sábado, 29 de outubro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO – SALMO 119:13


Salmo 119:13 – “Com os lábios tenho narrado todos os juízos da tua boca.”. Sem dúvida, expressar com nossos lábios os Decretos Divinos é um extraordinário bem que fazemos, não apenas para nós, mas para o próximo! Nosso Senhor Jesus Cristo já havia falado: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem”! E é exatamente por nosso falar que o bem é extraído do coração, pois “a boca fala do que está cheio o coração” [Lucas 6:45]. Por duas vezes nesta segunda seção do Salmo 119, o salmista mencionou o coração. Na primeira vez, para anunciar que buscava o Senhor de todo o coração [Salmo 119:10]. Na segunda, para destacar que guardava no coração a Divina Palavra [Salmo 119:11]. Portanto, com o coração ele busca o Senhor e no coração ele guarda a Palavra do Senhor! Tendo o coração assim comprometido com o Senhor e com Sua Palavra, não é de estranhar que os lábios do salmista proclamassem os juízos divinos! Observe, porém, que não há, nos lábios do salmista, uma preferência a certas passagens dos Decretos Divinos, como uma espécie de “caixa de promessas”, ao contrário, seus lábios proclamavam “todos” os juízos” divinos!
A. M. Cunha

SEGUNDA SEÇÃO – SALMO 119:12

Salmo 119:12 – “Bendito és tu, Senhor; ensina-me os teus preceitos.”. O salmista, não apenas bendiz ao Senhor, mas ergue uma súplica por aprendizado. É importante perceber, porém, que não se trata de um aprendizado qualquer: Ele deseja aprender os preceitos divinos! Além disso, esta súplica não pode referir-se apenas à obtenção de informações sobre os preceitos de Deus. O anseio do salmista é por um aprendizado que o conduza à obediência! Ele anseia aprender a obedecer! Esta é a vocação dos mandamentos divinos, despertar nossa obediência. Foi exatamente assim que o Senhor compartilhou conosco a Grande Comissão! Ele não disse: “ensinando-os todas as coisas que vos tenho ordenado”. Suas palavras foram além de uma mera transferência de informações. Ele planejava despertar a obediência dos Seus discípulos, por isso falou: “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Essa palavra, guardar, qual flecha do arqueiro, tem por alvo nossa obediência! O mesmo se dá aqui, neste salmo. É como se o salmista dissesse: Senhor, não desejo apenas obter informações sobre os Teus preceitos, pois minha alma encontra-se sedenta por saber como poderei obedecê-los!
A. M. Cunha

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO - SALMO 119:11

Salmo 119:11 – “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.”O profeta Isaías aponta os nefastos danos do pecado, ao anunciar que as nossas iniquidades são a raiz da mais perversa das separações, pois o pecado faz com que o pecador encontre-se privado da comunhão com o criador do universo. E não apenas isso, em sua fala, o profeta revela que nossas iniquidades atuam como névoa que nos encobre o rosto divino, de modo que o pecador não consiga contemplá-lo em comunhão. Eis as palavras do profeta: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” [Isaías 59:1-2]. O salmista, em harmonia que esta revelação profética e concluindo que o pecado é uma perigosa influência na vida dos filhos de Deus, demonstra que tal influência será desfeita quando a Palavra tornar-se um valioso tesouro guardado no coração! A influência do pecado não resiste àquele que guarda no coração a Divina Palavra.
A. M. Cunha

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

SEGUNDA SEÇÃO - SALMO 119:10

Salmo 119:10 – “De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos.”. Mesmo aquele que busca o Senhor de todo coração deve manter-se vigilante. Existe uma natural inclinação, fruto da rebeldia inerente ao coração humano, que intenta fazer com que a alma constantemente fuja dos mandamentos divinos. O fiel deve abrigar-se na oração, obtendo dela a força necessária para resistir aos impulsos do coração rebelde, e deve fazê-lo buscando o Senhor de todo o coração! Esta intensa busca despertará na sedenta alma o veemente clamor: “não me deixes fugir aos teus mandamentos”. A humanidade, em sua natural inclinação, intentará fugir dos decretos divinos, mas aquele que de todo coração busca o Senhor há de empreender, por impulso do Espírito de Deus, uma avassaladora corrida ao encontro das Sagradas Escrituras! A alma de quem assim busca o Senhor Deus não encontrará descanso espiritual, a menos que mergulhe nas cristalinas águas da obediência aos decretos divinos!
A. M. Cunha

