sábado, 11 de janeiro de 2020

REFLETINDO PARA ORAR: FILIPENSES 2:2-3 – PARTE 1


É quase um consenso entre os estudiosos que um dos temas predominantes da Carta de Paulo aos Filipenses é a alegria. Existem ordens expressas para que os cristãos filipenses se alegrassem, como por exemplo, quando o apóstolo faz uso da expressão “alegrai-vos no Senhor”, como aparece em Filipenses 3:1 e 4:4.

Embora o apóstolo Paulo estivesse submetido ao regime de prisão romana nos dias em que escreveu esta Carta, e, portanto, poderia estar afundado em angústias e desespero por ser um prisioneiro, ainda assim é possível percebermos que ele era uma pessoa dominada por um especial estado de alegria. A vida do apóstolo Paulo é, portanto, um testemunho vivo de que a alegria superou as circunstâncias exteriores que poderiam trazer-lhe tristeza e desgosto.

Paulo, no entanto, estava plenamente convencido de que, por mais que estivesse envolvido num estado de intensa alegria, ainda assim seria possível ampliá-la, intensificá-la e expandi-la. Muito provavelmente tenha sido esta a razão pela qual, conforme Filipenses 2:2-3, ele ordenou aos filipenses que completassem a sua alegria. O conteúdo destes versículos, portanto, constitui o que podemos denominar de Condutas Comunitárias que Intensificam a Alegria. Este será o conteúdo das próximas publicações deste Blog no que se refere à análise do texto de Filipenses 2:2-3.
A. M. Cunha

ORAÇÃO:
Amado Deus, por vezes as circunstâncias são tão cruéis que quase sucumbimos ao desânimo que pretende afastar qualquer possibilidade de haver alegria em nossa vida! A Tua Palavra, no entanto, ordena: “alegrai-vos no Senhor”! Obrigado, Deus, pois a alegria que provem de Ti tem o poder de superar a fúria das circunstâncias exteriores, de modo que podemos triunfar sobre a tristeza e o desgosto que pretendem nos devorar. Ó Deus, molda o nosso coração, para que desejemos estar em comunhão com a Tua igreja, pois é no contexto da vida comunitária que a nossa alegria poderá ser ampliada, intensificada e expandida para a glória do Teu nome! Graças eu Te dou, pois a alegria triunfará sobre a tristeza quando a vida comunitária for adequadamente experimentada pelo povo de Deus!
A. M. Cunha

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

REFLETINDO PARA ORAR: ROMANOS 8:26-27 – PARTE 2


Uma de nossas muitas fraquezas é não sabermos orar como convém e um dos muitos auxílios que nos é oferecido pelo Espírito Santo é Sua intercessão em nosso favor! Não saber orar como convém é, de fato, uma considerável fraqueza para um filho de Deus que é chamado a ter comunhão com o Criador. Mas graças a Deus, pois para uma fraqueza tão perigosa Deus provê um suprimento superior, ou seja, o Seu Espírito intercede por nós! Como é a intercessão do Espírito em nosso favor? O texto de Romanos 8:26-27 apresenta o modelo de intercessão do Espírito Santo em três importantes perspectivas.

Em primeiro lugar, trata-se de uma intercessão divina, como nos aponta o texto bíblico ao dizer: “o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira”. E por ser divina é uma intercessão superior, poderosa, elevada, sendo, portanto, uma intercessão sobremaneira, como nos apresenta o texto da Almeida Revista e Atualizada, muito embora este vocábulo não apareça no texto original [Fato corrigido na Nova Almeida Atualizada]. Só o cristianismo é capaz de oferecer algo com uma envergadura tão magnífica, ou seja: Aquele que é o único digno adoração e, portanto, a quem devem ser dirigidas todas as intercessões, faz morada no adorador e, a partir dele e em seu favor, ergue a mais elevada intercessão que se pode fazer em favor de alguém! Indiscutivelmente estamos diante de uma intercessão essencialmente divina!

Em segundo lugar, trata-se de uma intercessão empática, pois o divino intercessor identifica-se íntima e profundamente com as reais necessidades daquele por quem se intercede, a ponto de a Escritura dizer que tal intercessão é realizada “com gemidos inexprimíveis”.

Por fim, trata-se de uma intercessão perfeita, pois é realizada em perfeita harmonia com a vontade de Deus, por isso se diz que o Espírito Santo intercede “segundo a vontade de Deus”. A nosso respeito a Escritura afirma que “se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade [a vontade de Deus], ele nos ouve” [2 João 1:14]. Por ser perfeita, quão mais excelente é a intercessão do Espírito em nosso favor!

