quinta-feira, 15 de agosto de 2013

SOBRE O JULGAMENTO DAS PROFECIAS


“Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.”
Romanos 14:10-13

A questão do julgamento nas escrituras deve ser mais bem compreendida por nós. Neste ponto, abordaremos especificamente a questão do julgamento das profecias. Precisamos lançar alguns pontos fundamentais, a saber:

1)     Não podemos desprezar as profecias (I Tessalonicenses 5:20);
2)     As profecias devem ser julgadas (I Coríntios 14:29).

As Escrituras dizem “Não julgueis, para que não sejais julgados.” (Mateus 7:1). Porém, outra porção das Escrituras afirma o seguinte: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” (João 7:24). Então, as Escrituras não proíbem o julgamento, como tem sido divulgado. Elas proíbem o julgamento baseado na aparência e sem fundamento na reta justiça. O apóstolo Paulo lança luz acerca disso ao afirmar o seguinte: “Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo.” (1 Coríntios 10:15). Observe que o julgamento aqui não está focado na pessoa, mas naquilo que a pessoa diz.

Quando à questão das profecias, devemos inicialmente observar o que nos diz o apóstolo Paulo em (1 Coríntios 14:32):E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.” O que este texto significa? De uma forma resumida concluímos que este texto aponta para o seguinte: O exercício do dom de profecia pode ser influenciado pelo próprio profeta. Em outras palavras, é possível que algumas interferências influenciem o exercício deste dom. O profeta pode receber uma mensagem e adotar algumas posturas, como por exemplo: a) é possível que ele não fale exatamente aquilo que Deus revelou; b) é possível que ele, ao transmitir a mensagem, fale além daquilo que Deus revelou; e c) é possível que ele não transmita nenhuma mensagem. Como fazer então? Vamos rejeitar o exercício deste dom? Não, a Escritura é muito clara ao afirmar “Não desprezeis as profecias.” (1 Tessalonicenses 5:20). O que fazer então? Devemos julgar as profecias! Quero destacar: julgar as profecias e não os profetas. Estaremos cometendo algum pecado se julgarmos as profecias? Não, pois a própria Escritura diz o seguinte: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.” (1 Coríntios 14:29).

Devemos observar algo muito importante aqui: Nenhuma profecia pode contrariar aquilo que Deus já revelou em Sua Palavra. Se isto acontecer, estamos diante de uma interferência no exercício deste dom. Assim, o conteúdo profetizado deve ser rejeitado, por uma razão muito simples: não se trata de uma profecia verdadeiramente bíblica!

Assim, irmãos, julguemos a profecia e não o profeta. Julguemos não segundo a aparência, mas segundo a reta justiça. Se seguirmos estes passos simples, o nosso julgamento das profecias não será um desprezo às profecias, mas um reconhecimento da Supremacia da Palavra de Deus.

Em Cristo.

Textos bíblicos de referência

  • E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 1 Coríntios 14:29
  • Não julgueis, para que não sejais julgados. Mateus 7:1
  • E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. 1 Coríntios 14:32
  • Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça. João 7:24
  • Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo. 1 Coríntios 10:15
  • Não desprezeis as profecias. 1 Tessalonicenses 5:20

terça-feira, 13 de agosto de 2013

DEUS É O MODELO PATERNO

Dizem que somente conhecemos a paternidade quando nos tornamos pais. Este conhecimento é nobre, porém muito limitado. Permitam-me ir um pouco além: O adequado conhecimento da paternidade surge quando compreendemos a paternidade divina. Deus é supremo Pai – O Pai de pais. Portanto, é nEle que devemos nos espelhar para experimentarmos o verdadeiro padrão de paternidade. Assim, uma boa paternidade tem origem em Deus e aponta para Ele. Deus é, portanto, a fonte e o destino último da paternidade. A verdadeira paternidade humana é aquela que apresenta Deus aos filhos e os filhos a Deus.

Experimentem a paternidade divina, desfrutem-na intensamente e, a partir dela, assumam um novo modelo para exercerem a paternidade humana!

O texto de Gênesis 1:1-3 nos fornece uma maravilhosa narrativa acerca da criação de Deus. Dessa narrativa podemos extrair preciosas lições acerca da paternidade divina. Num certo sentido, podemos dizer que Deus é pai de toda a criação. Desse texto inicial das Escrituras, podemos perceber que o “modelo paterno é Deus”.

“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz.”

Com o ato divino de criação aprendemos três lições que podem ser aplicadas à paternidade:

1. Estabelecer uma ordem de prioridades (v. 1): “os céus e a terra”. Em Sua obra de criação, Deus estabeleceu uma prioridade: primeiro “os céus”, depois a “terra”. Esta prioridade se manteve ao longo da Escritura como podemos observar em Mateus 6:33 que nos diz: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça”. Todo pai humano deve inspirar-se no Pai Celestial para possa estabelecer aquilo que é espiritual como prioridade na prática da paternidade terrena. Todo pai deve viver priorizando aquilo que é espiritual e deve ensinar os seus filhos da viverem tendo aquilo que é espiritual como prioridade em suas vidas.

2. Perseverar apesar das circunstâncias (v. 2): “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas ...”. Deus tinha diante de Si uma terra que estava sem forma e vazia e havia abundância de trevas. Este quadro, por si só, já é suficiente para provocar a vontade de desistir. A terra sem forma e vazia e a abundância de trevas podem ser vistas como um grandioso obstáculo para o ato criador de Deus. Contudo, este estado de coisas não interrompeu o ato criador de Deus. Na verdade, o Espírito de Deus, apesar de uma terra sem forma e vazia e da abundância de trevas, repousou sobre a face das águas, e fez daquele estado de coisas uma rica oportunidade para manifestar o Seu poder criador! Todo pai humano deve inspirar-se no Pai Celestial para, apesar das circunstâncias, superar as adversidades para que o exercício da paternidade não seja interrompido.

3. Entender que a criação é um ato da palavra (v. 3): “Disse Deus: Haja luz; e houve luz.” Deus nos ensina que é fundamental identificar a Sua Palavra como Palavra detentora de poder criador. Foi a partir de Sua Palavra que Deus criou o universo, conforme lemos em Hebreus 11:3. Todo pai humano deve inspirar-se no Pai Celestial para entender que somente a Palavra de Deus detém poder criador. Assim, o pai terreno deve saturar a sua alma com a Palavra de Deus, de modo que os seus filhos e a vindoura geração receba o ensino sobre “os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez.” Salmo 78:4.

O Pai Celestial é, portanto, modelo e referência de paternidade!
Em Cristo!

A. M. Cunha