sábado, 16 de março de 2019

IDOSOS: UMA GERAÇÃO QUE NÃO PODE SER ESQUECIDA


“Respondeu-lhe Moisés: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos, e com os filhos, e com as filhas, e com os nossos rebanhos, e com os nossos gados; havemos de ir, porque temos de celebrar festa ao Senhor.”
Êxodo 10:9

Quando Moisés percorria o seu caminho de obediência a Deus com o específico propósito de libertar o povo de Israel do cativeiro egípcio, ele foi inegavelmente inclusivo no seu propósito! Faraó, antes de oferecer ao povo judeu sua terceira proposta, e de lhe ofertar uma sugestão de liberdade, fez ecoar uma angustiante pergunta: “quais são os que hão de ir?”

Moisés carregava em sua memória a ordem divina: “Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.” [Êxodo 5:1]. Com os olhos fixos no mandamento divino, e sem qualquer temor para com as constantes ameaças de Faraó, Moises respondeu: “Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos, e com os filhos, e com as filhas, e com os nossos rebanhos, e com os nossos gados; havemos de ir, porque temos de celebrar festa ao Senhor.” [Êxodo 10:9].

Nenhum componente daquela geração poderia faltar! Moisés foi, portanto, inclusivo. A terceira geração, os idosos, também estava incluída no propósito libertador de Moisés! Ele foi claro e específico: “e com os nossos velhos”!

Eles ainda possuem um louvor para entregar, eles ainda têm “gás” para oferecerem uma festa ao Senhor! Eles cuidaram de nós, ensinaram tudo o que sabemos sobre Deus, apontaram o caminho que devíamos seguir, entregaram os caminhos da aliança com Deus, ensinaram como e com que coração devíamos cantar, introduziram diante de nós os inefáveis caminhos da oração: Como poderíamos esquecê-los? Como poderíamos deixá-los para trás? Não! Eles também irão conosco, pois a festa jamais será completa sem sua participação!

Abrace os idosos! Faça-lhes um cafuné! dê-lhes um abraço! Leve-os para um almoço especial! Pare um pouco só para escutar suas histórias! Não se esqueça, eles ainda têm uma festa para celebrar diante de Deus! Suas vozes embargadas e envelhecidas podem ser o componente harmônico que está faltando em sua adoração comunitária!
A. M. Cunha

DÉCIMA NONA SEÇÃO – SALMO 119:152

Salmo 119:152 – “Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre”. O capítulo 150 do livro dos Salmos é, como temos visto, uma veemente declaração acerca dos extraordinários atributos da Palavra de Deus. Aqui o salmista promove uma das mais magníficas afirmações acerca da imutabilidade da Palavra de Deus. Isto significa que todos os atributos da Palavra de Deus demonstrados neste livro são perenes, eternos, imutáveis, duradouros, pois não estão suscetíveis aos nefastos danos provocados pela obsolescência e pelas mutações da existência humana. A respeito desta imutabilidade, Nosso Senhor Jesus viria a declarar, séculos depois: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” [Mateus 24:35].
A. M. Cunha

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS - Capítulo 13


É interessante a expressão contida no versículo primeiro do capítulo 13 do Evangelho Segundo Marcos: “Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus discípulos”. Uma superficial espiritualidade prepara-nos apenas para sabermos o que fazer quando entramos no templo. Mas, e quando saímos dele, sabemos o que devemos fazer? A narrativa do capítulo 13 do Evangelho de Marcos possui um conteúdo profético muito interessante, cujo propósito é preparar os discípulos para o que enfrentarão futuramente: [1] O engano dos falsos mestres [versículos 6, 21 e 22]; [2] O surgimento de guerras e rumores de guerras, terremotos e fome [versículos 7 e 8]; [3] Perseguição aos seguidores de Cristo, inclusive no ambiente familiar [versículos 9, 11 a 13]; [4] Sinais extraordinários nos céus [versículos 24 e 25]; e, por fim, [5] O retorno de Cristo! Isto mesmo, Cristo voltará novamente [versículos 26 e 27]! Todas estas coisas são anunciadas profeticamente, conforme Jesus declara no versículo 23: “Tudo vos tenho predito”.

Voltemo-nos, portanto, à pergunta acima formulada: Quando saímos do templo, sabemos o que devemos fazer? O texto bíblico responde com um veemente “vigiai e orai” [Marcos 13:33]. Oração e vigilância espiritual não são tarefas que devem ser praticadas unicamente quando estamos no templo. Devemos praticá-las, e com mais intensidade, quando estamos fora do templo! Há, porém, algo revelado nas entrelinhas deste capítulo que revela algo mais que devemos fazer: “é necessário que primeiro o evangelho seja pregado” [versículo 10]. Assim, temos uma magnífica revelação acerca do que devemos fazer, cuja prática promoverá um extraordinário impacto em nossa geração: pregar, orar e vigiar! Mas atenção, pregar não é apenas falar, mas viver, e tão intensamente quanto possível, as verdades do evangelho de Jesus Cristo, pois o modo como vivemos na presente geração deve, a um só tempo, confirmar e inspirar o conteúdo de nossa pregação e guardar com especial zelo a próxima geração!
A. M. Cunha

sexta-feira, 15 de março de 2019

O DEUS DA PAZ É O DEUS QUE SANTIFICA


“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”
1 Tessalonicenses 5:23

Há paz em Deus, paz suficiente para desfazer as barreiras da separação que o homem, em seu estado de inimizade, tem para com Deus. A santificação é a declaração de que esta barreira foi desfeita. O homem, porém, não se santifica a si mesmo, é Deus quem o santifica.

