sábado, 2 de março de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS - Capítulo 11


Molha-se quem constrói pontes no mar. Com esta pequena frase tenho a intenção de apontar para o fato de que, a construção de uma ponte no mar requer que os construtores se molhem. O Evangelho Segundo Marcos, no seu capítulo 11, revela-nos um intrigante princípio espiritual acerca do perdão: Quem deseja obter perdão, deve tornar-se um perdoador! Assim como se molha o construtor de uma ponte no mar, assim também, quem deseja receber perdão, deve tornar-se um perdoador! Observemos as palavras do Senhor Jesus sobre este tema: “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.” [Marcos 11:25]. Alguém já disse, talvez se inspirando em William Shakespeare, que “não perdoar é como tomar veneno e esperar que o outro morra”. Jesus foi enfático ao afirmar “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [...], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” [Mateus 6:14-15]. Aquele que deseja ser perdoado deve molhar-se no mar dos perdoares, pois perdoar constrói pontes no mar da vida para aquele que necessita ser perdoado!
A. M. Cunha

sexta-feira, 1 de março de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS - Capítulo 10


Falar, ouvir e ver são três importantes faculdades que Deus nos concedeu e que nos conectam com o mundo à nossa volta. O capítulo 10 do Evangelho de Marcos conta-nos a história de um homem. Pouco se diz a seu respeito, apenas que era mendigo, filho de Timeu e cego, portanto, desprovido de uma das três faculdades acima mencionadas. Ele, porém, não ficava a lamentar o fato de ser cego, mas empreendia sua luta diária pela sobrevivência! Quando Jesus saía de Jericó, aquele cego fez uso das outras faculdades que possuía, colocando-as a serviço daquela faculdade que lhe faltava. Primeiramente, ele “ouviu” que era Jesus e depois, “pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” [Marcos 10:47]. Aquele cego, conhecido como Bartimeu, agarrou-se às faculdades que possuía [ouvir e falar], para conquistar a que não possuía [ver], e tudo aos pés de Jesus, o eterno doador da vida! Obstáculos, no entanto, sempre surgem quando usamos o que temos para conquistar o que não temos! Não foi diferente com Bartimeu, que enfrentou a repreensão de muitos que lhe pediam que se calasse [Marcos 10:48]. Ele, no entanto, “cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” [Marcos 10:48]. Qual não deve ter sido sua alegria quando ouviu: “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.” [Marcos 10:49]? Encontros eternos aguardam aqueles a quem Jesus chama! A narrativa histórica deste desconhecido homem é assim concluída: “E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.” [Marcos 10:52]!
A. M. Cunha

O AMOR CONCEDIDO POR DEUS É UM GRANDE AMOR


“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”
1 João 3:1

O texto nos diz que somos filhos de Deus e o mundo não nos conhece. Quando olhamos nossa vida, percebemos que o mundo realmente não nos conhece: O mundo não compreende nossas prioridades; não entende porque nos dedicamos tanto a Deus, para servi-lo e adorá-lo; bem como, não compreende porque somos tão perseverantes em mantermos comunhão com outros filhos de Deus. Sim, o mundo não compreende tal comportamento, não consegue entender porque insistimos tanto em nossa luta contra o pecado, não lhe cai bem saber que nos privamos dos chamados “prazeres deste mundo”. Somente quem tem a natureza divina pode compreender estas coisas. Por que agimos assim? Por que temos tais prioridades? Por que somos tão dedicados a Deus? Por que insistimos em ter comunhão com outros irmãos? Por que nos privamos dos “prazeres deste mundo”? A resposta é vibrante, intensa e urgente: Tudo isso se dá porque nós, que somos chamados de filhos de Deus e, que de fato somos Seus filhos, o somos porque o Pai nos concedeu o Seu grande amor!
A. M. Cunha

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

A CHEGADA DOS TEMPOS DO FIM DEVEM IMPULSIONAR AS NOSSAS ORAÇÕES


“Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações”
1 Pedro 4:7

Para os que estão em Cristo, o fim de todas as coisas não deve ser um catalizador do desespero e da ansiedade. Ao contrário, a proximidade do fim deve impulsionar o desenvolvimento dos valores mais nobres do caráter cristão. Portanto, a vida cristã nos tempos do fim deve ser marcada pela sobriedade, pela moderação e pelo autocontrole, de modo que o povo de Deus experimente um salto de qualidade nas suas orações. Nas palavras do apóstolo Pedro, o modo como vivemos interfere na qualidade de nossas orações.
A. M. Cunha

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O AMOR E A BENIGNIDADE DE DEUS DESFAZEM O DOMÍNIO DA VELHA NATUREZA


“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”
Tito 3:4-6

O versículo 3 da Carta de Paulo a Tito é um preciso diagnóstico de como era a vida dos filhos de Deus antes de se renderem a Cristo: “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”. Isso é o que se pode chamar de “vida da velha natureza”. Tal espécie de vida não poderia continuar! Nunca será agradável a experiência de ser e continuar sendo néscio, desobediente, desgarrado, escravo de toda sorte de paixões e prazeres, inundado em malícia, cheio de inveja e consumido pelo ódio!
Graças a Deus porque, em Cristo, sempre poderemos encontrar um “Quando, porém”! O que poderia ser avassaladoramente tão forte a ponto de por um fim no domínio da velha natureza? A resposta que encontramos no texto bíblico é especialmente maravilhosa: A manifestação da benignidade de Deus e do Seu amor para conosco foi, é, e continuará sendo absolutamente capaz de desfazer o domínio da velha natureza sobre nós! É a poderosa ação do Espírito de Deus que nos lava, regenera e renova!
A. M. Cunha