domingo, 23 de abril de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 17

Cristo, um agente da agente da comunhão

Até este momento dos nossos estudos nesta série, percorremos muitos tópicos da Palavra de Deus, analisando a humanização de Cristo como o primeiro aspecto prático da vida cristã. A vida de Cristo, nos dias em que Ele esteve fisicamente neste mundo, foi extraordinariamente maravilhosa! Ele foi, durante Sua vida, um agente da adoração, da oração, da palavra, da cura, da comunhão e da salvação. Se desejarmos efetivamente desfrutar da humanização em nosso viver cristão diário, nos moldes em que Cristo a vivenciou, devemos seguir os mesmos passos de nosso Senhor. Hoje, analisaremos Cristo como um agente da comunhão.

 
Comunhão: Um mecanismo de treinamento dos discípulos


O Senhor Jesus
sempre esteve presente na vida de Seus discípulos, pois Ele continuamente desfrutava de comunhão com eles. Jesus assumiu uma grandiosa missão: satisfazer a necessidade dos homens! Para realizar esta missão, Jesus definiu a seguinte estratégia: preparar e treinar pessoas que continuassem a Sua missão. Com este propósito em mente, Jesus escolheu algumas pessoas as quais Ele chamou de discípulos. Seu alvo era treiná-los intensamente para que eles pudessem continuar a Sua missão, que era satisfazer a necessidade dos homens. A comunhão, portanto, foi o eficiente mecanismo que Cristo usou no treinamento dos Seus discípulos!

A comunhão de Jesus com os Seus discípulos proporcionou o treinamento que era necessário para que os Seus discípulos continuassem a missão de Jesus nessa terra. Quais os benefícios que a comunhão com Jesus proporcionava para os Seus discípulos? A resposta a esta pergunta pode ser obtida nas seguintes afirmações:

·        Por intermédio da comunhão, Jesus promovia ajustes na fé dos Seus discípulos – Mateus 17:19 - 21;

·    Por intermédio da comunhão, Jesus preparava os Seus discípulos para serem enviados como pregadores do Reino de Deus – Marcos 3:13-14;

·      Por intermédio da comunhão, Jesus preparava os Seus discípulos para que eles participassem com Ele na realização de sinais e prodígios – Lucas 9:10 - 17;

·        Por intermédio da comunhão, Jesus concedia aos Seus discípulos a oportunidade de conhecê-lo mais intimamente – Lucas 9:18 - 20;

·     Por intermédio da comunhão, Jesus preparava os Seus discípulos para viverem revestidos de poder – Atos 2:1-4;


Em todas estas afirmações, podemos ver a importância que a comunhão exercia na vida espiritual dos discípulos de Jesus!

Sendo Jesus o Supremo modelo para a nossa vida espiritual e, uma vez que a nossa missão é continuar a missão dele nesta terra, será fundamental que nós, assim como Ele, nos transformemos em agentes da comunhão. Devemos, portanto, alimentar e nutrir uma profunda comunhão com outras pessoas. Porém, uma comunhão com um propósito definido, qual seja: fazer com que as pessoas reconheçam que Jesus é o único que pode efetivamente satisfazer as suas necessidades pessoais!

A. M. Cunha


domingo, 2 de abril de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 16

Cristo, um agente da cura

Estamos abordando o primeiro aspecto prático da vida cristã a humanização. O paradigma para a nossa humanização foi a humanização de Cristo que, como vimos até aqui, ocorreu em quatro etapas, a saber, o Seu nascimento, o Seu crescimento, a Sua vida e a Sua morte. No atual estágio desta série, estamos apresentando breves considerações quanto à etapa da vida, por meio da qual afirmamos que Cristo é um promotor da vida! O propósito da humanização de Cristo, como já foi abordado nesta série, tinha por objetivo satisfazer a necessidade do homem, qual seja, ter restaurada a sua comunhão com Deus!

Durante toda a sua vida terrena, Jesus foi um agente da adoração, da oração, da palavra, da cura, da comunhão e da salvação. Uma vez que Cristo é o nosso modelo, a Escritura, de acordo com Romanos 8:29, menciona que nós fomos separados por Deus para sermos transformados à imagem de Cristo. Com todo este quadro em mente, e tendo Cristo como nosso Supremo modelo, é possível concluir que é nosso dever experimentar o processo de humanização como um dos aspectos práticos da vida cristã!

