sábado, 12 de novembro de 2016

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:26

Salmo 119:26 – “Eu te expus os meus caminhos, e tu me valeste; ensina-me os teus decretos.”. Neste versículo o salmista menciona que fez uma exposição dos seus caminhos para o Senhor. Este relato do salmista é uma desafiadora abertura de alma, uma verdadeira confissão! Diante da honestidade do salmista, a resposta divina vem em forma de testemunho e aprovação, pois a expressão “me valeste”, no original, tem o sentido de testificar ou responder como testemunha, o que sugere uma maravilhosa aprovação divina. Tal aprovação é libertadora! A alma assim tocada pelo Senhor, não resistindo às chamas que ardem em seu coração, finalmente clama em resposta ao profundo anelo que a envolve: “ensina-me os teus decretos”!
A. M. Cunha

QUARTA SEÇÃO – SALMO 119:25

Salmo 119:25 – “A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.”. O clamor apresentado neste versículo, em sua essência revela dois importantes aspectos: [1] Em primeiro lugar, pode-se perceber que o clamor será sempre uma possibilidade na vida de um filho de Deus. Isto significa dizer que, mesmo quando os filhos de Deus estejam enfrentando circunstâncias que os façam sentir-se no pó, ainda assim eles poderão clamar, pois tais circunstâncias não possuem o poder de privá-los do direito e do privilégio de clamarem ao seu Deus! [2] Em segundo lugar, pode-se perceber que o clamor proferido pelo salmista reconhece a Palavra de Deus como fonte de autêntica vivificação. Observe que o clamor aqui proferido não está focado em narrar a angústia suportada pela alma, mas em declarar o poder vivificador da Palavra de Deus. O clamor autêntico deve conter declarações que, por estarem firmadas nas Escrituras, opõem-se às circunstâncias enfrentadas pelos filhos de Deus!
A. M. Cunha

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:24

Salmo 119:24 – “Com efeito, os teus testemunhos são o meu prazer, são os meus conselheiros.”A declaração contida neste verso anuncia que o salmista obtinha prazer nos mandamentos divinos, e não apenas isso, as mais valiosas orientações para sua jornada nesta terra eram obtidas nos preciosos conselhos da Palavra de Deus! O salmista contemplava nas Sagradas Escrituras, uma segura fonte que lhe oferecia contínua direção, de modo que a partir dos Conselhos Divinos ele saberia como agir, ser e pensar ao longo de sua peregrinação nesta terra. A Escritura Sagrada é a fonte da real felicidade!

A. M. Cunha

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:23

Salmo 119:23 – “Assentaram-se príncipes e falaram contra mim, mas o teu servo considerou nos teus decretos.”. Quais sentimentos envolvem nossa alma quando estamos sob ameaça? As ameaças podem até fazer com que uma pessoa espiritualmente despreparada interrompa sua jornada espiritual, mas não aquele cujo coração verdadeiramente ama o Senhor! Observe que o salmista, mesmo ciente de que pessoas providas de autoridade o estavam ameaçando, não permitiu que tais ameaças lhe tirassem o foco dos mandamentos divinos! E nem poderia ser assim, pois aquele que ama o Senhor tem em Seus mandamentos a fonte de toda esperança e consolo! Movido pela graça de Deus, as ameaças não perturbavam o salmista!

A. M. Cunha

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:22

Salmo 119:22 – “Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois tenho guardado os teus testemunhos.”. Os filhos de Deus, mesmo manifestando uma conduta de obediência para com os mandamentos divinos, sofrerão em sua jornada as dores e o incômodo que são peculiares ao opróbrio [condição daquele que é zombado, envergonhado ou reprovado] e ao desprezo que, por vezes, os discípulos de Cristo suportam por se dedicarem avidamente à Palavra de Deus. Seu olhar, no entanto, não pode afastar-se do foco espiritual de sua existência: manterem-se em conexão espiritual com Deus! Pertence-lhes, portanto, o direito de, com ousadia e fé, clamarem ao Senhor que lhes retire o opróbrio e a vergonha.
A. M. Cunha

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:21

Salmo 119:21 – “Increpaste os soberbos, os malditos, que se desviam dos teus mandamentos.”. O Salmo 119 inicia-se com uma gloriosa afirmação: Bem-aventurados são aqueles que andam na lei do Senhor e guardam as suas prescrições [Salmo 119:1-2]. Agora, porém, no versículo 21, ecoa a vibrante afirmação de que aqueles que se desviam dos mandamentos divinos são considerados soberbos e malditos. É perigosa, portanto, a postura daqueles que se desviam dos mandamentos divinos, pois, conforme Deuteronômio 27:26, “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo.” [Deuteronômio 27:26]. A expressão “Increpaste os soberbos, os malditos” anuncia que Deus repreende asperamente os que se desviam dos Seus mandamentos. Este é, literalmente, o sentido do vocábulo “increpaste”: repreender asperamente! Como se pode observar, Deus, movido por santo amor e inigualável misericórdia, e considerando que a soberba e a maldição são implacáveis malefícios para a alma humana, repreende asperamente os que se desviam dos Seus mandamentos. Seu propósito, como sempre, é trazer o homem de volta para Si!
A. M. Cunha

domingo, 6 de novembro de 2016

TERCEIRA SEÇÃO – SALMO 119:20

Salmo 119:20 – “Consumida está a minha alma por desejar, incessantemente, os teus juízos.”. O salmista não apenas deseja os juízos divinos, mas incessantemente anela por eles. O vocábulo “consumida” vem do hebraico garac [גרס], cujo significado sugere: ser esmagado, ser quebrado. Esta porção sugere que o salmista está sob a influência de um desejo tão profundo pela Palavra de Deus, que nada lhe desperta profunda atenção como as maravilhas contidas nos mandamentos divinos! A oração contida no versículo anterior, “não escondas de mim os teus mandamentos”, parece encontrar sua razão de ser no desejo por conhecer os mandamentos divinos aqui revelados! A alma humana, em sua condição natural, acha-se mais inclinada a satisfazer-se com os desejos terrenos do que com os prazeres inerentes ao Reino dos Céus. O salmista, no entanto, declara neste versículo que sua alma, ao contrário de sua inclinação natural, foi tomada pelo contínuo desejo de conhecer os mandamentos divinos, e com tal intensidade, que não lhe restaram mais forças para inclinar-se aos deleites terrenos.

A. M. Cunha