sábado, 12 de janeiro de 2019

EXPLORANDO OS TESOUROS DA BÍBLIA SAGRADA


A Bíblia é um precioso legado espiritual concedido por Deus ao Seu povo! Nossa tarefa é explorá-lo com muito empenho e dedicação. Não podemos, no entanto, permitir que uma das características do capítulo final de nossa biografia espiritual seja: Os inefáveis tesouros da Escritura Sagrada permaneceram inexplorados. Pensando nisso, gostaria auxiliá-lo no manejo da Bíblia Sagrada, apresentando-lhe breves orientações para um melhor proveito das Escrituras. Tenho identificado estas orientações com o seguinte acróstico: OLEAC. Vamos explorá-lo brevemente:

“O” – ORAR: Sempre se aproxime do texto bíblico com oração. Ore por você mesmo, para que Deus lhe dê as condições necessárias para entender o texto bíblico que está diante de você. Ore para que você sempre se mantenha em estado de humildade diante das revelações obtidas. Ore antes de ler o texto, ore durante a leitura, e ore depois. Mantenha-se em constante oração!

“L” – LER: Leia o texto bíblico e o seu contexto [o que foi escrito imediatamente antes e depois do texto bíblico]. Leia sem pressa. Leia cuidadosamente. Leia sem uma ideia preconcebida. Deixe o texto falar com você à medida que prossegue sua leitura.

“E” – ESTUDAR: A simples leitura é uma prática muito boa, porém, não é suficiente para que o objetivo da maturidade espiritual seja alcançado. É preciso, também, estudar o texto cuidadosamente. Lembre-se: A leitura é uma ótima prática, porém, sem um cuidadoso estudo, a mera leitura será insuficiente! Faça perguntas ao texto bíblico: Quem, o quê, por que, onde, como, etc. Estas perguntas, quando bem elaboradas e cuidadosamente respondidas, fornecem uma ótima percepção do texto bíblico. Neste ponto, recomendo ainda que você faça uso de um bom comentário bíblico sobre o que está sendo lido, assim como mantenha sempre em mãos um ótimo dicionário. Tenha também uma boa Bíblia de estudo [Por exemplo: A Bíblia de Estudo Nova Versão Transformadora]. Recomendo ainda que seja lido o livro “Entendes o que lês: Um guia para entender a Bíblia com auxílio da Exegese e da Hermenêutica”, de Gordon D. Fee e Douglas Stuart [Este livro é excelente, pois ele apresenta uma ótima abordagem acerca dos estilos literários da Bíblia e dá ótimas dicas de como ler cada estilo literário].

“A” – APLICAR: Aplique em sua vida as verdades espirituais que forem sendo reveladas a você. Lembre-se: A leitura proporciona informação, a aplicação gera transformação! O apóstolo Tiago já havia afirmado: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” [Tiago 1:22]. É pela aplicação que as verdades da Escritura são incorporadas em nossa vida. Pode-se, num certo sentido afirmar que a aplicação concede-nos um salto de qualidade em nosso aprendizado das Escrituras, pois, pela aplicação, não apenas lemos a Escritura, mas somos profunda e cuidadosamente lidos por Ela.

“C” – COMPARTILHAR: Compartilhe suas descobertas com outras pessoas. Compartilhe sempre pensando em edificar e fortalecer. Jamais para levantar polêmicas. Compartilhar é uma ótima forma de fixar e aprimorar o conhecimento adquirido. Algumas vezes, outra pessoa com uma maior maturidade espiritual que você poderá auxiliá-lo a corrigir sua percepção ou mesmo aprimorá-la. Você ficará muito surpreso com o ganho que o compartilhamento proporcionará em sua jornada cristã.
A. M. Cunha

A INTIMIDADE COM DEUS INTENSIFICA NOSSAS DECLARAÇÕES A SEU RESPEITO

“O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio”
Salmo 91:1-2

Quanto mais intimidade nutrirmos com Deus, mais intensas serão nossas declarações a Seu respeito! Quem é íntimo de Deus sabe que Ele é o mais aconchegante esconderijo do universo! Quem é íntimo de Deus sabe que, tão somente, a Sua sombra poderá proporcionar-lhe um vigoroso descanso! Dos lábios de quem desfruta intimidade com Deus emerge uma gloriosa declaração: Deus é meu refúgio, Deus é meu baluarte, por isso eu confio em Nele!
A. M. Cunha

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 25

O texto de Mateus 25:1-13 conta-nos uma parábola em torno de dez virgens e seu encontro com o noivo. Cinco são classificadas como loucas e cinco como prudentes. A loucura aqui mencionada referia-se ao fato de algumas daquelas virgens não estarem preparadas para o encontro com o noivo, ao passo que a prudência das demais referia-se ao seu preparo para esse encontro. No entanto, causa-nos, no mínimo, perplexidade o fato de todas dormirem diante da demora do noivo: Tanto as loucas quanto as prudentes foram tomadas de sono! É exatamente isso o que o texto de Mateus 25:5 nos diz: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram”. Esta porção bíblica representa uma cuidadosa advertência, não apenas para os negligentes em sua vida espiritual, mas também para com os que se sentem preparados, pois o sono pode atingir a todos. O apóstolo Paulo, em I Coríntios 10:12, demonstrando igual cuidado para com os seguidores de Cristo, afirmou: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”? Sejamos, pois, especialmente cuidadosos para com a nossa alma, jamais nos afastando da humilde postura de reconhecer que sempre somos carentes da graça divina para que mantenhamos o nosso vigor espiritual!
A. M. Cunha

A PORTA PARA O NOVO NASCIMENTO É A FÉ EM JESUS

“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”
João 3:3-7

Há um importante paralelo entre os versículos 3 e 5. O versículo 3 prescreve “que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. O versículo 5, por sua vez, anuncia que “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. A repetição da expressão “reino de Deus”, em ambos os versículos, é um forte indicativo de que “nascer de novo” e “nascer da água e do Espírito” são expressões sinônimas! Destes dois versículos emerge o seguinte princípio espiritual: A habilidade para ver e entrar no reino de Deus é uma dádiva concedida unicamente àquele nasceu do Espírito, pois o “que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”! A porta para o novo nascimento é a fé em Jesus, pois “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus” [1 João 5:1]!

