sábado, 5 de janeiro de 2019

O FILHO DE DEUS DEVE PAUTAR A SUA VIDA PELA FÉ

“visto que andamos por fé e não pelo que vemos”
2 Coríntios 5:7

Os filhos de Deus [definidos em João 1:12], de acordo com o apóstolo Paulo, andam por fé e não pelo que que se vê! O vocábulo grego περιπατεω [peripateo] possui literalmente o sentido de caminhar. Porém, frequentemente tem sido utilizado com a acepção de conduzir-se pela vida, assumindo, dessa forma, o sentido de viver. De acordo com 2 Coríntios 5:7, o filho de Deus, durante todos os dias de sua vida, é convocado a pautar-se pela fé e não por aquilo que vê!

Por que é importante viver pela fé? A Escritura oferta-nos as seguintes respostas: [1] Porque pela graça somos salvos, mediante a fé [Efésios 2:8]; [2] Porque Cristo habita em nosso coração pela fé [Efésios 3:17]; [3] Porque apagamos os dardos inflamados do maligno fazendo uso do escudo da fé [Efésios 6:16]; [4] Porque somos justificados por Deus mediante a fé [Romanos 5:1].
A. M. Cunha

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 20

Por vezes deparamo-nos com um amanhecer intensamente nublado. A Palavra de Deus, porém, sempre será reluzente! Não existem nuvens que a possam encobrir! O capítulo 20 tem o seu início com a conhecida “Parábola dos trabalhadores da vinha”! Paira sobre esta parábola a neblina da injustiça, pelo menos é o que muitos de nós pensamos. Algumas pessoas que trabalharam apenas uma hora receberam o mesmo pagamento daquelas que suportaram a fadiga e o calor do dia, trabalhando por muito mais tempo. Como pode isto ser justo! A neblina da injustiça é dissipada diante do brilho reluzente do versículo 15: “Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”. Bondade, que palavra maravilhosa! A bondade é a medida da justiça! O dono da vinha não foi injusto com alguns, ele foi extremamente bondoso para com os que trabalharam menos! Aos nossos olhos pode soar como injustiça, mas aos olhos do dono da vinha, isto é bondade, a medida da justiça! O que diríamos se a medida da bondade divina viesse ao nosso encontro? Pois eu lhes asseguro, ela já veio, e nós, que pecamos muito mais do que outros, fomos, por termos crido em Cristo, presenteados com a mesma medida da graça divina! Que diremos, pois, Deus foi injusto com os que pecaram menos? Não, Deus foi extremamente bondoso para conosco, os que pecamos mais!
A. M. Cunha

O CARÁTER INDISPENSÁVEL DA EVANGELIZAÇÃO

John Piper escreveu que existem três tipos de pessoas envolvidas na obra da evangelização: o enviado, o que envia e o desobediente!

A ordem de Jesus Cristo foi clara: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” [Marcos 16:15]. Nessa singular passagem bíblica encontramos: [1] A conduta necessária – “ir” e “pregar”; [2] A abrangência dos destinatários – “todo o mundo [...] toda criatura”; e [3] A exclusividade da mensagem – “o evangelho”.

Esses três vocábulos – conduta, destinatários e mensagem – apontam para o caráter indispensável da evangelização para a presente geração! Conquanto um dia a evangelização não mais será necessária, hoje ela é contundentemente indispensável!
A. M. Cunha

A VITÓRIA FINAL DE CRISTO

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”.
João 1:1-5

Tudo o que conhecemos e o que ainda vamos conhecer acerca de todas as coisas criadas tiveram o Seu início em Cristo, descrito nestes versículos como o “Verbo Divino”. Nas palavras iniciais do Evangelho Segundo João, temos o prenúncio de que a vitória final de Cristo não é uma mera perspectiva futura, mas é algo que vividamente já aconteceu, pois “as trevas não prevaleceram” contra a luz inerente ao Verbo Divino! É, portanto, no início deste Evangelho que somos apresentados à imutável convicção de que o Verbo Divino triunfará definitivamente sobre as trevas!
A. M. Cunha

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

A PARÁBOLA DOS FILHOS PERDIDOS - LUCAS 15:11-32

O capítulo 15 do Evangelho Segundo Lucas contem a narrativa de três parábolas proferidas por Jesus, cujo pano de fundo contemplava a insatisfação dos fariseus e escribas contra a atitude de Jesus de receber pecadores e publicanos que se aproximavam Dele [Lucas 15:1-2]. As parábolas são as seguintes:

[1] A parábola da ovelha perdida – Lucas 15:3-7;

[2] A parábola da dracma perdida – Lucas 15:8-10;

[3] A parábola dos filhos perdidos – Lucas 15:11-32.

Tais parábolas fornecem-nos valiosas lições, dentre as quais destacamos a seguinte: Nossa conduta no Reino de Deus deve ser uma conduta caracterizada pela “busca” e pela “espera”. Buscar e esperar, eis uma das atitudes que o Reino de Deus requer de nós.

As duas primeiras parábolas evidenciam a busca persistente, pois tanto o homem que perdeu uma de suas ovelhas, como a mulher que perdeu uma de suas dracmas, buscam diligentemente o que se havia perdido até que seja encontrado!

