sábado, 8 de novembro de 2014

(11) Frutos da Palavra - Orando espontaneamente

Oração
Oh! Senhor, ajuda-me a transformar em oração cada circunstância que eu vivencie. Conceda-me a bênção de trilhar esta jornada na companhia de muitos irmãos, que também saibam transformar suas experiências e relacionamentos em oração. Suplico a Ti que me conceda o privilégio de sempre ter alguém com quem eu possa levantar a minha voz em oração.

Texto semente
“Ao ouvirem isto, levantaram unanimemente a voz a Deus”
Atos dos Apóstolos: 4:24

Comentário
Este texto narra um dos momentos de oração da igreja primitiva. Ele nos conduz a alguns importantes questionamentos:

1) O que os levou a orar?
Resposta: O compartilhamento daqueles que estavam presos. Andaremos bem se nossas orações forem produto daquilo compartilhamos uns com os outros;

2) Eles receberam alguma ordem específica para começarem a orar?
Resposta: Não, eles oraram espontaneamente;

3) Como eles oraram?
Resposta: Eles oraram em voz alta. Este fato foi especificamente descrito no texto bíblico, provavelmente porque a Escritura pretendeu destacar a importância e o valor da oração em alta voz.

Pensemos nisso.

A. M. Cunha

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

(10) Frutos da Palavra – Cristo vem ao nosso encontro

Oração:
Que os meus olhos Te vejam, Senhor! Que o meu coração perceba que Tu vens ao meu encontro! Como Tu és maravilhoso, Senhor! Antes que eu venha a Ti, és Tu que vens a mim! Que eu jamais me esqueça disto: a Tua missão é “tirar o pecado do mundo”. Que a erva daninha da pecaminosidade seja, dia a dia, arrancada do meu coração, pois reconheço que também sou alvo da Tua missão

Texto semente:
“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
João 1:29
Comentário:
O texto de João 1:29 evidencia, pelo menos, três importantes revelações que podem ser resumidas nestas três sentenças: 1) Uma Visão; 2) Um discernimento; e 3) Uma declaração.

Quanto à visão, diz-se que João viu o Senhor Jesus. No que se refere ao discernimento, o texto demonstra que João percebeu que Jesus vinha para ele. Por fim, a última sentença demonstra que João declarou o seguinte: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!.
Sem dúvida, estas três sentenças são evidências de uma maturidade espiritual. Não nos esqueçamos, porém, da expressão que inicia o texto de João 1:29: “No dia seguinte”. Isto significa que a maturidade demonstrada neste verso decorre de fatos que aconteceram anteriormente. Quais seriam, pois estes fatos?

a) Perceber-se como alguém que serve ao Senhor: Os versículos 19 a 23 falam do testemunho de João acerca da seguinte pergunta: “Quem és tu?”. A resposta de João deixa claro que ele percebia a si mesmo como sendo alguém que está a serviço de Deus. Observe o que ele diz: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor”. Isto significava que João estava preparando o caminho para o Senhor. Assim, João estava a serviço de Deus.
b) Perceber a sublimidade de Jesus: Após ter uma clara percepção a respeito de si mesmo, João faz uma maravilhosa declaração que evidencia a sublimidade de Jesus ao dizer o seguinte: “no meio de vós, está quem vós não conheceis, o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias”, conforme se vê nos versículos 26 e 27.

De tudo isto podemos extrair a seguinte lição: Aquele que a si mesmo se percebe como servo de Deus e reconhece a sublimidade de Jesus adquire a aptidão para ver a Jesus, discerne que Jesus sempre toma a iniciativa de vir ao encontro do homem e é capaz de, não apenas perceber, mas declarar diante dos homens qual é a missão de Jesus, a saber, “tirar o pecado do mundo”.

A. M. Cunha

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

(9) Frutos da Palavra – O poder protetor da paz de Deus

Oração:
Gracioso Deus conceda-me a Tua paz que não pode ser suplantada pelo entendimento humano. Ainda que não empunhe armas, Tua paz detém o poder de guardar o meu coração e a minha mente. Sou grato a Ti, pois o meu ser é integralmente protegido por Tua paz. Que em mim não se encontre quaisquer traços de negligência quanto à prática da oração.

Texto semente:
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”

Filipenses 4:7

Comentário:
O apóstolo nos convida a alegrarmo-nos no Senhor, e o faz com insistência, conforme vemos em Filipenses 4:4. Nenhuma alegria espiritualmente relevante tem origem na força do próprio homem; ela nos alcança como dádiva celestial, pois “perto está o Senhor”. O Senhor é a origem da nossa alegria!
A ansiedade, por outro lado, revela-se como uma força inibidora da alegria. O contraponto é a prática da oração e súplica com ações de graças, conforme Filipenses 4:6. A prática da oração é, a um só tempo, uma força que se contrapõe à ansiedade e um vigoroso mecanismo que nos aproxima da paz de Deus. O coração e a mente, antes desprotegidos em função dos danos causados pela ansiedade, agora são alcançados pela força protetora da divina paz que docemente se aproxima daquele que envereda pelos caminhos da prática da oração.


