sábado, 8 de fevereiro de 2020

UM CORAÇÃO ALEGRE É BOM REMÉDIO

Em 20/03/2001, enquanto mantinha comunhão com o Senhor Jesus, fui conduzido a perceber a importância de um coração alegre. Segue abaixo um resumo desta percepção, fundamentada em Provérbios 17:22.

1) O que o texto está dizendo sobre Deus? O Senhor, em Sua soberania, revela a importância da alegria do coração, bem como não deixa dúvidas acerca da autoagressão que é provocada pelo espírito abatido. Há neste versículo uma profunda demonstração da onisciência de Deus que, em tão poucas palavras, revela os rumos que a nossa vida terá caso: vigor [o bom remédio que decorre do coração alegre] ou abatimento [a sequidão dos ossos que advém de um espírito abatido].

2) Qual é a vontade de Deus expressa no texto? Devemos diligentemente utilizar o bálsamo do coração alegre e rejeitar, com todas as forças, o veneno do espírito abatido.

3) Quais são as promessas de Deus para mim, minha família e igreja? Primeiro, se vivermos na dimensão da alegria do coração, teremos um remédio “bom” (sem contra indicações) que desfará as enfermidades de nossa alma. Alma enferma significa “alma dominante” e “espírito subserviente” às inclinações da alma. O nosso espírito está em constante luta contra a alma e suas inclinações decadentes. Quando andamos no Espírito, o Senhor libera o fruto do Espírito em nós e uma semente germina no interior do nosso espírito, produzindo uma árvore frutífera, cujo fruto é o Fruto do Espírito. Veja que o fruto do Espírito é como um “poncã” [mexerica ou tangerina] que possui vários gomos. Cada gomo destrói uma enfermidade, por exemplo: o amor desfaz o ódio, a bondade desfaz a maldade, a fidelidade desfaz a infidelidade, etc... Quando o Espírito frutifica em nossa vida, o gozo do Senhor é introduzido em nós e recebemos os benefícios da Sua cura. Segundo, se o nosso espírito é abatido, definhamos a ponto de secar os nossos ossos. Os ossos são responsáveis pela sustentação do corpo. Assim, quando guerreamos contra o abatimento de nosso espírito, estamos na verdade, construindo uma estrutura sólida em nosso viver cristão, que contribuirá para que tenhamos uma estabilidade firme e duradoura.

4) Quais são os pecados apontados? O abatimento de nosso espírito, esse é o pecado. O espírito que o Senhor colocou no homem é como o cordão umbilical: é o único canal de comunicação orgânica entre a mãe e o feto. Assim também é o nosso espírito, ele é o único canal de comunicação entre nós e o Pai. Quando nos comunicamos com o Pai, o fazemos pelo nosso espírito. Neste mundo, vivemos numa espécie de vida intrauterina: somos protegidos pelo Senhor, somos alimentados pelo Senhor, somos conduzidos pelo Senhor, onde o Senhor está, ali estamos nós – assim, constantemente recebemos a vida do Pai. Oh! Amados, o abatimento de nosso espírito representa a morte da função comunicativa de nosso espírito. Assim, isto representa a falta de comunhão com o Pai. Quanto mais nos afastamos do Pai, tanto mais deixaremos de receber a Sua vida: Estaremos sem vida! A morte é, na sua essência, a inexistência de vida. Sem vida o império da morte é instalado. Que o nosso espírito esteja sempre em comunhão com o Pai!

5) Há um exemplo de vida a ser seguido? Sim! O exemplo que temos a seguir é o próprio Senhor Jesus. O texto diz que o “o coração alegre é como o bom remédio”. Nos dias de sua carne, o Nosso Senhor Jesus Cristo visitou muitas pessoas, libertando-as de suas enfermidades. Jesus é o “bom remédio”! Quando nos deixamos usar pelo Senhor, para sarar a vida de nossos irmãos, vivemos na dimensão do coração alegre e liberamos o “bom remédio” para nós e para nossos irmãos. Devemos viver como Jesus viveu, pois Ele esqueceu os Seus interesses e deu a Sua vida por nós, assim, devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos, liberando, desta forma, “o bom remédio” como sustentação da vida de nossos irmãos. Isto é a cura dos ossos para que nossos irmãos estejam sustentados no Senhor.