Amado Espírito Santo, obrigado porque, mesmo não sabendo orar como convém, sempre que me dedico à intercessão, as Tuas mãos unem-se às minhas para me oferecer um poderoso e imensurável auxílio! Sou grato a Ti, pois eu não teria como obter uma companhia mais excelente que a Tua! Nenhuma intercessão por mim será tão eficaz quanto a Tua, pois a Tua intercessão é essencialmente divina! Eu Te dou graças, pois reconheço que as mais íntimas inquietações da minha alma graciosamente fazem parte da Tua intercessão por mim! Posso seguramente descansar nas asas da Tua intercessão, pois sei que ela está em perfeita harmonia com a vontade de Deus!
A. M. Cunha

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

REFLETINDO PARA ORAR: ROMANOS 8:26-27 – PARTE 1

Enquanto a teologia do coaching perigosamente propaga que o homem tem poder inerente em si mesmo, a Escritura reverbera o fato de que o homem é fraco. O apóstolo Paulo faz uso do vocábulo ἀσθένεια [astheneia] que significa falta de força, debilidade. Este vocábulo, quando se refere ao corpo, refere-se à sua fraqueza natural e fragilidade, por vezes fazendo referência à saúde debilitada. Quando usado em relação à alma refere-se à falta de força ou de capacidade requerida para entender algo, para fazer coisas grandes e gloriosas, para reprimir desejos corruptos ou para suportar aflições e preocupações.

O texto bíblico, porém, não apenas anuncia a nossa fraqueza, mas revela a existência de uma atividade de auxílio! Paulo afirma “o Espírito [...] nos assiste em nossa fraqueza”. O vocábulo assistir vem do grego συναντιλαμβάνομα [sunantilambanomai], cujo sentido é “trabalhar junto com, lutar para obter algo juntamente com, ajudar a obter, e ainda, trabalhar lado a lado com alguém.

Que maravilhoso! Embora sejamos fracos em nossa essência, o Espírito Santo ainda assim requer que façamos algo. Ele não trabalha sozinho, Ele não assume toda a responsabilidade e todas as tarefas. Ele requer que façamos algo; por isso, Ele trabalha junto conosco; por isso, o empenho Dele é para que algo seja obtido juntamente conosco; por isso, Ele ajuda, coopera, auxilia a que alcancemos algo; por isso, Ele trabalha lado a lado conosco! Embora sejamos fracos, o Espírito de Deus ainda permite que façamos algo. Isso, porém, não retira a nossa fraqueza, não diminui as nossas debilidades, não minimiza as nossas deficiências, mas aguça a nossa dependência para com o poderoso, suficiente e glorioso Espírito de Deus!

Glorioso Espírito Santo! Reconheço minhas fraquezas. Estou ciente das debilidades do meu corpo, que de tão frágil adoece e pode, a qualquer instante, esvair-se definitivamente por falta do fôlego de vida. Sei que minha alma é desprovida de poder próprio. Ela não pode, por si só e sem qualquer auxílio Teu, realizar coisas grandes e gloriosas. Minha alma é destituída de perseverança para reprimir os desejos da carne. Minha alma é mimada, impaciente e incapaz de suportar sem o Teu suporte as aflições e preocupações da vida. Obrigado, pois mesmo sabendo de todas estas minhas debilidades, o Senhor ainda me atribui algumas responsabilidades, algumas tarefas, algumas atribuições. Não posso ser e permanecer inerte, passivo e apático, mas devo fazer algo, contigo, com o Teu auxílio, com o Teu suporte. O que Te move a me auxiliar nas minhas fraquezas, senão o Teu infinito amor para comigo? Em cada auxílio Teu, em cada caminho que o Senhor me aponta, em cada suporte que percebo que veio de Ti, eu me sinto amado, definitivamente amado! Obrigado, ó maravilhoso Espírito Santo!
A. M. Cunha

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

A PAZ QUE O SENHOR NOS CONCEDE É PERFEITA


A paz tem origem em Deus, que é seu autor e mantenedor. Aquele que confia em Deus e cujo propósito é firme será conservado em paz. Mas não numa paz qualquer, mas na paz que, por ter sua origem em Deus e ser por Ele mantida, é a perfeita paz! O vocábulo hebraico traduzido por paz, שָׁלוֹם [shalom], aparece duas vezes no texto original. A paz descrita neste verso é perfeita, portanto é shalom shalom. Vocábulos repetidos no hebraico eram um indicativo de algo superior, importante, singular, como é o caso, por exemplo, de “Abraão, Abrão”, em Gênesis 22:11, “Jacó, Jacó”, em Gênesis 46:2, “Moisés, Moisés”, em Êxodo 3:4, ou “Samuel, Samuel”, em 1 Samuel 3:4.

