quinta-feira, 30 de maio de 2013

A LEI APONTA PARA CRISTO

A teologia Paulina faz uma clara distinção entre os dois aspectos do Código de Leis de Israel: Vertical e Horizontal.
Em sua vertente horizontal, Paulo consigna o seguinte em sua carta aos Romanos: “Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Romanos 13:9-10).
No aspecto vertical, Paulo anuncia uma gloriosa sentença: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11:36). Nesta porção temos a todo-dependência do homem para com Deus, pois somos dEle (“Porque dele”), toda provisão vem dEle (“por meio dele”) e nosso destino e porto seguro é Ele (“para ele”).
Não há, portanto, revogação da lei. Paulo nos assegura isto ao afirmar: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.” (Romanos 3:31).
A lei aponta para Cristo, uma vez que ela “nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” (Gálatas 3:24). Como pode, pois a lei realizar tal papel? Ela o faz promovendo o “pleno conhecimento do pecado”(Romanos 3:20b). A lei serve para revelar a total insuficiência da natureza humana em aproximar-se redentoramente de Deus por obras, “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei” (Romanos 3:20a), de modo que “é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” (Gálatas 3:11).
Quando temos um vislumbre de todas estas coisas, somos convocados pelas Escrituras ao maravilhoso desfrute das verdades espirituais, pois “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Romanos 15:4).
De modo que o discernimento espiritual destas coisas promove paciência e consolação que são provenientes das Escrituras. O maravilhoso desfecho destas coisas é a esperança que inunda o nosso coração.