O Senhor Jesus encontrou muitos enfermos durante o período em que esteve entre nós. Sempre focado em Sua humanização, Jesus, posicionando-se como uma agente de cura, exerceu o Seu ministério para com aqueles enfermos com muita compaixão! Devemos correr aos pés do nosso amado Mestre e suplicar que Ele nos conceda a graça de também sermos agentes de cura!

Demonstrando muita compaixão para com os enfermos, Jesus usou o Seu divino poder para curá-los! A grande maioria desses milagres foi pedagogicamente realizada diante dos Seus discípulos, os quais, em certo momento de suas vidas, foram posteriormente enviados por Jesus como Seus representantes nas terras judaicas. O comissionamento deles ocorreu com a seguinte ordem proferida por Jesus: [...] preguem [...] O Reino dos céus [...]
Curem [...] enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem [...] leprosos, expulsem [...] demônios” [Mateus 10:7-8]. Assim, o comissionamento dos discípulos requeria que eles atuassem como agentes da cura! Portanto, podemos afirmar que um dos estágios da nossa humanização é sermos transformados em agentes da cura, assim como Jesus!

Do texto da Grande Comissão contida em Marcos 16:15-18, podemos extrair as seguintes palavras proferidas por Jesus: [...] se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” [Marcos 16:18]. Estas palavras descrevem a nossa atuação como agentes de cura. E nunca é demais lembrar que a cura é uma demonstração de sinais e prodígios. De acordo com as Escrituras, uma das promessas que acompanham a prática da vida cristã é a ocorrência de sinais e prodígios. À luz das Escrituras podemos extrair três importantes revelações acerca da existência de sinais e prodígios na vida cristã:

 

Ø Deus usa os milagres e prodígios para confirmar a Palavra que anunciamos, conforme podemos ver em Marcos 16:20, de onde extraímos as seguintes palavras: “E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam”.

 

Ø A realização de sinais e prodígios prepara o terreno para um milagre ainda maior. Constatamos isso no texto de Salmos 105:26, 27 e 37, que nos dizem o seguinte: “E lhes enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera, por meio dos quais fez, entre eles, os seus sinais e maravilhas na terra de Cam [...] Então, fez sair o seu povo, com prata e ouro, e entre as suas tribos não havia um só inválido”. Nos versículos 26 e 27, podemos constatar que Deus, por intermédio de Moisés, trouxe para o Egito 10 pragas, as quais foram chamadas de sinais e maravilhas. Contudo, o versículo 37 menciona que, após estes sinais e maravilhas, o povo de Deus saiu do Egito, tornando-se um povo livre. Assim sendo, os sinais e prodígios preparam o terreno para um milagre ainda maior! Quando o povo de Deus atua como agente da cura, o terreno estará sendo preparado para a realização de um grandioso milagre: a salvação daqueles que estavam perdidos!

 

Como foi dito anteriormente, Durante Sua vida terrena, Jesus atuou como um agente da cura. Muitos creram em Nele como consequência dos milagres que Ele realizou! E na condição de discípulos de Jesus Cristo, é nosso dever seguirmos os Seus passos e, por Seu poder e graça, agirmos neste mundo como agentes de cura!

A. M. Cunha


domingo, 26 de março de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 15

Cristo, como um agente da Palavra, leu, memorizou e proclamou a Palavra


Jesus Cristo foi um exemplo vivo de alguém que priorizou a Palavra de Deus! Um olhar um pouco mais atento para o ministério de Jesus permitirá a identificação de, pelo menos, três importantes fatos que evidenciam o valor que Ele atribuía à Palavra de Deus.

Ø  JESUS LIA A PALAVRA DE DEUS: Ele habitualmente frequentava as Sinagogas, onde costumava ler as Escrituras. O texto de Lucas 4:16, afirma o seguinte: “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler”. De acordo com esta porção, Jesus lia habitualmente a Palavra de Deus. É quase certo que aquilo que praticamos com habitualidade seja exatamente aquilo que consideramos uma prioridade em nossas vidas! A leitura das Escrituras era, sem dúvida, uma prioridade para Jesus!

 

Ø  JESUS MEMORIZAVA A PALAVRA DE DEUS: Logo após ter sido batizado, Jesus enfrentou a tentação no deserto e saiu vitorioso ao fazer uso da Palavra de Deus. De acordo com o relato de Mateus 4:1-11, durante a tentação no deserto, Jesus, por três vezes, respondeu ao tentador com a frase “Está escrito”, seguida de uma citação bíblica adequada a cada situação. Não há registro bíblico de que Jesus estivesse portando, naquele momento, algum dos rolos da Torá, para consultá-la enquanto respondia ao tentador. Tal relato bíblico, por si só, já é uma demonstração de que Jesus havia memorizado aquelas porções das Sagradas Escrituras! A memorização das Escrituras era, sem dúvida, uma prioridade para Jesus!

