sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

O REINO DE DEUS É TAMBÉM UM ESTILO DE VIDA


“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens
Romanos 14:17-18

O Reino de Deus, este é um dos gloriosos temas da Escritura. O texto de Romanos 14:17 parece-nos ser o único lugar das Escrituras que faz uso da fórmula “o Reino de Deus é”. A seu respeito, a Escritura fazia uma abordagem comparativa: “O reino de Deus é assim como” [Marcos 4:11], “A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?” [Lucas 13:18] ou “A que compararei o reino de Deus?” [Lucas 13:20]. Noutras ocasiões, abordava-se a possibilidade de vê-lo [João 3:3], de entrar [João 3:5], ou ainda a questão da sua proximidade [Marcos 1:15]. O Reino de Deus, não é fácil defini-lo. O apóstolo Paulo, no entanto, apresentou-nos uma gloriosa definição: “o reino de Deus [...] é [...] justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” [Romanos 14:17]! No entanto, o apóstolo não interrompe sua conceituação, sem antes afirmar: “Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens” [Romanos 14:18]. Não nos parece razoável analisar estes versículos separadamente. Estes dois versículos formam um todo inseparável! O conceito está no versículo 17. Paulo, porém, alarga a nossa compreensão acerca do conceito de Reino de Deus, conectando esse conceito à expressão “Aquele que deste modo serve a Cristo”. O Reino de Deus, conceituado no versículo 17, é apresentado, no versículo 18, como um serviço prestado a Cristo. Assim, o Reino de Deus é também um estilo de vida caracterizado por um serviço a Cristo que agrada a Deus e é aprovado pelos homens!
A. M. Cunha

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS – Capítulo 1


O Evangelho de Marcos apresenta uma abordagem extremamente intensa. O conteúdo do primeiro capítulo, imediatamente após o anúncio de uma profecia a respeito de Jesus Cristo, o evangelista apresenta a seguinte narrativa: Jesus foi batizado, venceu a tentação no deserto, pregou o evangelho do Reino, escolheu discípulos, ensinou na sinagoga, curou enfermos e expulsou demônios. Registra-se ainda, que Jesus levantava-se alta madrugada para orar! Um início repleto de ação! Tudo o que Ele fez o qualificava a ser modelo: uma referência a ser seguida! É exatamente esta qualidade, como modelo e referência, que caracteriza o chamado contido no versículo 17 do capítulo primeiro deste Evangelho: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. É exatamente a expressão “Vinde após mim” que qualifica Jesus como modelo dos Seus discípulos. Esta expressão poderia ser assim reproduzida: Venham, observem o que estou fazendo, e assim como eu fizer, façam vocês também! Jesus não apenas chamava os discípulos a fazerem algo, Ele, desenvolvendo uma parceria com eles, não apenas os observava fazer, mas juntamente com eles fazia, como modelo e referência, tudo aquilo que deveria ser feito!
A. M. Cunha

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 28


Um inefável desfecho da história de Jesus Cristo, esse é o maravilhoso conteúdo do capítulo 28 do Evangelho Segundo Mateus. O texto de Mateus 28:1 apresenta-nos o seguinte conteúdo: “Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro”. Os evangelistas, Marcos e Lucas, anunciaram o motivo pelo qual essas mulheres foram ao sepulcro: Elas levavam especiarias para ungirem o corpo de Jesus [Marcos 16:1-2 e Lucas 24:1]. Não o fizeram no sábado, pois estavam impedidas pela lei judaica. Muito provavelmente para elas, aquele fora um sábado muito longo, porém, sem maiores expectativas: O que elas esperavam encontrar era o corpo inerte de Jesus naquela fria tumba! Mas enfim, chegou o domingo, e elas pretendiam cumprir sua missão naquele dia! De acordo com Provérbios 16:1, “O coração do homem pode fazer planos”. Elas teriam cumprido sua missão, não fosse o “grande terremoto” provocado pela visita de um anjo do Senhor, que “desceu do céu, rolou a pedra da entrada” do sepulcro e “assentou-se sobre ela” [Mateus 28:2]. O temido terremoto que, não raro, provoca graves destruições, naquela ocasião veio como testemunho da ressurreição de Jesus Cristo! Por vezes, algo grandiosamente maravilhoso é precedido por “abalos” que, à semelhança dos terremotos, pode retirar o nosso equilíbrio! Na ressurreição de Jesus, o “terremoto” mais poderoso não foi aquele que fez a pedra rolar, mas aquele que aniquilou para sempre os poderes das trevas! Sim, a ressurreição de Jesus foi uma fulgurante luz que brilhou para dissipar as trevas e anunciar aos homens que a morte foi vencida pelo poder da ressurreição! Sim, a fé, por fim, triunfará!
A. M. Cunha

