leproso. A expressão “coberto de lepra”, contida em Lucas 5:12, era uma alusão à intensidade do domínio da lepra sobre aquele homem. Os padrões cerimoniais da lei mosaica previam que o portador de lepra fosse declarado imundo pelo sacerdote [Levítico 13:3]. Além disso, impunha-se ao leproso uma espécie de exílio existencial que o privaria do convívio com outras pessoas, inclusive familiares. O texto de Números 19:22 contém um dos fundamentos para este exílio: “Tudo o que o imundo tocar também será imundo; e quem o tocar será imundo até à tarde”. A narrativa contida em Lucas 5:13, porém, descreve o seguinte comportamento de Jesus em relação àquele leproso: “E ele, estendendo a mão, tocou-lhe”. Que maravilhoso toque! Duas especiais verdades podem ser observadas a partir deste extraordinário toque de Cristo: [a] Aquele toque rompeu os grilhões do exílio existencial, pois Jesus, movido por compaixão, antes mesmo de curar o leproso, decidiu afetuosamente tocar-lhe. Nem mesmo a repugnância daquela doença impediu o toque de misericórdia do Salvador; [b] Jesus não tocou numa pessoa imunda pela lepra, mas numa pessoa que seria imediatamente curada, tão logo Sua Palavra fosse liberada para declarar: “Quero, fica limpo!” [Lucas 5:13]. Isto significa que Jesus agia no tempo presente de acordo com as consequências futuras de Sua Palavra! O efeito curador da Palavra de Jesus, liberada em favor daquele leproso, foi imediato, pois, “no mesmo instante, lhe desapareceu a lepra” [Lucas 5:13]. Jesus não se tornou impuro ao tocar o leproso, pois o Seu toque, naquele momento inicial, teria por base o efeito curador da Palavra de cura que Ele, logo em seguida, liberaria em favor daquele leproso! Sendo Sua Palavra irrevogável e inevitável em Seus efeitos, Jesus não estaria tocando numa pessoa imunda, mas em alguém que inevitavelmente seria curado da lepra pelo poder da Sua Palavra. Quão grandioso é o poder, tanto do toque de Cristo, quanto da Palavra de cura por Ele liberada!
A. M. Cunha

segunda-feira, 1 de abril de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE LUCAS - Capítulo 4


Quanto à tentação de Jesus, o evangelista Mateus anuncia que “foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto [Mateus 4:1]. O capítulo 4 do Evangelho Segundo Lucas é especialmente revelador quanto à tentação de Jesus, ao revelar um sutil, porém, não menos importante aspecto deste evento: Jesus não apenas foi levado ao deserto pelo Espírito Santo, mas “foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto [Lucas 4:1]. As preposições, “ao” e “no”, são reveladoras, pois, enquanto Mateus ocupa-se em demonstrar que Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo “ao” deserto, Lucas o faz enfatizando que, durante todo o tempo que esteve “no” deserto, Jesus foi conduzido pelo Divino Espírito. Uma vez estando, no deserto onde foi tentado, Jesus triunfou sobre o diabo porque o Espírito Santo estava com Ele lá, por isso se diz, “Jesus, cheio do Espírito Santo” [Lucas 4:1]. O Espírito Santo não apenas conduz os discípulos de Cristo aos lugares onde devem estar, mas também estará presente ali para guiá-los durante todo o tempo em que estiverem nestes lugares. Eis o privilégio para os que são “cheios do Espírito Santo”.
A. M. Cunha

NOSSA OBEDIÊNCIA É UM ATO DE AMOR, DE FÉ E DE VITÓRIA


“porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”
1 João 5:4

Esse texto possui um importante conectivo, “porque”, que nos reporta necessariamente ao versículo imediatamente anterior. Portanto, somos invariavelmente impulsionados para o seguinte conteúdo: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos” [1 João 5:13]. A expressão “este é o amor de Deus” não tem, neste versículo em particular, o propósito de estabelecer uma conceituação acerca do que seja o amor de Deus. Não é, portanto, um texto conceitual. Seu perfil é profundamente empírico, servindo muito mais para evidenciar uma relação de causalidade entre o amor e a obediência, como se o apóstolo estivesse afirmando: Obedecemos a Deus porque O amamos! Além disso, das palavras do apóstolo, é possível extrair a realidade de que a obediência, umbilicalmente impulsionada pelo amor não é e jamais será penosa, pois “os seus mandamentos não são penosos”!

O texto de 1 João 5:4, como vimos, estabelece uma magnífica conexão com o versículo anterior: O vocábulo “porque” relaciona a obediência por amor [e aqui falamos da obediência aos mandamentos divinos] com o novo nascimento. Noutras palavras o apóstolo diz: Aquele que verdadeiramente experimentou o novo nascimento demonstrará que ama a Deus por meio dos seus atos de obediência para com os mandamentos divinos!

O apóstolo aprofunda ainda mais sua aguda percepção espiritual, concedendo-nos a gloriosa visão de que nossa obediência não é apenas uma evidência de que amamos a Deus, mas é, também, uma prova cabal de que podemos derrotar o mundo que veemente se opõe à vida cristã autêntica. Nossa obediência é, portanto, um ato de vitória, e não apenas isso, ela é um ato de fé, “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. Assim, obediência, amor, vitória e fé são extraordinários princípios espirituais que emergem de 1 João 5:3-4. Sendo, portanto, impulsionados pelo amor de Deus, pela fé obedecemos aos Seus mandamentos, na certeza de que derrotaremos o mundo que se opõe ao nosso viver cristão autêntico!
A. M. Cunha