sábado, 2 de maio de 2020

ATRIBUTOS DE DEUS - ONIPRESENÇA


O nosso Deus não sofre limitações impostas pelo tempo, e, na mesma medida, jamais poderá se limitado pelo espaço, pois Ele é onipresente! De acordo com o teólogo Wayne Grudem, a onipresença de Deus pode ser definida com as seguintes palavras: “Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto do espaço com todo o seu ser”. Deus é, portanto, Senhor do espaço e não sofre quaisquer limitações de natureza espacial.

O profeta Jeremias afirma o seguinte: “Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor; porventura, não encho eu os céus e a terra?” [Jeremias 23.23-24].

O fato de Deus ser onipresente não deve nos fazer pensar que Ele enche todo o espaço, pois o espaço somente pode ser ocupado pela matéria, e Deus, por outro lado, é “espírito” [João 4.24]! Teremos uma maior precisão teológica se, em vez de afirmarmos que Deus está aqui ou acolá, afirmamos que Ele se manifesta no espaço, de forma simultânea, plena e absoluta! Por se manifestar em cada ponto do espaço com todo o Seu Ser, Deus não necessita ir de um lugar para o outro para ser, agir, falar, estar ou pensar, pois o espaço não pode impor Lhe impor quaisquer limitações!

O profeta Isaías anuncia que a manifestação de Deus no espaço, que pode muito bem ser definida como “A presença de Deus”, é propositada, ou seja, jamais será sem propósito definido, ao contrário, manifesta-se com intenção, com objetivo e com propósito. Em suas palavras o profeta assim revela o pensamento divino acerca da Sua Onipresença: “Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” [Isaías 57:15]!

A majestade desse atributo divino é revelado pelo salmista com as seguintes palavras: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.” [Salmo 139.7-10]!
Maravilhoso é o Nosso Deus, pois Ele é Onipresente!
A. M. Cunha

terça-feira, 28 de abril de 2020

DANIEL NA COVA DOS LEÕES


Quem já ouviu falar em “Daniel na cova dos leões”? Não podemos, porém, contemplar essa narrativa bíblica apenas com admiração! Devemos extrair princípios para a vida diária! Tal narrativa possui vários deles! Quero, porém, ater-me a apenas um deles.

Princípio:
Aquele cuja vida mantém-se fiel a Deus, mesmo que esteja diante de uma circunstância que aponte para o fim de suas esperanças, ainda terá a oportunidade de ver o livramento de Deus!

Que princípio maravilhoso! Mesmo antes de Daniel receber a sentença de morte na cova dos leões, seus lábios haviam proferido as seguintes palavras: “[...] o Deus altíssimo domina sobre todos os reinos do mundo e nomeia quem ele quer para governar sobre eles.” [Daniel 5.21 – NVT]. Este era o Deus no qual Daniel depositava suas esperanças!
 
Daniel, porém, não era apenas uma pessoa cheia de esperanças, mas um homem de oração! A Bíblia diz o seguinte a seu respeito: “[...] foi para casa e, como de costume, ajoelhou-se no quarto no andar de cima, com as janelas abertas na direção de Jerusalém. Orava três vezes por dia e dava graças a seu Deus.” [Daniel 6.10 – NVT].

O final da história é do conhecimento de muitos: “Meu Deus enviou seu anjo para fechar a boca dos leões de modo que não me fizessem mal [...]” [Daniel 6.22 – NVT]. O princípio, portanto, cumpriu-se na vida de Daniel, pois ele, tendo se mantido fiel a Deus, mesmo tendo sido sentenciado à morte, o que, inclusive, poderia significar um trágico fim para suas esperanças, teve a oportunidade de ver o livramento de Deus!
A. M. Cunha

segunda-feira, 27 de abril de 2020

ORAR COM ALGUÉM - UMA PRÁTICA A SER RESGATADA


Paulo acabara de falar com os presbíteros da igreja em Éfeso, de acordo com Atos 20.17-35, agora, ajoelhando-se, ele ora com os presbíteros. O texto bíblico afirma: “Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles” [Atos 20.36]. Neste texto há uma expressão que pode passar despercebida ao olhar desatento; Refiro-me à expressão “orou com”. Quão doce é esta expressão! Ela revela cumplicidade, aproximação, tato, epiderme, contato, olho no olho. O vocábulo grego σύν [sun], traduzido como “com”, é uma preposição grega primária que denota união.