O Deus santificador é o Deus da paz, portanto, a santificação não é um estado de guerra declarada por Deus contra os Seus filhos, como quem ansiosamente aguarda os seus deslizes para puni-los com severidade! Porém, conquanto a santificação não seja esse estado de guerra e, portanto, uma imposição de um “deus tirano”, ela é um glorioso chamamento, pois a Escritura diz: “Deus [...] nos chamou [...] para a santificação” [1 Tessalonicenses 4:7].

O Deus santificador é o Deus que nos chama para santificação! A consequência desse chamamento é que o nosso espírito, alma e corpo serão conservados íntegros e irrepreensíveis na expectativa da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!

Quanto a esta promessa da vinda de Jesus Cristo, cumpre-nos afirmar que “o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” [2 Pedro 3:9].
A. M. Cunha

quinta-feira, 14 de março de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS - Marcos 12


“Débito ou crédito?”, “Vai comer aqui ou vai levar?”, estes são alguns exemplos de perguntas que estão sendo costumeiramente realizadas, nesta era de rasos relacionamentos. Esta é a forma como o amado irmão e pastor Davi Lago tem alertado para a superficialidade das perguntas atuais. Perguntas superficiais podem apontar para diálogos superficiais. O capítulo 12 do Evangelho de Marcos, no entanto, contém a narrativa de um diálogo muito profundo. Um escriba pergunta para Jesus: “Qual é o principal de todos os mandamentos?” [Marcos 12:28]. Se a pergunta é profunda, muito provavelmente o diálogo que dela emergirá será profundo. Este é o caso do diálogo entre Jesus e o escriba, conforme narrativa do evangelista Marcos. Em Sua resposta, Jesus aprofunda o discurso para apontar, não apenas um mandamento, mais dois mandamentos: [a] O principal: Amar o Senhor Deus, de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força; [Marcos 12:29-30] e [b] O segundo: Amar o próximo como a si mesmo [Marcos 12:31]. Jesus afirma que não “há outro mandamento maior do que estes” [Marcos 12:31]. O escriba, por sua vez, seguindo a aprofundamento proposto por Jesus, afirma que estes dois mandamentos excedem “a todos os holocaustos e sacrifícios” [Marcos 12:33]. De fato, o amor para com Deus e o próximo estão infinitamente além do que quaisquer dos rituais articulados pela religiosidade! Este diálogo foi finalizado com a afirmação de que as palavras do escriba revelaram sabedoria [Marcos 12:34]. Que maravilha, pois quem faz uma pergunta profunda desfrutará de um diálogo profundo! Lembre-se: Perguntas profundas anunciam um diálogo profundo!
A. M. Cunha

VENCENDO A IRA SUSCITADA POR PALAVRAS DURAS


quarta-feira, 13 de março de 2019

SOMOS SALVOS PELA GRAÇA


“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.”
Efésios 2:4-7

O vocábulo “mas” pode causar consolo ou agonizante apreensão. Quantos já não tremeram quando o médico lhes disse: “Seus exames estão bons, mas ...”, ou o cônjuge que ouviu seu consorte dizer-lhe: “Nossa convivência foi incrível, mas ...”?

No entanto, este não é o caso destes versículos, pois o vocábulo “mas” é, sem dúvida, uma boa notícia! Uma imerecida, extraordinária e magnífica boa notícia!

Qual o diagnóstico divino acerca do nosso modo de vida? De acordo com Efésios 2:1-3, estávamos mortos em nossos delitos e pecados; seguíamos o curso deste mundo; andávamos sob a influência do príncipe da potestade do ar; vivíamos como vivem os filhos da desobediência; obedecíamos às inclinações da nossa carne e dos nossos mais vergonhosos pensamentos e éramos, por natureza, filhos da ira.

Uma justa, inatacável, irretocável e perfeita sentença pairava sobre nossa paupérrima existência! Mas [Oh, que doce vocábulo!], uma boa nova ecoou rompendo as barreiras da nossa surdez! Uma refulgente luz surgiu desfazendo os obstáculos de nossa cegueira! Deus nos deu vida!

Por que? Porque Ele é rico em misericórdia! Mas não estávamos mortos? Estávamos! Ele, no entanto, “nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”! Com que propósito? Para mostrar, não apenas num ínfimo instante, mas “nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco”!

Como não amar um Deus assim? Como não lhe servir com todas as nossas forças? Como não abrirmos mão das nossas mesquinhas prioridades e lançarmo-nos sem reservas à prioridade que emana do Seu coração paternal?
A. M. Cunha

O ENSINO COM HUMILDADE E MANSIDÃO É TRANSFORMADOR

“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”
Mateus 11:29

Jesus é apresentado, nesta extraordinária passagem das Escrituras, como aquele que domina a arte do ensino, por isso Ele afirma: “aprendei de mim”. Como no Salmo pastoral, que “faz repousar em pastos verdejantes” e conduz “para junto das águas de descanso” [Salmo 23:2], Jesus assegura que aquele que O busca encontrará “descanso” para a sua alma! Seu ensino está disponível, mesmo para aqueles que estão cansados e sobrecarregados, em relação aos quais é assegurado o alívio necessário [Mateus 11:28]. O Mestre do ensino tem o seu coração desvendado: Ele é manso e humilde de coração! Humildade e mansidão, eis a chave que abre a porta do aprendizado para aqueles cujos corações, cansados e sobrecarregados, tornaram-se empedernidos pelos embates da vida: O mais endurecido coração é incapaz de resistir à força avassaladora da mansidão e da humildade!
A. M. Cunha