 

Ø  JESUS PROMOVIA AJUSTES EM SUA VIDA PARA CUMPRIR AS ESCRITURAS: Ele viveu de acordo com os ensinamentos da Palavra de Deus. O texto de Mateus 4:12-14 é uma viva demonstração de que Ele promovia ajustes em Sua vida para adequá-la ao conteúdo da Palavra de Deus. Eis o teor das Escrituras quanto a este ponto: “Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galiléia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías”. Promover ajustes na vida para adequá-la às Escrituras era, sem dúvida, uma prioridade para Jesus!

Ao ler e memorizar as Escrituras, e consequentemente, fazer os ajustes necessários em nossa vida, nós nos tornamos, assim como Cristo, agentes da Palavra de Deus! Priorizar a Palavra de Deus é, sem dúvida, uma das mais importantes escolhas que podemos fazer em nossa caminhada espiritual!

A. M. Cunha


domingo, 12 de março de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 14

Jesus, em Seu viver, foi um agente da Palavra

Já temos estudado que a humanização na vida de Cristo, com relação às necessidades humanas, seguiu três passos: A visão da necessidade, a convicção da necessidade e o suprimento da necessidade. Igualmente vimos que o suprimento da necessidade somente foi possível porque Cristo nasceu, cresceu, viveu e morreu. Desta forma, Cristo humanizou-se, sendo um promotor da vida. Em Seu viver, Ele promoveu a vida como um agente da adoração, da oração, da palavra, da comunhão, da salvação e da cura. Tudo porque Ele sabia que estes elementos – adoração, oração, palavra, comunhão, salvação e cura – eram indispensáveis elementos para o satisfação da necessidade do homem, qual seja, ter restaurada sua comunhão com Deus!

As Escrituras demonstram que Jesus foi um agente da Palavra. O grande objetivo destas lições acerca da Palavra de Deus e acerca de Jesus como agente da Palavra é demonstrar que Deus deseja que os cristãos não apenas leiam a Sua Palavra, mas igualmente sejam ávidos estudantes das Escrituras.

A partir da vida de Jesus Cristo, podemos, não somente constatar que Ele viveu à luz da Palavra de Deus, como também apontou o caminho para que nós, igualmente, pudéssemos viver à luz dos gloriosos ensinamentos das Escrituras! Eis que surge diante de nós o seguinte questionamento: Qual a importância da Bíblia na vida do cristão? Esta pergunta possui algumas importantes respostas, entre as quais destacamos as seguintes: 

Ø  A PALAVRA DE DEUS É UM INSTRUMENTO DE LIMPEZA: Encontramos no texto de João 15:3 o seguinte ensinamento proferido por Jesus: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”. De acordo com Jesus, a Palavra provoca uma limpeza especial na vida dos discípulos de Cristo;

 

Ø  A PALAVRA É UM INSTRUMENTO DE CURA: Observe cuidadosamente o texto do Salmos 107:20, que nos diz o seguinte: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal.”. Este texto revela a Palavra de Deus como um poderoso instrumento de cura. Dessa forma, quando você estiver precisando de cura procure estar mais próximo da Palavra de Deus – Você será curado por Ela;


Ø  A PALAVRA É UM INSTRUMENTO DE CRIAÇÃO: “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” Este é o conteúdo do texto de Hebreus 11:3, que, por sinal, é muito enfático quando afirma que o universo foi criado pela Palavra de Deus! A Palavra de Deus é, portanto, um instrumento de criação. Todos nós precisamos ver o surgimento de uma nova criação dentro de nós mesmos! Se olharmos cuidadosamente para dentro de nós, identificaremos muitos aspectos que necessitam de uma nova criação. O poder de criação das Escrituras será manifestado em nossa vida sempre que estivermos próximos da Palavra de Deus;

 

Ø  A PALAVRA É A ESPADA DO ESPÍRITO: O texto de Efésios 6:17 afirma que “a espada do Espírito [...] é a palavra de Deus”. O Espírito Santo lida conosco fazendo uso de uma poderosa arma: Esta arma é a Palavra de Deus! O Espírito Santo, então, usa a Palavra de Deus para derrotar os nossos inimigos, a saber: o mundo, a carne, o diabo e, pasmem, nós mesmos! Muitas das adversidades que enfrentamos têm origem em nós mesmos!