A. M. Cunha

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

DEIXEMOS UM RASTRO DE BONDADE E MISERICÓRDIA POR ONDE ANDARMOS


“Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre”
Salmo 23:6

Bondade e misericórdia são duas importantes palavras para a vida cristã. Não olhemos, no entanto, para elas apenas sob uma perspectiva “passiva”, tendo-as como uma descrição daquilo que recebemos de Deus por estarmos em vívido relacionamento com Ele. Há, porém, nestas duas palavras, uma perspectiva “ativa”, ou seja, elas também são importantes para descrever aquilo que devemos entregar aos homens como reflexo de nosso relacionamento com Deus. Em outras palavras, aqueles que por Deus são tratados com bondade e misericórdia devem igualmente tratar o próximo com bondade e misericórdia.

Sendo assim, o Salmo 23:6 contempla também a seguinte narrativa: O salmista, de tanto ser amado e cuidado por Deus com bondade e misericórdia, sente-se encorajado a imitar os passos divinos, de modo que a sua própria jornada será também um rastro de “bondade e misericórdia” por onde passar e com quem se relacionar!
A. M. Cunha

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

ATOS DE CORREÇÃO NUMA COMUNIDADE CRISTÃ SADIA MANIFESTAM O AMOR CRISTÃO


“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana”
Gálatas 6:1-3

Observemos a partícula condicional utilizada pelo apóstolo Paulo nesta passagem: “se alguém for surpreendido nalguma falta”. Isto significa que a pessoa que está em Cristo não deve ordinariamente viver na prática do pecado. Tal prática, conquanto não seja recomendável, é um acidente de percurso que ocasionalmente pode ocorrer na vida de todo aquele que se dispõe a seguir a Cristo. Caso ocorra tal acidente, a comunidade cristã deve estar preparada para corrigir o erro com gentileza, bondade e humildade, fazendo da correção um ato de extrema manifestação do amor cristão!
A. M. Cunha

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 24


O capítulo 24 de Mateus anuncia uma série de catástrofes que são esperadas como anúncio de que o fim está próximo, tais como: guerras e rumores de guerras, nação contra nação, reino contra reino, fomes e terremotos em vários lugares. Estas, porém, são catástrofes externas à individualidade das pessoas, muito embora o seu interior possa vir a ser gravemente afetado por elas. No entanto, de acordo com o versículo 12, uma tragédia maior é anunciada: “o amor se esfriará de quase todos”. Esta espécie de tragédia está inerentemente vinculada ao interior das pessoas. São autênticas guerras e rumores de guerras na esfera almática. São vigorosos embates de nações e reinos, porém, embates nos recônditos mais íntimos da personalidade; são veementes expressões de desnutrição de uma alma desprovida de alimentação celestial e, por fim, são avassaladoras implosões das estruturas que antes estabilizavam a alma humana. O que pode provocar tragédias tão íntimas e tão agressivas? A resposta nos é enviada com os seguintes dizeres: “por se multiplicar a iniquidade”! A iniquidade nossa de cada dia é o embrião destas tragédias! O remédio, por outro lado, é a perseverança no amor, por isso se diz no versículo 13: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”! Salvo de quê? De tudo o que diga respeito à perdição humana, inclusive das tragédias almáticas que sufocam a existência!
A. M. Cunha

EM DEUS, NÃO TEMEREI MAL NENHUM


“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam”
Salmo 23:4

Quando se está sob os efeitos da segurança que Deus proporcionada àqueles que O amam, até mesmo a narrativa das trágicas circunstâncias a que estamos sujeitos, parece tão poética como a brisa refrescante dos fins de tarde! É o que acontece no Salmo 23:4, quando o salmista afirma “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte”. Neste Salmo o trágico é poeticamente abraçado pela convicção de que, mesmo nos momentos de dor e angústia, o medo não nos aniquilará, pois, o batismo do amor que Deus nos concede, assegura-nos que Ele sempre estará conosco! O perfeito amor, definitivamente, lança fora o medo [1 João 4.18]!
A. M. Cunha

UM CORAÇÃO CONFIANTE NÃO SE PERTURBA



“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim”
João 14:1

Neste versículo, a Escritura faz uso do vocábulo grego ταρασσω [tarasso], utilizado para descrever um estado de comoção interna, uma condição de ausência de paz de mente, uma perturbação da tranquilidade ou uma quebra do equilíbrio interno que advém de uma inquietação de espírito decorrente de medo, temor, preocupação, incerteza e insegurança.

Ao fazer uso da expressão “Não se turbe o vosso coração”, o Evangelho declara ser possível experimentar uma condição de estabilidade do coração. O caminho para tal condição, porém, é descrito como sendo o caminho da fé, por isso se diz: “crede em Deus, crede também em mim”. O antídoto contra as perturbações do coração é a fé em Deus como uma absoluta, imutável e transformadora confiança no que Ele é e faz.
A. M. Cunha