A. M. Cunha

terça-feira, 4 de novembro de 2014

(8) Frutos da Palavra – Morar na Casa do Senhor

Oração:

Meu Pai Celestial! Coloque em meu coração desejos que se revelem profundos em sua espiritualidade, a ponto de fazer-me desejar estar em Tua presença todos os dias de minha vida. Eleva a minha alma para Ti, e faça-me contemplar a Tua beleza. Transforma-se numa pessoa que tenha por hábito meditar naquilo que diga respeito com a Tua vontade.

Texto semente:
“Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo.”
Salmo 27:4

Comentário:
O salmista inicia este Salmo reconhecendo que o Senhor é a sua luz e a sua fortaleza. Estas duas percepções eram suficientes para desfazer o medo em sua alma, por isso ele diz no versículo 1º: “de quem terei medo? (...) a quem temerei?”.
Com este coração que não se atemoriza e com esta alma dominada pela confiança (não porque o salmista tenha poder em si mesmo, mas por reconhecer que o Senhor é que detém este poder protetor) o salmista permite que seus lábios destilem esta vigorosa oração: “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida”.
Observe que o verbo “morar” transmite a ideia de continuidade e não de um relacionamento esporádico.
Um importante princípio espiritual é revelado aqui – a oração não é uma atividade que requer coerência de atitudes. Observe acréscimo que o salmista destaca em sua oração: “e a buscarei”. Isto significa que as ações de sua vida manteriam uma relação de coerência com sua oração.

A. M. Cunha

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

(7) Frutos da Palavra – Deus é o nosso refúgio

Oração:
Oh Deus! Quão grato sou por saber que Tu não és apenas o meu refúgio, mas Tu és o refúgio de todos quantos receberam o direito de serem Teus filhos. Não apenas podemos nos refugiar em Ti, mas podemos obter força em Ti, pois Tu és “nossa fortaleza”.
Oh! Deus, Tu és nosso socorro que jamais se distancia de nós quando enfrentamos as tribulações. Dá-nos fé para não apenas vermos, mas para aquietarmos nossa alma, por Tua sempre confortante presença conosco, nos exatos momentos em que as agressões da vida tornam-se mais agudas e agressivas.



Texto semente:

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.”
Salmo 46:1
Comentário:
O Salmista convida a congregação a cantar este cântico de mútua consolação. Sim, existem cânticos que não se destinam a Deus, mas à congregação! São cânticos que podem ser chamados de cânticos de mutualidade, pois edificam, exortam e consolam a congregação.
Neste cântico, o salmista traz à memória da congregação a realidade de que o Senhor é o refúgio e a fortaleza do Seu povo. O Senhor em Suas mãos o poder do livramento, de modo que o Seu povo pode obter socorro durante as tribulações.
Esta convicção afugenta para longe os temores do povo de Deus, por isso se diz no Salmo 46:2, o seguinte: “Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares”.
A alma que sabe que o Senhor é refúgio, fortaleza e socorro, é uma alma destemida, cuja confiança não reside em si mesma, mas no poder daquele que sobre si exerce o senhorio celestial.
Diante de toda a congregação a mutualidade deste cântico promove a seguinte exortação para o povo de Deus: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.”, conforme se vê no Salmo 46:10.


A. M. Cunha

domingo, 2 de novembro de 2014

(6) Frutos da Palavra – Fica conosco Senhor!

Oração:
Oh Senhor, fica comigo! Que não passe nenhum momento sem que eu perceba Tua doce presença comigo! A tarde da alma se aproxima, e com ela meus temores parecem adquirir força mortal. Mas eu me apego na certeza de que somente a Tua presença me basta! Dá-me fé para perceber Tua entrada e a Tua permanência comigo.

Texto semente:
“Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles.”
Lucas 24:29


Comentário:
Aqueles discípulos que estavam a caminho de Emaús não perceberam a morte de Jesus como o maior triunfo da história humana, mas como uma triste ocasião para “perderem” o Messias prometido e sepultarem sua esperança de livramento para Israel.
Mas Cristo sempre tem um recomeço para oferecer para o Seus discípulos. A presença de Cristo foi tão marcante, que aqueles discípulos, que antes peregrinavam pelo caminho da frustração, agora alçam sua voz em solene súplica: “Fica conosco”! Mesmo sem percebê-lo como o Cristo Glorioso e ressurreto, seus corações foram tomados deste santo desejo: Ficar com o Senhor!. Este convite feito a Cristo é transformador. Em Lucas 24:31, como consequência deste convite, a Escritura diz a respeito deles: “então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram”.


A. M. Cunha