Ø  A PALAVRA É O NOME DE CRISTO: A Bíblia Sagrada apresenta uma importante revelação acerca do nome de Jesus. Nós O conhecemos por vários nomes, tais como, Leão da tribo de Judá; Alga e Ômega; o caminho, a verdade e a vida; Água da Vida; Bom pastor, entre outros nomes. No entanto, o texto de Apocalipse 19:13 apresenta algo interessante acerca de como Jesus é conhecido: “o seu nome é Palavra de Deus”. Assim, ter um melhor relacionamento com a Palavra de Deus implicará, necessariamente, em estreitarmos o nosso relacionamento com Jesus Cristo!

A Palavra de Deus é, sem dúvida, um poderoso instrumento para o aprimoramento de nossa vida espiritual: Quanto mais a conhecemos, maior será o nosso aperfeiçoamento. Contudo, muito mais do apenas realizar Sua leitura, devemos estudá-La diligentemente!

A. M. Cunha


domingo, 5 de março de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 13

Oração – Uma importante ferramenta para a vida cristã

 

A vida de Nosso Senhor Jesus Cristo estava profundamente ligada à prática da oração. No que se refere à oração particular, Ele orava antes, durante e depois da realização de determinadas tarefas. Quanto à oração corporativa, o Senhor Jesus gostava de estar nas sinagogas e ao lado dos Seus discípulos praticando a oração corporativa. Ele não somente praticava a oração, mas ensinava os Seus discípulos os pontos elementares de uma vida de oração.

 

DESFRUTANDO DEUS E O SEU PODER

 

Toda a revelação bíblica demonstra dois importantes aspectos acerca do nosso Deus: O que Ele é e o que Ele faz.

 

Nesse sentido, a oração é uma poderosa ferramenta que nos permite desfrutar o que Deus é e o que Ele faz. Por intermédio dela podemos ter comunhão com Deus, adorá-lO, louvá-lO, contemplá-lO, exaltá-lO, ou seja, podemos desfrutar daquilo que Ele é. Igualmente, por intermédio da oração, podemos desfrutar do poder de Deus, ou seja, de tudo aquilo que Ele faz! Isto ocorre porque, quando oramos as janelas do poder de Deus são abertas para nós. Por isso, podemos experimentar a cura, a libertação, o livramento, as bênçãos de Deus e as Suas promessas!

Outro importante aspecto acerca da oração é digno de nota. Além de podermos desfrutar, pessoalmente, daquilo que Deus é e daquilo que Ele faz, por intermédio da nossa vida de oração, outras pessoas também podem ter o mesmo desfrute que nós temos: Conhecer o que Deus é e o que Ele faz! Assim, quando oramos, por exemplo, pela conversão de uma pessoa, por exemplo, estamos proporcionando meios para que esta pessoa desfrute daquilo que Deus é; quando oramos pela cura de alguém, estamos proporcionando meios para que esta pessoa desfrute daquilo que Deus faz!

 

ALGUNS REQUISITOS PARA O DESFRUTE DO PODER DE DEUS

Uma das grandes marcas do ministério de Jesus reside no fato de que Ele desfrutou do poder do Pai Celestial em sua vida. Isso tornou-se possível porque Jesus viveu em constante estado de oração. Portanto, a oração é um importante requisito para que possamos desfrutar do poder de Deus em nossas vidas! Vejamos agora outros importantes requisitos para uma vida de oração bem-sucedida, à luz das Escrituras:

 

·     ORAR DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS: Estar em harmonia com a vontade de Deus é um elemento importante para possamos, pela oração, desfrutar do poder de Deus em nossas vidas. De acordo com o texto de Tiago 4:3, não podemos pedir mal, ou seja, com o propósito de esbanjarmos em nossos prazeres. O texto de I João 5:14 revela que o desfrute do poder de Deus está condicionado a pedirmos segundo a vontade de Deus.

 

·     CONFESSAR OS PECADOS: O Salmo 66:18 afirma o seguinte: “Se eu não tivesse confessado o pecado em meu coração, o Senhor não teria ouvido”. Portanto, o pecado não confessado é um sério obstáculo para as nossas orações.

 

·     É PRECISO CRER: Se quisermos desfrutar do poder de Deus em nossas vidas, devemos crer em Deus. Jesus afirmou, de acordo com Marcos 9:23, que “Tudo é possível para aquele que crê”. Conforme Hebreus 11:6, “Quem deseja se aproximar de Deus deve crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam”.

 

·     SER PERSEVERANTE: Nossas orações exigem que sejamos perseverantes. De acordo com Lucas 18:1, nós devemos “orar sempre e nunca esmorecer”.

