quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

A GRAÇA DE DEUS, A FONTE DO CORAÇÃO PURO E DO ESPÍRITO INABALÁVEL


“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”
Salmo 51:10-11

O Senhor é o único capaz de nos oferecer esta íntima e dupla benção: “coração puro” e “espírito inabalável”. Observe-se, porém, que o salmista reconhece que nele não havia e, portanto, deveria ser “criado”, um “coração puro”. Por outro lado, em sua súplica ele busca obter, não a criação, mas a “renovação” de um “espírito inabalável”, o que sugere o reconhecimento de que, noutro tempo, ele já possuíra tal disposição interior.

O Novo Testamento faz alusão a essa “pureza de coração” com as seguintes palavras: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” [Mateus 5:8]. A pureza de coração, portanto, relaciona-se com a comunhão com Deus. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais tomamos consciência da nossa indignidade e do fato de que só nos é possível ter comunhão com Ele por Sua inefável graça e grandiosa misericórdia!

O “espírito inabalável” é tratado no Novo Testamento como uma alusão à estabilidade desfrutada por todo aquele que verdadeiramente está em Cristo. A estes, reserva-se o direito de permanecerem inabaláveis, mesmo após terem enfrentado as adversidades do dia mau! As seguintes palavras do apóstolo Paulo descrevem esta condição: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” [Efésios 6:13].

Seja uma coisa, “pureza de coração”, ou outra, “espírito inabalável”, nenhuma delas se obtém sem a graça de Deus! Como somos dependentes do Senhor! Nossa boa vontade e nossas boas intenções não são capazes de nos conceder tal bênção, pois somente pela graça do Senhor podemos obtê-la! O salmista ora por tais bênçãos, reconhecendo que somente o Senhor pode concedê-las! Por isso, é tão importante orar. Ele expressa sua oração com os seguintes dizeres: “Cria em mim, ó Deus [...] renova dentro de mim”.
A. M. Cunha

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