sexta-feira, 22 de abril de 2016

UMA AVENIDA CELESTIAL

Quando um povo, que se identifica como povo do Senhor, dele se aproxima, humilhando-se, assumindo uma postura de intensa oração e incessante busca pela face do Senhor, com disposição para, renunciando a tudo o que possui e é, converter-se dos seus maus caminhos, abre-se uma avenida celestial, que nos permite discernir que não mais existe distância entre o céu e a terra, de modo que o clamor deste povo, proferido na terra, torna-se audível no céu, o perdão emerge como um vigoroso algoz do pecado e a terra, adoentada e ferida, é enfim sarada pelo poder de Deus.
[Paráfrase de 2 Crônicas 7:14]
A. M. Cunha

“se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”

2 Crônicas 7:14

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O AMOR E A INIQUIDADE


A disposição mandamental de Deus com respeito ao amor, conforme Mateus 22.37-40, reveste-se de uma veemente bilateralidade, que impõe aos homens o dever de amar a Deus [o outro Supremo] e ao próximo [o outro semelhante]. Por outro lado, a advertência bíblica quanto ao fenecimento do amor, que, como nos anuncia Mateus 24.12, decorre do acirramento da iniquidade, deve fazer-nos perceber que tal fenecimento sorrateiramente alcança a mencionada bilateralidade, de modo que tanto o amor para com Deus quanto o amor para com o próximo são maculados em sua intensidade. E esse é um terrível engano que assola a humanidade, pois por esse fenecimento, passa-se a amar menos aqueles a quem deveríamos amar intensamente.
Não sejamos, pois, descuidados com a peçonha mortal produzida pela iniquidade. Requer-se de cada um de nós, portanto, a firme consciência de que, uma vez existindo em nossas entranhas o arrefecimento do amor, seja para com Deus, seja para com o próximo, inevitavelmente estaremos sendo tocados, em alguma medida, pela peçonha mortal da iniquidade.
A. M. Cunha

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Mateus 22:37-40

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”
Mateus 24:12


IGREJA - INFLUÊNCIA OU MERA SOBREVIVÊNCIA?

“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”
Mateus 5:14-16

A igreja deve exercer influência na geração para a qual foi chamada a servir. Não há mérito em apenas existir e, ao final dos anos, afirmar que apenas sobreviveu às intempéries. O galardão não foi destinado a meros sobreviventes. A igreja é chamada a influir a vida divina para um mundo que dela é carente. Seu papel requer o exercício pleno e efetivo de uma conduta curativa em relação a uma comunidade que, inconscientemente, vocifera gemidos de quem suporta a angústia de estar afastada de Deus. O poder do evangelho que Deus compartilhou com a igreja deve ser exercido com amor e graça, para que a igreja exerça influência na presente geração. Se o sal vier a se tornar insípido, é porque ele já está destituído de todos os atributos que lhe permitiram ser identificado como sal. Se uma cidade edificada pode ser escondida, é porque seus fundamentos não foram fincados no monte. Se a candeia está debaixo do alqueire, é porque a chama que nela ardia apagou-se ou nunca foi acessa. A luz divina, que por um breve espaço de tempo pode ser chamada de “nossa luz”, deve brilhar diante dos homens, e isto se torna possível quando a igreja transforma sua convicção teológica em prática teológica. O coração do mundo glorificará a Deus quando seus olhos contemplarem as “boas obras” da igreja que transforma a sua mensagem na sua prática.

A. M. Cunha