 

A oração é uma importante ferramenta para a vida cristã, portanto, ao praticá-la, devemos orar conforme a vontade de Deus, confessar os nossos pecados, crer em Deus e ser perseverantes em sua prática.

A. M. Cunha


terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÁ - EPISÓDIO 12

O viver de Cristo – Um agente da oração

 

A ORAÇÃO FOI UMA PRÁTICA NA VIDA DE CRISTO

Jesus praticou a oração durante a Sua vida. Ele não ficou na arquibancada na vida, como um mero espectador da oração. Sua vida, contudo, foi marcada por uma destemida decisão: ser um praticante da oração e não apenas um espectador. Durante o Seu ministério terreno, a vida de Cristo foi caracterizada por dois importantes aspectos da oração: A oração particular e a oração corporativa. Vejamos brevemente cada um destes aspectos da vida de Cristo:

 

Ü ORAÇÃO PARTICULAR: Jesus vivenciou uma intensa prática de oração particular. Ele sempre escolhia um lugar para orar e estar em comunhão com Seu Pai celestial! Ele orava antes de realizar uma tarefa muito especial – De acordo com Lucas 6:12 Jesus orou antes de escolher os Seus apóstolos. Ele orava durante certos momentos em Sua vida – Conforme João 11:41-42, Jesus orou durante o processo da ressurreição de Lázaro. E por fim, Jesus orava depois de realizar algumas tarefas – De acordo com o texto de Mateus 14:20-23, após a multiplicação de cinco pães e dois peixes, Jesus subiu ao monte a fim de orar sozinho. Em todas estas passagens vemos o aspecto da oração particular na vida de Jesus. Finalmente, devemos citar que Jesus ensinou os Seus discípulos a terem um momento particular de oração – O texto de Mateus 6:6 anuncia que “[...] quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai [...]”.

 

Ü ORAÇÃO CORPORATIVA: Jesus praticava a oração corporativa. Percebemos isso, quando observamos que, de acordo com Lucas 4:16, Jesus possuía o costume de estar presente nas Sinagogas, local onde as Escrituras eram lidas e ensinadas e a oração era especialmente praticada. Jesus reconheceu o Templo como um local onde o povo poderia orar livremente. Quanto a isso, o próprio Jesus afirmou “A minha casa será chamada casa de oração” [Mateus 21:13]. Certo dia os discípulos pediram que Jesus os ensinasse a orar [Lucas 11:1]. A oração ensinada por Jesus é conhecida como “Oração do Pai Nosso”. Quem sabe não seria melhor chamá-la de “a oração dos filhos”?  É possível conferir os termos desta oração em Mateus 6:9-13. Uma cuidadosa leitura dos termos desta oração permite que constatemos quão comunitária é esta oração. Expressões como “nós, nos, nosso e nossas” aparecem com abundância – Isto revela que esta é uma oração corporativa!

 

Além destes dois importantes aspectos, podemos perceber que Jesus tinha um alvo bem definido quanto à oração, fosse ela particular ou corporativa. Na verdade, o alvo vislumbrado por Jesus era duplo: PRATICAR E ENSINAR.

 

A PRÁTICA DA ORAÇÃO:

Jesus praticava a oração particular, pois entendia quão importante era a sua prática para o Seu fortalecimento pessoal e para o cumprimento de Sua missão neste mundo, que era satisfazer a necessidade do homem. Por outro lado, Jesus praticava a oração corporativa, pois entendia que por meio dela as pessoas que estavam ao Seu redor, orando juntamente com Ele, seriam fortalecidas, edificadas, confortadas e consoladas.

 

O ENSINO DA ORAÇÃO:

Quando Jesus ensinava Seus discípulos a orar, Ele não apenas demonstrava a importância deste recurso espiritual para as suas vidas, mas Ele fornecia os meios pelos quais eles poderiam praticar a oração.

Cristo é o nosso modelo, portanto, devemos seguir o Seu exemplo. Deste modo, devemos praticar a oração particular e corporativa e devemos ensinar os discípulos do Senhor a fazerem o mesmo. A oração era parte integrante da vida de Cristo. Portanto, a oração também deve integrar a nossa vida, pois em nossa viver diário nós devemos seguir os passos de Jesus!