Portanto, por estar num padrão tão elevado, a paz aqui descrita é perfeita. O que significa dizer, como é o que se entende de sua raiz no hebraico, que ela não se refere apenas à ausência de guerra, mas aos seguintes significados: plenitude, saúde, bem estar, totalidade, segurança, prosperidade, contentamento, tranquilidade, harmonia. Refere-se ainda à amizade entre indivíduos e entre os indivíduos e Deus.

Esta é uma paz perfeita, pelos seguintes motivos: Primeiramente, porque Deus, o autor e mantenedor desta paz, é o “príncipe da paz” [Isaías 9:6]. Em outras palavras, Ele é o que se assenta no trono da Paz. Em segundo lugar, porque o próprio Senhor é a Paz [Juízes 6:24]. A paz, portanto, não é um sentimento, ela é uma pessoa! A paz é o próprio Senhor! Quando entendemos isto, um novo entendimento nos é concedido quando lemos a Palavra de João 14:27, que diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. Que novo entendimento é este? O Senhor se dá a si mesmo a nós! Oh! Esta é uma gloriosa revelação. Por isso se pode dizer como o salmista: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti”.
A. M. Cunha

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

ORANDO ROMANOS 12:12


Amado Deus, ensina-me a ver, crer e desejar a esperança verdadeira, pois ela encherá a minha alma de regozijo! Torna-me obediente ao mandamento de ser paciente durante a tribulação. Ainda que eu esteja sendo rodeado por uma dilacerante dor que me angustie a alma, conceda-me a benção de me manter firme na fé. Só o Senhor pode despertar-me para ser perseverante na oração, de modo que eu não me ache descuidado quanto à sua prática. Por isso eu clamo: Enche-me de regozijo, conceda-me paciência e dá-me perseverança.
A. M. Cunha

O DIÁLOGO DA CRIATURA COM O SEU CRIADOR


É coisa rara, num mundo onde os relacionamentos perderam o cheiro, o calor e a textura da epiderme, deparar-se com a expressão “ele(a) me ouviu”. Os ouvidos do “outro” parecem paredões que apenas retornam o vazio eco de nossas próprias palavras.

Mas, para os filhos de Deus, cujos corações O buscam ardentemente e com Ele nutrem íntima comunhão, permanece vívida a possibilidade de se deparar com a expressão “o Senhor ouviu a minha súplica”, ainda que em meio às mais cruéis e desesperadoras circunstâncias!

Os ouvidos do Todo-Poderoso não são paredões que reverberam o eco de nossas próprias palavras. Eles são a porta de entrada para o mais extraordinário diálogo que pode existir: O diálogo da criatura com o Seu criador! Não está morta a esperança para os que, em Cristo, buscam a Deus, pois Ele ouve a sua súplica, Ele acolhe a nossa oração!
A. M. Cunha

domingo, 5 de janeiro de 2020

ORANDO SALMOS 139:23-24


Senhor, eis minha alma diante de Ti. Tu tens o poder de sondá-la, bem como de conhecer o meu coração. Eu necessito do auxílio do Teu Espírito para que em mim não haja receio de ser provado por Ti. Sei que os meus pensamentos, todos eles, estão postos diante da Tua face. Ajuda-me a progredir em minha jornada espiritual, de tal modo que eu não venha a fugir ou tentar desculpar-me quando Tu revelares o caminho mau que está oculto nas entranhas da minha alma. Concede-me a dádiva de renunciar à condução de minha própria vida e dá-me a condição necessária para eu aceite ser conduzido por Ti, pois sei que é somente sob a Tua condução que serei guiado pelo caminho eterno!
A. M. Cunha

ORANDO SALMOS 107:6, 13, 19 e 28


Deus de paciência e consolação, eu oro em gratidão a Ti, pois estou certo de que Tu fazes brotar, em meio às angústias que enfrentamos na vida, uma renovada capacidade de clamar a Ti. Louvado seja o Teu nome, Ó Senhor, pois a angústia não retira de nós a capacidade de clamarmos a Ti! Ela não possui este poder! Se nós não clamarmos a Ti, não foi a angústia que nos calou, mas as nossas próprias debilidades espirituais. Sabemos que somos pecadores, e é exatamente esta condição de pecador que nos emudece. Dá-nos, Ó doce Espírito Santo, o impulso que nos falta para clamarmos a Ti em tempos de angústia! Obrigado, Senhor, porque o nosso clamor é libertador, pois a Tua Palavra diz que o Senhor é poderoso para nos libertar das tribulações!
A. M. Cunha