domingo, 6 de novembro de 2022

EVANGELHO SEGUNDO MARCOS - CAPÍTULO 12

“Débito ou crédito?”, “Vai comer aqui ou vai levar?”, estes são alguns exemplos de perguntas que estão sendo costumeiramente realizadas, nesta era de rasos relacionamentos. Esta é a forma como o amado irmão e pastor Davi Lago tem alertado sobre a superficialidade das perguntas atuais. Perguntas superficiais podem, invariavelmente, apontar para diálogos superficiais.

O capítulo 12 do Evangelho Segundo Marcos, no entanto, contém a narrativa de um diálogo muito profundo. Um escriba faz a seguinte pergunta para Jesus: “Qual é o principal de todos os mandamentos?” [Marcos 12:28]. Se a pergunta é profunda, muito provavelmente o diálogo que dela emergirá será igualmente profundo. Este é o caso do diálogo entre Jesus e aquele escriba, conforme podemos observar na narrativa apresentada pelo evangelista Marcos.

Em Sua resposta, Jesus aprofunda o discurso para apontar, não apenas um mandamento, mais dois mandamentos: O principal: Amar o Senhor Deus, de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força [Marcos 12:29-30]; e O segundo: Amar o próximo como a si mesmo [Marcos 12:31].

Jesus afirma que não “há outro mandamento maior do que estes” [Marcos 12:31]. O escriba, por sua vez, seguindo o aprofundamento proposto por Jesus, afirma que estes dois mandamentos excedem “a todos os holocaustos e sacrifícios” [Marcos 12:33]. De fato, o amor para com Deus e o próximo está infinitamente além do que quaisquer dos rituais articulados pela religiosidade! Este diálogo foi finalizado com a afirmação de que as palavras do escriba revelaram sabedoria! Eis o modo como o evangelista Marcos destaca esta passagem: “Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus.” [Marcos 12:34]!

Que maravilha, pois quem faz uma pergunta profunda desfrutará de um diálogo profundo! Lembre-se: Perguntas profundas anunciam um diálogo profundo! E quando tais perguntas são dirigidas ao Soberano Senhor do Universo, Jesus Cristo, as respostas não serão apenas profundas, mas transformadoras!

A. M. Cunha