DÉCIMA NONA SEÇÃO – SALMO 119:151


Salmo 119:151 – Tu estás perto, Senhor, e todos os teus mandamentos são verdade. O salmista não se refere aqui à proximidade da parousia, ou seja, do retorno glorioso de Cristo na era final, mas à intimidade que os Seus servos mantêm com Ele. A proximidade relatada pelo salmista é, portanto, uma referência à realidade espiritual de que o Senhor habita com os que temem o Seu nome! Quanto mais se mantém intimidade com o Senhor, mais o fiel perceberá que os Mandamentos divinos são a mais nítida expressão da verdade.
A. M. Cunha

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

DÉCIMA NONA SEÇÃO – SALMO 119:150


Salmo 119:150 – “Aproximam-se de mim os que andam após a maldade; eles se afastam da tua lei.” Este texto anuncia que a maldade se torna o guia daqueles que se afastam da Lei do Senhor. Quanto mais influenciados pela maldade, mais os homens afastam-se da Lei do Senhor. Igualmente, quanto mais distantes da Lei do Senhor, mais os homens serão influenciados pela maldade. Por outro lado, o contato [aproximação] com a Palavra de Deus concede aos servos de Deus o poder necessário para que não andem em obediência aos caminhos da maldade. De acordo com esta porção das Escrituras, é dupla a consequência decorrente do afastamento da Lei do Senhor: [1] inicia-se uma peregrinação pelos caminhos da maldade; e [2] promove-se uma aproximação daqueles que temem ao Senhor com o propósito de contaminá-los com o veneno da maldade.

A. M. Cunha

O AMOR TEOCÊNTRICO É ABSOLUTO


“A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti.”
Salmo 73:25

Eis o que se pode chamar de uma “teocêntrica declaração de amor”! Não há, seja entre os seres do e no céu, seja entre os seres da e na terra, ninguém a quem o salmista esteja profundamente conectado em amor! Sob a perspectiva do amor teocêntrico, Deus é absoluto no céu e na terra! Nada nem ninguém é capaz de concorrer com Ele como destinatário do amor verdadeiro! O salmista não ama de si para si mesmo, como sendo ele mesmo o destinatário final desse amor, mas de si para Deus, em Deus e por Deus, tendo-o como o mais sublime destinatário do amor!
A. M. Cunha

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 27


Não é tarefa das mais fáceis promover a distinção entre “arrependimento” e “remorso”. O texto de Mateus 27:3-4 lança-nos diante de uma importante luz para compreendermos uma das peculiaridades do remorso. Nesta porção das Escrituras, Judas confessa seu pecado, porém, o faz para a pessoa errada. Ele escolhe confessá-lo aos sacerdotes e anciãos e não a Jesus. A frase por ele utilizada, “Pequei, traindo sangue inocente”, embora plasticamente bonita, não tem efeitos práticos e eficazes para a obtenção do perdão!

A Escritura afirma que “Se confessarmos os nossos pecados, ele [Jesus Cristo] é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” [1 João 1:9]. Judas não confessou o seu pecado a quem o podia perdoar!