SEGUNDA SEÇÃO - Salmo 119:9

Salmo 119:9 – “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.”. A juventude poderá manter-se purificada, mesmo diante das paixões que fazem guerra contra a sua pureza! O apóstolo Paulo, em sua segunda Carta a Timóteo já advertira: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade.”. O caminho de pureza para o jovem é uma possibilidade real, desde que a Palavra de Deus torne-se para ele o único suporte sobre o qual ele construa a sua jornada espiritual neste mundo! A Escritura Sagrada assegura-nos que, pela confissão, obteremos perdão e purificação para construirmos uma jornada espiritual madura. Assim nos afirma a Palavra de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” [1 João 1:9].
A. M. Cunha

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

PRIMEIRA SEÇÃO – SALMO 119:8

Salmo 119:8 – “Cumprirei os teus decretos; não me desampares jamais”. A bem-aventurada obediência, anunciada ao longo desta seção, deve ser uma constante característica dos filhos de Deus [Salmo 119:1]. A busca por Deus é o modo como esta obediência é demonstrada na vida dos filhos de Deus [Salmo 119:2]. E como os filhos de Deus demonstram esta obediência em sua jornada nesta terra? Eles o fazem praticando ou abstendo-se de praticar os atos de sua vida cotidiana, pois a obediência é aqui descrita como sendo um conjunto de ações e omissões [Salmo 119:3]. A dinâmica dos mandamentos divinos foi construída por Deus a partir de um propósito singular: provocar nossa obediência [Salmo 119:4]. O ideal de obediência em relação aos decretos divinos, como anunciado nesta seção, requer que aquele que é chamado a obedecê-los adote uma conduta firme e perseverante, capaz de resistir aos impulsos naturais da rebeldia humana [Salmo 119:5]. Aquele que assim se comporta, ou seja, mantém-se sob a luz dos mandamentos divinos, não tem do que se envergonhar [Salmo 119:6], bem como experimenta o privilégio de render graças ao Senhor com integridade de coração [Salmo 119:7]. O salmista conclui esta seção declarando que cumprirá os decretos divinos e, por fim, clama: “não me desampares jamais”. Há, portanto, uma ação humana prometida: comprometer-se em cumprir os mandamentos divinos; e uma ação divina suplicada: que o Senhor jamais o desampare! O salmista assim reconhece que, no que se refere aos mandamentos divinos, ele precisa comprometer-se com eles, ao mesmo tempo em que reconhece que sem o amparo do Senhor ele não será vitorioso nesta tarefa.

A. M. Cunha

domingo, 23 de outubro de 2016

PRIMEIRA SEÇÃO - SALMO 119:6-7

Salmo 119:6 – “Então, não terei de que me envergonhar, quando considerar em todos os teus mandamentos”. Aquele que está sob a luz dos mandamentos divinos não tem do que se envergonhar! Este é o glorioso anúncio deste versículo! Por outro lado, os que se mantém à margem dos decreto divinos terão do que se envergonhar. O texto de Gênesis 2:25, o último versículo antes do registro bíblico da queda espiritual do homem, anuncia o seguinte com respeito ao homem e à mulher, assim que foram criados por Deus: “e não se envergonhavam”. A queda, portanto, lançou a humanidade num estado de profunda desonra: A vergonha de viverem afastados de Deus! Todo aquele, porém, que se encontra com Cristo e O recebe, torna-se, como diz a Escritura em João 1:12, filho de Deus e, portanto, passa a viver sob a luz dos mandamentos divinos. Observe que o salmista afirma que a vergonha não o alcançará quando ele considerar, não um ou apenas alguns, mas todos os preceitos divinos!

Salmo 119:7 – “Render-te-ei graças com integridade de coração, quando tiver aprendido os teus retos juízos”. O aprendizado das Escrituras fornece ao Seu aprendiz, não apenas conhecimento, mas, sobretudo, uma transformação em dupla perspectiva. Em primeiro lugar, desperta no aprendiz a aptidão para manter-se em estado de gratidão, por isso se diz “Render-te-ei graças”. Quão agradável será a jornada daquele que destila gratidão dos seus lábios! Em segundo lugar, formará no aprendiz um caráter irrepreensível, por isso se diz “com integridade de coração”. Feliz é o homem que se entrega ao aprendizado das Escrituras!
A. M. Cunha