sábado, 25 de janeiro de 2020

REFLETINDO PARA ORAR: FILIPENSES 2:2-3 – PARTE 4


A segunda conduta que intensifica a alegria no povo de Deus é a unidade de amor. O apóstolo, ao ordenar “tenhais o mesmo amor”, faz uso do vocábulo grego ἀγάπη [ágape] para designar a mais elevada expressão de amor. Em sua primeira carta aos Coríntios, ele assim conceitua o amor: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba”.

Um amor tão elevado assim não pode ter origem humana. Sua origem é divina, suprema e celestial! Conquanto seja tão elevado e sublime, este amor graciosamente toca a história humana e escreve biografias inesquecíveis entre os filhos de Deus, pois as Escrituras afirmam que “o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” [Romanos 5:5]. Por ser divino, supremo e celestial, este amor é imutável e absolutamente estável, qualquer que seja a situação que o envolva! O amor humano, por outro lado, é diferente de pessoa para pessoa, tendo diferentes nuances, perspectivas, matizes e intensidade.

No que se refere à unidade de amor ordenada pelo apóstolo Paulo, não se deve perder de vista o fato de que é a comunidade dos filhos de Deus, e não apenas um indivíduo, que está sendo chamada a experimentar e viver no mesmo amor. Quando o amor divino é experimentado no contexto comunitário os filhos de Deus desfrutarão de uma gloriosa intensificação nos níveis de alegria, pois haverá extraordinário equilíbrio e perfeita cooperação entre os filhos de Deus que vivem sob a regência do amor de Deus!
A. M. Cunha

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

O ESTADO CELESTIAL


O estado celestial concederá aos que creram em Cristo a dádiva de somente ter chorado antes, pois no estado celestial não se chora, jamais! Nem mesmo lembrança do choro haverá. Como é que se poderia lembrar daquilo que não mais existe?

O estado celestial concederá aos que creram em Cristo a dádiva de somente ter tido qualquer experiência com a morte antes, pois no estado celestial não se morre, jamais! Nem mesmo lembrança da morte haverá. Como é que se poderia lembrar daquilo que não mais existe?

O estado celestial concederá aos que creram em Cristo a dádiva de somente ter sentido dor antes, pois no estado celestial não se sente dor, jamais! Nem mesmo lembrança da dor haverá. Como é que se poderia lembrar daquilo que não mais existe?

O estado celestial concederá aos que creram em Cristo a dádiva de somente ter sido imperfeito antes, pois no estado celestial não se é imperfeito, jamais! Nem mesmo lembrança da imperfeição haverá. Como é que se poderia lembrar daquilo que não mais existe?
A. M. Cunha

“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
1 João 3:2

“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
Apocalipse 21:4

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

REFLETINDO PARA ORAR: FILIPENSES 2:2-3 – PARTE 3


As condutas que intensificam a alegria no povo de Deus, como vimos, possuem uma dupla perspectiva: Em primeiro lugar, são caracterizadas pela unidade e, em segundo lugar, devem ser vivenciadas no contexto da vida comunitária. A primeira dessas condutas é a unidade de pensamento. O apóstolo Paulo diz “completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa [Filipenses 2:2]. A unidade de pensamento no contexto de uma comunidade cristã somente será possível se, e somente se, tal pensamento tiver origem em Deus. Isto se deve ao fato de que é peculiar à natureza humana tentar fazer prevalecer o pensamento de determinado indivíduo, que, por vezes, é mau [Jeremias 4:14] e cheio de iniquidade [Isaías 59:7], em detrimento do pensamento dos demais. Se o padrão para a unidade de pensamento for o próprio homem, haverá, sem sombra de dúvidas, uma guerra de pensamentos travada entre os membros dessa comunidade, o que, por fim, causará graves lesões para o implemento e a manutenção da unidade de pensamento.

É por isso que afirmamos que a unidade de pensamento requer um pensamento superior para que os pensamentos da comunidade sejam adequadamente orientados, conduzidos e direcionados. Somente Deus é possuidor de pensamentos dotados de superioridade, perfeição e plenitude e, por conseguinte, capazes de reger os rumos e o ritmo da vida comunitária. Deus é o outro absolutamente superior, cujos pensamentos, cheios de amor, graça e misericórdia, regem com excelência a vida de uma comunidade! Os pensamentos de Deus são mais altos que os pensamentos de qualquer ser humano [Isaías 55:9], consequentemente, são os únicos pensamentos capazes de conferir unidade à vida comunitária, sendo esta, portanto, uma das razões pelas quais os seus membros devem viver em absoluta e irrestrita sujeição aos pensamentos divinos!

Portanto, os membros de uma comunidade experimentarão uma indescritível alegria quando os seus pensamentos estiverem sob a regência dos pensamentos divinos, os quais são profundos [Salmos 92:5], preciosos [Salmos 139:17], mais elevados [Isaías 55:9] e cheios de paz [Jeremias 29:11]. Os pensamentos de Deus, por serem superiores, perfeitos e plenos, devem, podem e estão perfeitamente habilitados para reger os rumos da vida em comunidade!
A. M. Cunha

ORAÇÃO:
Senhor, meu Deus, faça-me honrar os Teus pensamentos! Ajuda-me a entender que a unidade de pensamento, que alimentará e intensificará a verdadeira alegria no Teu povo, é aquela que tem origem nos Teus pensamentos! Que não haja em mim apego egoísta aos meus pensamentos, mas devoção e absoluta entrega aos Teus pensamentos que são superiores, perfeitos e plenos!
A. M. Cunha