Diferentemente, porém, foi a conduta do filho pródigo. A frase por ele utilizada, “Pai, pequei contra o céu e diante de ti” [Lucas 15:21], também plasticamente bonita, teve efeitos práticos e eficazes para a obtenção do perdão! Qual a diferença, então entre o filho pródigo e Judas? O filho pródigo confessou à pessoa adequada!

A Escritura, ademais, lança diante de nós outra importante luz para identificarmos que o episódio com Judas foi meramente remorso, e não arrependimento. Assim nos diz a Escritura: “Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso [...]” [Mateus 27:3]. Os olhos de Judas mantiveram-se focados no fato de Jesus ter sido condenado, e não em reconhecer que a sua atitude para com Jesus havia sido pecaminosa. Em resumo, Judas entristeceu-se pelo fato de Jesus ter sido condenado em decorrência de sua atitude, mas não pelo fato de sua atitude ser uma atitude draticamente pecaminosa. Ele não reconheceu o seu erro, mas, tão somente, se entristeceu pelas consequências da sua atitude. A tristeza provocada pela consequência da atitude, como foi o caso de Judas, não é uma manifestação da tristeza que surge quando se reconhece que a atitude praticada foi pecaminosa! Por isso a Escritura afirmou que Judas estava simplesmente “tocado de remorso”!
A. M. Cunha

TEMOS A PROMESSA DE QUE DEUS HÁ DE SE ALEGRAR EM NÓS


“O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.”
Sofonias 3:17

A expressão “ele se deleitará em ti com alegria [...], regozijar-se-á em ti com júbilo”, contida no versículo 17 de Sofonias 3, é uma das mais surpreendentes declarações da Palavra de Deus! A expressão da alegria é, frequentemente, uma ordem das Escrituras para o povo de Deus [Salmo 2:11; Salmo 32:11; Salmo 97:12; Joel 2:23; Romanos 12:15; Filipenses 2:18, 3:1 e 4:4 e 1 Pedro 4:13, entre tantas outras passagens]. No entanto, aqui, neste singular texto bíblico, o que se declara, não é a alegria dos homens, mas a alegria de Deus! Quão maravilhosa é esta expressão da Escritura, pois o texto bíblico sinaliza para o fato de que Deus, o supremo criador do universo, regozijar-se-á em nós com júbilo! Extraordinariamente magnífico!
A. M. Cunha

domingo, 13 de janeiro de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MATEUS - Capítulo 26


O versículo 47 do capítulo 26 do Evangelho de Mateus apresentou-me as seguintes palavras: “Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo”. A expressão “e, com ele, grande turba com espadas e porretes” trouxe à minha lembrança o velho adágio que anuncia: “Diga-me com quem tu andas e ti direi quem tu és”. O reino das trevas veementemente algemou o coração de Judas e o beijo, que sempre foi uma demonstração de afeto e carinho, foi duramente transformado num símbolo de traição. De acordo com Mateus 26:48, vemos que “o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o”. O beijo, que por vezes é o último toque que alguém oferta a um ente querido num momento de despedida, foi o último toque que Judas ofertou para Jesus. Porém, no caso de Judas, não foi o toque do afeto, mas o toque da traição. Guardemo-nos para que nossos toques sejam autênticas demonstrações de afeto!
A. M. Cunha

O AMOR DE DEUS É MAIS DO QUE PROMESSA, ELE É PRÁTICO


“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”
João 3:16-17

O amor de Deus é muito mais do que uma promessa, ele é prático, palpável e tangível! A Bíblia promove a seguinte exortação para o povo de Deus: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade” [1 João 3:18]. Assim, Deus requer que amemos de forma prática. Ele, no entanto, deu-nos o supremo exemplo de amor prático: Concedeu-nos o Seu filho unigênito como prova do Seu inefável amor por nós!
A. M. Cunha