A. M. Cunha


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 11

O viver de Cristo – Cristo, um agente da adoração

POR ONDE ANDAVA, CRISTO PROMOVIA A ADORAÇÃO

Cristo jamais esteve na arquibancada da vida, Sua missão lhe concedia a dádiva de estar no palco da vida, promovendo-a por onde passava! O ritmo da Sua vida, sem dúvida, estava fortemente marcado por Sua missão, pois o Seu desejo era satisfazer a necessidade da humanidade, de tal forma que o homem pudesse ver restabelecida a sua comunhão com Deus! Uma das mais fortes expressões do estilo de vida de Cristo quando esteve entre nós, foi a PROMOÇÃO DA ADORAÇÃO. Por onde passava, Cristo fazia com que a adoração encontrasse um ambiente propício para ser praticada. Vejamos algumas passagens bíblicas que expressam essa realidade:

 

·        Quando nasceu, Jesus foi adorado pelos pastores que O viram ainda deitado na manjedoura. O texto de Lucas 2:20 afirma o seguinte: “Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado”.

·        Quando ainda era uma criança, com aproximadamente 2 anos de idade, Jesus promoveu a adoração na vida dos magos que vieram do oriente para vê-Lo – Mateus 2:11 afirma o seguinte sobre os magos do oriente: “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram;”.

·        Certa ocasião Jesus curou um paralítico em Cafarnaum. Uma das consequências foi a adoração a Deus por parte das pessoas que haviam presenciado aquele milagre – O texto de Marcos 2:12 afirma o seguinte: “Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!”.

·        Quando Jesus ressuscitou o filho de uma viúva, na cidade de Naim, a adoração a Deus foi promovida naquela cidade – Lucas 7:16 descreve que “Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: Grande profeta se levantou entre nós;”.

·        Quando andou sobre as ondas do mar e acalmou a tempestade, Jesus proporcionou a adoração na vida dos Seus discípulos – O texto de Mateus 14:33 aborda o seguinte: “E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!”.

·        Quando Jesus ressuscitou de entre os mortos, algumas pessoas o adoraram – Mateus 28:9 diz o seguinte: “E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram.”. No mesmo sentido, o texto de Mateus 28:17, apresenta a seguinte narração: “E, quando o viram, o adoraram;”.

·        Além de todas essas referências, não podemos esquecer que Jesus ensinou a maneira correta de adorar – “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” João 4:23-24.

 

A PROMOÇÃO DÁ ADORAÇÃO DEPENDE DO MODO COMO VIVEMOS

O texto de Mateus 5:16 é significativo quanto ao modo como devemos viver. Esse texto diz o seguinte: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”. Este é o modo de viver que promove a adoração! São as nossas atitudes, as nossas ações, as nossas obras e o resplandecer de nossa luz que promoverá a adoração a Deus.

Já ouvimos que nossa humanização, assim como a humanização de Jesus, deve compreender algumas etapas: nascer, crescer, viver e morrer. Em todas estas etapas, Cristo é o nosso modelo! Viver é promover a vida, é deixar de ser mero expectador e passar a ser um promotor da vida! Quando promovemos a vida, a nossa luz resplandece diante dos homens e Deus é glorificado! PENSE NISSO: AS AÇÕES DE CRISTO PROMOVERAM A ADORAÇÃO. O MESMO DEVE ACONTECER COM AS NOSSAS AÇÕES! Que as pessoas que estão a nossa volta glorifiquem a Deus quando contemplarem as nossas ações!

O MODO COMO CRISTO VIVEU: Como vimos nas lições anteriores, o modo como Cristo viveu foi marcado pelo poder de Deus: O Seu nascimento, Suas obras, Sua ressurreição e o Seu ensino, tudo era marcado pelo Poder de Deus! Havia poder em cada uma das atividades realizadas por Jesus! Este modo de viver, cheio do poder de Deus foi responsável pela promoção da adoração! Busquemos, então, o poder de Deus! Busquemos uma vida cheia desse poder! Vivendo assim, as pessoas que estão ao nosso redor serão conduzidas à adoração! A nossa vida fará com que estas pessoas sintam desejo de olhar para Deus e adorá-lO.

A. M. Cunha


domingo, 12 de fevereiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 10

Viver, um aspecto relevante da humanização – O viver de Cristo

 

Como vimos, o processo de humanização de Cristo seguiu quatro etapas: nascer, crescer, viver e morrer. Nas lições anteriores comentamos resumidamente sobre as duas primeiras etapas: nascer e crescer. Chegamos a mais uma etapa: O VIVER DE CRISTO. Nessa etapa, não há espaço para sermos meros expectadores da vida. Viver significa ser um partícipe da vida, ser alguém que faz o que é necessário fazer para que a vida seja efetivamente desfrutada. Este é, portanto, um estágio muito importante! Não podemos nos esquecer de que o termo “humanização” tem sido utilizado por nós para designar um conjunto consciente de ações cujo propósito é satisfazer a necessidade da humanidade, que é ter a sua comunhão com Deus restaurada! Por isso, não podemos ser meros expectadores na vida cristã; ao contrário, devemos ser atores, pessoas que praticam o que é necessário praticar para que a vida seja desfrutada em toda a sua potencialidade.