A terceira parábola, no entanto, contém a narrativa de um homem que tinha dois filhos. Contrariamente ao título contido em muitas versões bíblicas que denominam essa parábola de “O filho pródigo” – [o que sugere que apenas um dos filhos havia se perdido] – preferimos denomina-la de “A parábola dos filhos perdidos], pois se percebe que ambos estavam perdidos. Um deles perdeu-se porque saiu de casa do pai, o outro, conquanto estivesse na casa do pai, igualmente estava perdido. Nessa terceira parábola não se vê a busca diligente, mas a espera determinada, pois o pai narrado na parábola “esperou” o regresso do filho perdido, tanto quanto “esperou” a reconciliação do filho que estava em sua casa. Conquanto ambos estivessem perdidos, o pai esperava com determinação o retorno de ambos, pois o seu desejo era que ambos fossem encontrados. Era o desejo do pai que a festa pelo regresso do filho que se perdeu fora da casa, fosse a festa para ambos os filhos, como uma vibrante manifestação da alegria de terem sido encontrados.
A. M. Cunha

PROSPERIDADE SEM GENEROSIDADE É INIQUIDADE


De fato, não se deve apenas ler a Escritura, deve-se, concomitantemente com a leitura, deixar-se ser lido por Ela. O profeta Ezequiel fez uma incisiva leitura acerca da infidelidade de Jerusalém, comparando-a com a iníqua cidade de Sodoma.

Em suas palavras o profeta afirmou o seguinte acerca de Sodoma: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado” [Ezequiel 16.49].

Eis a leitura que a Escritura faz acerca daqueles que se apegam às riquezas: Prosperidade sem generosidade é iniquidade! O apóstolo Paulo, discorrendo sobre essa iniquidade, afirmou: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” [1 Timóteo 5:8].

Quanto a essa iniquidade, o apóstolo João expressa contundente advertência da Escritura com as seguintes palavras: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” [1 João 3:17].

Sem dúvida, prosperidade sem generosidade é iniquidade, pois “o amor do dinheiro é raiz de todos os males” [1 Timóteo 6:10]!
A. M. Cunha

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

REMOVA A PEDRA ANTES DO MILAGRE ACONTECER


A GRAÇA DE DEUS, A FONTE DO CORAÇÃO PURO E DO ESPÍRITO INABALÁVEL


“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”
Salmo 51:10-11

O Senhor é o único capaz de nos oferecer esta íntima e dupla benção: “coração puro” e “espírito inabalável”. Observe-se, porém, que o salmista reconhece que nele não havia e, portanto, deveria ser “criado”, um “coração puro”. Por outro lado, em sua súplica ele busca obter, não a criação, mas a “renovação” de um “espírito inabalável”, o que sugere o reconhecimento de que, noutro tempo, ele já possuíra tal disposição interior.

O Novo Testamento faz alusão a essa “pureza de coração” com as seguintes palavras: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” [Mateus 5:8]. A pureza de coração, portanto, relaciona-se com a comunhão com Deus. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais tomamos consciência da nossa indignidade e do fato de que só nos é possível ter comunhão com Ele por Sua inefável graça e grandiosa misericórdia!

O “espírito inabalável” é tratado no Novo Testamento como uma alusão à estabilidade desfrutada por todo aquele que verdadeiramente está em Cristo. A estes, reserva-se o direito de permanecerem inabaláveis, mesmo após terem enfrentado as adversidades do dia mau! As seguintes palavras do apóstolo Paulo descrevem esta condição: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” [Efésios 6:13].

Seja uma coisa, “pureza de coração”, ou outra, “espírito inabalável”, nenhuma delas se obtém sem a graça de Deus! Como somos dependentes do Senhor! Nossa boa vontade e nossas boas intenções não são capazes de nos conceder tal bênção, pois somente pela graça do Senhor podemos obtê-la! O salmista ora por tais bênçãos, reconhecendo que somente o Senhor pode concedê-las! Por isso, é tão importante orar. Ele expressa sua oração com os seguintes dizeres: “Cria em mim, ó Deus [...] renova dentro de mim”.
A. M. Cunha

A DINÂMICA DO APRENDIZADO NA GRANDE COMISSÃO


“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.”
Mateus 28:19-20

A Grande Comissão não é um comando para meramente reproduzir o que Jesus ordenou, como se fosse uma ordem para apenas “ensinar todas as coisas que Ele nos ordenou”. Embora soe como correto, não foi este o ensinamento do Divino Mestre.

Seu comando foi mais além, comprometedoramente mais além, pois Ele não nos ordenou a meramente ensinar todas as coisas que Ele ordenou, mas a “ensinar a guardar todas as coisas que Ele ordenou”!

É comprometedor, pois se trata de coisas que Ele ordenou. Não são sugestões, opiniões ou conselhos. São ordens! É comprometedor porque nenhuma delas pode ficar de fora do ensino. Tudo, absolutamente tudo o que Cristo ordenou é vital para a vida dos Seus discípulos! É comprometedor porque a tarefa da igreja vai além de uma simples reprodução de todas as coisas ordenadas por Cristo, pois ela deve apontar caminhos e construir pontes para que todo aquele que vem a Cristo tenha uma segura trajetória para obedecer todas as coisas que o Senhor Jesus ordenou em Sua Palavra.

Assim, o discípulo de Cristo ouve e aplica para si as ordens de Cristo. Isso, porém, não é suficiente, pois é necessário que esse discípulo ensine outros discípulos a também ouvirem e aplicarem para si as ordens que também ouviram de Cristo!
A. M. Cunha