terça-feira, 13 de agosto de 2013

DEUS É O MODELO PATERNO

Dizem que somente conhecemos a paternidade quando nos tornamos pais. Este conhecimento é nobre, porém muito limitado. Permitam-me ir um pouco além: O adequado conhecimento da paternidade surge quando compreendemos a paternidade divina. Deus é supremo Pai – O Pai de pais. Portanto, é nEle que devemos nos espelhar para experimentarmos o verdadeiro padrão de paternidade. Assim, uma boa paternidade tem origem em Deus e aponta para Ele. Deus é, portanto, a fonte e o destino último da paternidade. A verdadeira paternidade humana é aquela que apresenta Deus aos filhos e os filhos a Deus.

Experimentem a paternidade divina, desfrutem-na intensamente e, a partir dela, assumam um novo modelo para exercerem a paternidade humana!

O texto de Gênesis 1:1-3 nos fornece uma maravilhosa narrativa acerca da criação de Deus. Dessa narrativa podemos extrair preciosas lições acerca da paternidade divina. Num certo sentido, podemos dizer que Deus é pai de toda a criação. Desse texto inicial das Escrituras, podemos perceber que o “modelo paterno é Deus”.

“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz.”

Com o ato divino de criação aprendemos três lições que podem ser aplicadas à paternidade:

1. Estabelecer uma ordem de prioridades (v. 1): “os céus e a terra”. Em Sua obra de criação, Deus estabeleceu uma prioridade: primeiro “os céus”, depois a “terra”. Esta prioridade se manteve ao longo da Escritura como podemos observar em Mateus 6:33 que nos diz: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça”. Todo pai humano deve inspirar-se no Pai Celestial para possa estabelecer aquilo que é espiritual como prioridade na prática da paternidade terrena. Todo pai deve viver priorizando aquilo que é espiritual e deve ensinar os seus filhos da viverem tendo aquilo que é espiritual como prioridade em suas vidas.

2. Perseverar apesar das circunstâncias (v. 2): “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas ...”. Deus tinha diante de Si uma terra que estava sem forma e vazia e havia abundância de trevas. Este quadro, por si só, já é suficiente para provocar a vontade de desistir. A terra sem forma e vazia e a abundância de trevas podem ser vistas como um grandioso obstáculo para o ato criador de Deus. Contudo, este estado de coisas não interrompeu o ato criador de Deus. Na verdade, o Espírito de Deus, apesar de uma terra sem forma e vazia e da abundância de trevas, repousou sobre a face das águas, e fez daquele estado de coisas uma rica oportunidade para manifestar o Seu poder criador! Todo pai humano deve inspirar-se no Pai Celestial para, apesar das circunstâncias, superar as adversidades para que o exercício da paternidade não seja interrompido.

3. Entender que a criação é um ato da palavra (v. 3): “Disse Deus: Haja luz; e houve luz.” Deus nos ensina que é fundamental identificar a Sua Palavra como Palavra detentora de poder criador. Foi a partir de Sua Palavra que Deus criou o universo, conforme lemos em Hebreus 11:3. Todo pai humano deve inspirar-se no Pai Celestial para entender que somente a Palavra de Deus detém poder criador. Assim, o pai terreno deve saturar a sua alma com a Palavra de Deus, de modo que os seus filhos e a vindoura geração receba o ensino sobre “os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez.” Salmo 78:4.

O Pai Celestial é, portanto, modelo e referência de paternidade!
Em Cristo!

A. M. Cunha

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