A CONSCIÊNCIA DE VIDA EM JESUS

Quando olhamos para Jesus, percebemos que Ele tinha plena consciência de vida. O Novo Testamento começa dizendo que a vida estava nEle, conforme lemos em João 1:4. O texto de João 10:10, revela que Jesus sabia o motivo pelo qual veio ao mundo, qual seja, para que tivéssemos vida. Em João 10:11 vemos que Jesus dá a Sua vida pelas ovelhas. Um pouco mais adiante Jesus diz que Ele é a vida – João 14:6. Portanto, todos esses textos bíblicos anunciam que Jesus era a vida e, portanto, a vida estava Nele. Jesus, contudo, não sabia apenas o que Ele possuía e o que Ele era, Ele compreendia perfeitamente a Sua missão e como Ele a realizaria, ou seja, Ele desejava que nós também tivéssemos vida, bem como, Ele sabia como faria isso acontecer: Ele daria a Sua vida por nós! A essa maravilhosa percepção de Jesus acerca de Si mesmo, nós chamamos de Consciência de Vida em Jesus!

NÓS PODEMOS TER A CONSCIÊNCIA DE VIDA

Como visto acima, Jesus deu a Sua vida pelas ovelhas e Ele mesmo é a vida. Então, fica fácil percebermos que Jesus deu a Si mesmo pelas ovelhas! É por isso que o apóstolo João nos diz que aquele que tem o Filho tem a vida – I João 5:12. O apóstolo Paulo confirma esse entendimento do apóstolo João com as seguintes palavras: “para mim, o viver é Cristo,” – Filipenses 1:21.

Um dos aspectos mais importantes da humanização é a consciência de vida. Eu e você precisamos estar conscientes de que temos vida e que esta vida é Cristo. Uma vez que somos seguidores de Cristo, a consciência de vida que possuímos deve estar alinhada com a Consciência de Vida de Jesus Cristo! Tudo o que Jesus fez, Ele o fez para que nós pudéssemos ter a Vida que Ele nos estava oferecendo. Como Jesus tornou isso possível? Ele deu a Si mesmo por nós! Está mais do que na hora de deixarmos a arquibancada da vida e entrarmos no palco, para darmos a nossa contribuição no brilhante espetáculo da vida, pois a humanidade também está sedenta para receber a vida que Cristo tem a oferecer!

O modo como Jesus viveu demonstrou que Ele foi um promotor da vida! Em todos os aspectos do Seu viver, Ele jamais se esqueceu de que a Sua missão era restabelecer a comunhão do homem com Deus! Jesus viveu com profundidade Sua vida espiritual, deixando-nos um valioso exemplo de como devemos viver! Nos próximos episódios, ainda que resumidamente, abordaremos alguns dos aspectos da prática espiritual de Cristo. Veremos que Ele foi um agente da adoração, da oração, da palavra, da comunhão, da salvação e da cura.

A. M. Cunha


domingo, 5 de fevereiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 9

Servindo melhor a Deus com um crescimento espiritual equilibrado

 

A Bíblia demonstra que Jesus cresceu em graça diante de Deus – este é o crescimento a que denominamos de crescimento espiritual. Este aspecto do crescimento de Cristo revela o quanto Ele valorizava Sua comunhão com o Pai Celestial, pois Ele estava no Pai e o Pai estava nEle. Ele mesmo afirmou o seguinte: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim” [João 14:11]. Em Sua condição humana, Jesus decidiu crescer espiritual. É nosso dever tomarmos a mesma decisão!

O apóstolo Paulo, em sua Carta aos Efésios, afirmou o seguinte: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,” [Efésios 4:15]. É importante notar que, para “crescer em tudo”, será necessário seguir a verdade. Seguir é uma ação, uma atitude prática, é um agir constante. Por isso se diz “seguindo a verdade”. Assim, aqueles que são apenas expectadores na vida espiritual não alcançarão o crescimento. É preciso ser um agente, manter-se atuante, tornar-se um praticante. Jamais devemos nos esquecer que esta atitude prática é que nos fará crescer, em todas as dimensões, inclusive espiritualmente.

