sexta-feira, 25 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:37

Salmo 119:37 – “Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.”Muito daquilo que faz o nosso coração inclinar-se em sentido contrário aos desígnios divinos, tem sua origem naquilo que nossos olhos contemplam. Os olhos de Eva foram a sutil porta por meio da qual ela enveredou quando de sua desobediência ao Mandamento Divino, por isso o texto bíblico afirma: “Vendo a mulher que a árvore era [...] agradável aos olhos” [Gênesis 3:6]. Reconhecendo que seus olhos podiam fazê-lo apegar-se à vaidade, o salmista suplicou ao Senhor: “Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade”! Este não foi, porém, o único pedido do salmista nesta oração. Ele ainda clamou ao Senhor: “vivifica-me”, em outras palavras, restaura a minha vida espiritual ou ainda, mantenha-me espiritualmente vivo. A expressão “no teu caminho” sugere que o salmista ansiava por experimentar a vivificação a partir da Palavra de Deus, pois o vocábulo “caminho”, utilizado neste Salmo é uma das palavras utilizadas para referir-se aos Mandamentos Divinos. O salmista, não se sentindo satisfeito com seu estado espiritual, ansiava por mais: Ele desejava experimentar uma restauração espiritual enquanto trilhava sua jornada de acordo com os caminhos do Autor da Vida!
A. M. Cunha

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:36

Salmo 119:36 – “Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça.”Sabendo que o seu coração pode tender a voltar-se para direções opostas aos caminhos indicados pela Palavra de Deus, o salmista suplica que o Senhor exerça influência em sua vida, dobrando-lhe a natural inclinação do coração! Somente o mais forte pode inclinar o mais fraco! E por que o salmista envereda-se por esta súplica? Porque ele sabe que a cobiça é profundamente contrária aos Testemunhos Divinos, pois, como nos diz o apóstolo Tiago, “cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz [...] a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” [Tiago 1:14-15]. Em sua oração, o salmista reconhece duas verdades: a) o poder do Senhor, o único capaz de fazê-lo amar a Palavra de Deus; e b) a profunda fraqueza de suas habilidades naturais, que são incapazes de fazê-lo, por seus próprios méritos, amar os Estatutos Divinos! É como se o salmista clamasse: Senhor, dobra o meu coração, fazendo-o inclinar-se para os Teus Mandamentos, e afasta-o da cobiça, pois ela pode matar a minha alma!
A. M. Cunha

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:35

Salmo 119:35 – “Guia-me pela vereda dos teus mandamentos, pois nela me comprazo.”. Que súplica este versículo revela! O salmista, nesta oração, não deseja apenas ser instruído pelo Senhor, ele suplica que o Senhor o guie na vereda dos Mandamentos Divinos. Esta é uma oração singular, pois é como se por ela o salmista suplicasse: “Senhor, vem comigo! Anda comigo enquanto obedeço aos Teus mandamentos!”. Guiar pela vereda é muito mais do que apontar um caminho, é manter-se ao lado daquele que observa os Decretos divinos! Não se trata, portanto, de meramente desejar obedecer aos Mandamentos do Senhor! O anseio do salmista é mais elevado, pois ele deseja que o Senhor, o supremo autor dos mandamentos, o acompanhe em sua jornada!

A. M. Cunha

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:34

Salmo 119:34 – “Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei.”. O salmista continua sua peregrinação em busca de direção para sua vida. Ele não almeja apenas informação, ele anseia por discernimento e compreensão! Ele deseja ver sua alma domada pelos mandamentos divinos para que possa obedecê-los de todo o coração! Não se trata aqui unicamente de uma questão de obediência, mas de reconhecer que a Escritura Sagrada é o único guia para a vida do Salmista! O amor para com a Palavra de Deus é uma expressão do amor para com o Deus da Palavra. A expressão “de todo coração”, conforme Mateus 22:37, aparece tanto para definir o amor para com o Deus da Palavra [“Amarás o Senhor, Teu Deus, de todo o teu coração”] como para especificar, conforme anuncia este versículo, o amor para com a Palavra de Deus [“tua lei; de todo o coração a cumprirei”].
A. M. Cunha

terça-feira, 22 de novembro de 2016

QUINTA SEÇÃO – SALMO 119:33

Salmo 119:33 – “Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim.”. Os mandamentos do Senhor fornecem para o cristão as mais valiosas instruções para a construção de uma fascinante jornada cristã! O vocábulo hebraico ירה [yarah], traduzido por “ensinar”, não tem apenas o sentido de instruir e dirigir, mas também o sentido de lançar flechas, chover e ser atingido. A súplica do salmista por ensino é intensificada, pois ele almeja, não apenas o conhecimento, mas a indicação de uma jornada: conselhos sobre como conduzir-se em sua vida. Assim, os Decretos do Senhor devem atingi-lo como flechas, devem molhá-lo totalmente como chuva! Ao ser atingido ele deve morrer e renascer como um novo homem. Ao ser molhado ele deve receber vida para frutificar! Estamos, pois diante de uma súplica cuja intensidade faz a alma tremer! O vocábulo “Ensina-me” pode ser visto como a oração que mais se repete em todo o Salmo 119: Ele aparece nos versículos 12, 26, 33, 64, 68, 108, 124 e 135. Que esta seja a oração de nossa vida!

A. M. Cunha

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:32

Salmo 119:32 – “Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando me alegrares o coração.”. Poucos sentimentos consomem tanto a energia de nossos corações quanto a tristeza provocada pelas angústias existenciais! Por conta disso, muitos, quando estão entregues ao esgotamento emocional, abandonam o caminho dos Mandamentos Divinos, pois, em tempos de angústias, por estarem sufocados pela dor, não lhes resta mais nenhuma energia para observarem os ensinamentos da Palavra de Deus. O salmista reconhece que, se o Senhor não lhe alegrar o coração, ele não terá uma reserva de energia que lhe permitirá buscar e observar os Mandamentos Divinos! A alegria de coração, quando provocada pelo Senhor, concede a energia necessária para que o servo de Deus possa buscar as orientações da Palavra de Deus e segui-las em sua jornada.
A. M. Cunha