quarta-feira, 20 de maio de 2020

CRISTO ESTÁ À PORTA DESEJANDO ENTRAR - APOCALIPSE 3:20

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.”

Apocalipse 3:20

Este texto revela uma das mais tristes páginas da condição humana. O quadro é o seguinte: Cristo está à porta desejando entrar. Portanto, Ele está do lado de fora. Em relação a quem se dá esta narrativa? A resposta é por demais assustadora, pois Jesus está à porta de uma igreja, estando, como já se disse, do lado de fora desejando entrar. A tragédia aqui se vê no fato de que a igreja poderia ser conceituada como sendo o único ambiente de onde Cristo jamais poderia ter sido expulso. A igreja em Laodicéia, no entanto, a quem se diz tudo o que está escrito neste versículo, praticou condutas iníquas e incompatíveis com a vida cristã, a ponto de fazer com que Cristo já não mais estivesse ali.

Ao mesmo tempo em que é trágico, o texto anuncia uma gloriosa esperança. O Cristo que havia sido expulso, não se ausenta magoado e ferido. Ao contrário, Ele se põe à porta, desejoso de entrar e manter comunhão com aquela igreja. Sua presença à porta, no entanto, não é inerte ou inoperante. Ele quer entrar, e, para isso, Ele faz questão de que a Sua presença seja notada pelos membros daquela igreja, por isso Ele bate à porta.

É bom que se diga que Jesus deseja entrar, não porque Ele esteja carente ou porque necessite de algo que aquela igreja possa lhe oferecer. Seu desejo tem um motivo: Ele sabe a perigosa situação daquela igreja que, sem Sua presença, estará irremediavelmente condenada. A grave situação daquela igreja é descrita nas seguintes palavras: “tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” [Apocalipse 3:17].

Cristo bate à porta, porque o Seu desejo é ser percebido por alguém que possa ouvi-lo! Sim, ao bater à porta, Jesus espera que alguém se comporte como ovelha, pois as suas ovelhas ouvem a Sua voz e O seguem! Se houver ali alguém que se comporte como ovelha, Sua voz será ouvida, e o Glorioso Cristo entrará novamente! Sua entrada assegurará um majestoso banquete e revelará que a comunhão que fora perdida estará definitivamente restaurada.

A. M. Cunha