quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

A PARÁBOLA DOS FILHOS PERDIDOS - LUCAS 15:11-32

O capítulo 15 do Evangelho Segundo Lucas contem a narrativa de três parábolas proferidas por Jesus, cujo pano de fundo contemplava a insatisfação dos fariseus e escribas contra a atitude de Jesus de receber pecadores e publicanos que se aproximavam Dele [Lucas 15:1-2]. As parábolas são as seguintes:

[1] A parábola da ovelha perdida – Lucas 15:3-7;

[2] A parábola da dracma perdida – Lucas 15:8-10;

[3] A parábola dos filhos perdidos – Lucas 15:11-32.

Tais parábolas fornecem-nos valiosas lições, dentre as quais destacamos a seguinte: Nossa conduta no Reino de Deus deve ser uma conduta caracterizada pela “busca” e pela “espera”. Buscar e esperar, eis uma das atitudes que o Reino de Deus requer de nós.

As duas primeiras parábolas evidenciam a busca persistente, pois tanto o homem que perdeu uma de suas ovelhas, como a mulher que perdeu uma de suas dracmas, buscam diligentemente o que se havia perdido até que seja encontrado!

A terceira parábola, no entanto, contém a narrativa de um homem que tinha dois filhos. Contrariamente ao título contido em muitas versões bíblicas que denominam essa parábola de “O filho pródigo” – [o que sugere que apenas um dos filhos havia se perdido] – preferimos denomina-la de “A parábola dos filhos perdidos], pois se percebe que ambos estavam perdidos. Um deles perdeu-se porque saiu de casa do pai, o outro, conquanto estivesse na casa do pai, igualmente estava perdido. Nessa terceira parábola não se vê a busca diligente, mas a espera determinada, pois o pai narrado na parábola “esperou” o regresso do filho perdido, tanto quanto “esperou” a reconciliação do filho que estava em sua casa. Conquanto ambos estivessem perdidos, o pai esperava com determinação o retorno de ambos, pois o seu desejo era que ambos fossem encontrados. Era o desejo do pai que a festa pelo regresso do filho que se perdeu fora da casa, fosse a festa para ambos os filhos, como uma vibrante manifestação da alegria de terem sido encontrados.
A. M. Cunha

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