6) Quais são as atitudes que devo mudar em minha vida? Não devo permitir que o meu espírito seja abatido. Como fazer isto? Devo nutrir comunhão com o Pai. Devo estar reunido com os irmãos para receber e liberar “o bom remédio”, sarando, desta forma, as enfermidades na vida dos irmãos. Desta forma, o Corpo de Cristo estará organicamente sadio e expressará a Glória do Pai.
A. M. Cunha

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A ESCRAVIDÃO DOS HOMENS NÃO ESCRAVIZA A ALMA DAQUELES QUE SÃO LIBERTOS EM DEUS


[15] E um homem encontrou a José, que andava errante pelo campo, e lhe perguntou: Que procuras? [16] Respondeu: Procuro meus irmãos; dize-me: Onde apascentam eles o rebanho?
Gênesis 37:15-16

Que procuras? Esta é uma crucial pergunta. Alguns podem responde-la anunciando que buscam sua própria felicidade ou que anelam por um futuro melhor. Essa, no entanto, não era a condição de José. Sua resposta revelava o que estava em seu coração: Ele procurava os seus irmãos! Caim, quando confrontado com a pergunta: “Onde está Abel, teu irmão?” [Gênesis 4:9], respondeu dizendo: “Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão? [Gênesis 4:9]. A resposta de José foi outra: “Procuro meus irmãos” [Gênesis 37:16]! Quando José encontrou seus irmãos, eles lhe ofereceram a escravidão como fruto desse encontro [Gênesis 37:28]. Por mais que José tenha sido vendido como escravo, a real escravidão pairava sobre seus irmãos, cuja mente seria cruelmente aguilhoada pela culpa. Mais adiante, porém, um novo encontro teve lugar na história de José. Enquanto os seus irmãos, movidos pela fome, procuravam por comida, José foi achado por eles como sendo aquele que ofereceria o tão buscado alimento. Diferentemente dos seus irmãos que, no primeiro encontro, lhe ofereceram a escravidão, José, por outro lado, ofereceu-lhes a liberdade, uma vida livre da fome! Suas palavras ditas aos seus irmãos foram encorajadoras: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. [Gênesis 45:5]. José, conquanto tenha enfrentado as agruras da escravidão, não permitiu que o seu coração se azedasse com o injusto sofrimento que lhe foi acometido. Ao contrário, sua alma sempre livre, que jamais fora alcançada pela escravidão dos homens, tornou-se uma fonte de liberdade, não apenas para a sua família, mas para a sua nação! O coração de José estava em paz, pois ele sabia que todo o mal que lhe sobreveio foi transformado em bem pelas mãos do Deus que nunca o abandonou [Gênesis 50:20]!
A. M. Cunha

TRANSMUDANDO A MISÉRIA EM VIDA ETERNA – JOÃO 3:16


“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”

João 3:16

Entre as várias ações que Deus executa entre e para com os homens, o evangelista João destacou a ação de amar. Esta divina ação tem um destinatário, o mundo. E que não se pense que tenha havido qualquer mérito na humanidade que a tornasse merecedora de tal ação. O amor divino foi de uma via; unilateral portanto, pois mesmo quando a humanidade não O estava amando, ainda assim Ele a amou! A divina ação, que é como aqui denominamos o divino amor, foi executada com uma intensidade tão indescritível, a ponto de ser assim qualificada: “de tal maneira”. A divina ação não se manteve oculta, como se tivesse qualquer razão para se envergonhar, mas, incontestavelmente, ela foi ousada, intrépida e arrojada! O ápice de sua manifestação deu-se quando Deus graciosamente ofereceu-nos o Seu filho unigênito, Jesus Cristo! A oferta de Cristo a nós soou-nos como uma doce e indelével dádiva, a única capaz de estar à altura da divina ação. Ao mesmo tempo, tal dádiva tornou-se o único escape disponível para a humanidade que se achava imersa na miséria de sua condição espiritual. A fé na divina dádiva, ou seja, em Cristo, descreve o evangelista, é suficientemente poderosa para transmudar a miserável condição da humanidade em vida eterna!
A. M. Cunha