A oração pode e deve ser experimentada sob um triplo aspecto: “Orar por si mesmo”, “orar por alguém” e “orar com alguém”! Paulo entendia o valor de cada uma destas perspectivas. Aqui ele optou pela terceira delas. Tal aspecto não pode passar despercebido, ao contrário, deve ser cuidadosamente praticado pelos cristãos!

Talvez você esteja pensando: Sim, isto é algo importante para ser praticado por nós, mas não agora que estamos em quarentena, pois não podemos “estar com as pessoas”! Claro que você pode estar com elas, não fisicamente, mas, fazendo uso das redes sociais, é perfeitamente possível “estar com elas”! Uma ligação ou uma mensagem escrita, em áudio ou em vídeo, podem ser formas muito significativas de “estar com as pessoas”! Que tal você, movido pelo amor cristão, construir pontes, fazendo uso das redes sociais, para se aproximar das pessoas e abençoá-las com suas orações?
#orarcom
A. M. Cunha

domingo, 26 de abril de 2020

ATRIBUTOS DE DEUS - ETERNIDADE


Já comentamos, ainda que superficialmente, o fato de que Deus é Independente e Imutável! Ele não depende de nós ou do restante da Sua criação para absolutamente nada. Sua imutabilidade anuncia que Nele não pode existir variação ou sombra de mudança!

Nossos olhos voltam-se agora para aoutro dos atributos divinos: A Eternidade. A eternidade de Deus pode ser definida com as seguintes palavras: “Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos no Seu próprio ser”. Muitos teólogos denominam a eternidade de Deus como a infinitude de Deus com respeito ao Tempo.

Ao dizer de Si mesmo “Eu sou o que sou” [Êxodo 3.14], Deus não apenas anunciava Sua independência e Sua imutabilidade, mas também proclamava a Sua eternidade! Sem dúvida, estamos diante de uma declaração atemporal, pois não se diz que Ele foi ou que Ele será, mas, enfaticamente, que Ele é, pois Ele continuamente existe, sem qualquer solução de continuidade e, sem qualquer interferência do tempo, Ele é o que é!

Como nos diz a Escritura: “de eternidade a eternidade, tu és Deus” [Salmo 90.2]. O que se diz de uma das pessoas da Trindade diz-se a respeito de todas. Por isso a Escritura afirma que “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” [Hebreus 13.8] e que o Espírito Santo é o “Espírito Eterno” [Hebreus 9.14]!

Por ser atemporal, definitivamente Eterno, portanto, o nosso Deus não sofre os efeitos do tempo, de modo que o tempo é absolutamente incapaz de Lhe impor quaisquer limites! Para Deus, o que se diz do presente, deve-se dizer do passado e do futuro. Assim, para Deus, o presente é, o passado é e o futuro também é! Ele é Deus de “de eternidade a eternidade”.

Em Deus, portanto, o tempo é absolutamente suplantado pela eternidade, pois Deus fez da eternidade a sua morada, por isso se diz que Ele é “o Alto, o Sublime, que habita a eternidade” [Isaías 57.15]! A eternidade, que para nós assume o contorno de ser um inacessível e infinito conceito, para Deus não passa de uma morada, uma casa, uma habitação! O poder de Deus é magnifíco, pois Ele, não apenas habita a eternidade, mas por um modo extraordinariamente inalcançável por nossa mente finita, fez com que a própria eternidade fosse plantada em nosso coração, por isso a Escritura afirma: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem,” [Eclesiastes 3.11]!
O nosso Deus é o Deus Eterno!
A. M. Cunha