Ressaltamos que não existe uma regra mágica para que alcancemos o crescimento espiritual. Contudo, existe um caminho a seguir. Há uma jornada diante de nós. Qual é este caminho? A resposta está em Mateus 6:33 – BUSCAR O REINO DE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR. É importante perceber que a busca do Reino de Deus implica fazer a Sua vontade. Portanto, fazer a vontade de Deus assume um papel fundamental para o nosso crescimento espiritual. Sabendo que Cristo é o nosso modelo, devemos saber como Ele lidou com a vontade de Deus, se quisermos experimentar um constante crescimento espiritual. Vejamos três momentos significativos nos quais Jesus lidou com a vontade de Deus:

·        Aos doze anos de idade, Jesus já sabia o Seu lugar e quem era o Seu verdadeiro Pai. Observemos o que Ele disse aos Seus pais terrenos quando O estavam procurando em Jerusalém: “Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” [Lucas 2:49]. De acordo com este texto, podemos compreender que Jesus estava consciente de que Sua vida seria governada pela Vontade do Pai Celestial. Pense nisso: Uma vida governada pela vontade do Pai Celestial – não deixe que estas palavras escapem de seu coração;

 

·        Com aproximadamente trinta anos de idade, Jesus continuava com o mesmo objetivo: Ser governado pela vontade do Pai Celestial. Jesus disse certa vez: “não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou.” [João 5:30]. Noutra ocasião, Ele falou: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” [João 6:38]. Portanto, podemos afirmar: Jesus continuava tendo Sua vida governada pela vontade do Pai! O Reino do Pai era uma prioridade para Ele;

 

·        Quando Jesus enfrentou um momento de extrema aflição em Sua vida – a angústia do Getsêmani, Ele não mudou o Seu comportamento para com a da vontade de Deus, pelo contrário, Ele decidiu continuar submisso a ela. Nessa ocasião, enquanto estava orando ao Pai Celestial, Ele disse o seguinte ao Seu Bondoso Pai: “não se faça a minha vontade, e sim a tua.” [Lucas 22:42].

 

A forma como Jesus se comportou para com a vontade do Pai Celestial, foi decisiva para o Seu crescimento espiritual! Ele buscou em primeiro lugar o Reino de Deus quando decidiu viver segundo a vontade do Pai.

Esta é a jornada que temos diante de nós: Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus! Isto não é uma regra mágica! Isto é uma decisão fundamental! Quando tomamos tal decisão, com um coração disposto a continuar firme, mesmo diante das mais difíceis circunstâncias, experimentaremos um constante e duradouro crescimento espiritual!

Gostaria de incentivá-lo a se lembrar que tudo o que estamos vendo nesta série de lições, têm como tema central o que nós chamamos de a humanização de Cristo. Já abordamos o fato de que, para que essa humanização se completasse, Jesus precisou nascer, crescer, viver e morrer. Até o presente momento, nós já estudamos o nascimento e o crescimento. Quanto ao crescimento, abordamos que as Escrituras apontam que Jesus cresceu em quatro dimensões: física, intelectual, social e espiritual. A partir da próxima lição, os nossos olhos estarão voltados para o modo como Jesus viveu. O modo como Jesus viveu deve ser o modelo para o nosso viver. Sem esse viver nossa humanização jamais suprirá a necessidade dos homens.

A. M. Cunha


domingo, 29 de janeiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 8

Servindo melhor a Deus com um crescimento social equilibrado

 

Quando esteve fisicamente entre nós, Jesus experimentou um maravilhoso e exemplar crescimento em quatro dimensões: Dimensão física, dimensão intelectual, dimensão social e dimensão espiritual!

A obra de Cristo proporcionaria a restauração da comunhão do homem com Deus e do homem com o seu semelhante! Portanto, numa certa medida, podemos perceber que a obra de Cristo foi eminentemente relacional.

Jesus havia proferido as seguintes palavras: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” [Mateus 22:37-39]. A natural consequência do amor é a construção e a manutenção de relacionamentos. É importante observar que Jesus não apenas falava de amor, Ele construía e mantinha os relacionamentos que naturalmente decorriam do amor.

Jesus vivenciou significativos relacionamentos com Deus [“Amarás o Senhor, teu Deus”] e com o próximo [“Amarás o teu próximo”].

Ele possuía um profundo relacionamento com o Pai Celestial: Jesus procurava estar em comunhão com o Pai, por meio da oração, e, em tudo o que Ele fazia e falava, Ele desejava honrar o Pai Celestial.

Além deste importantíssimo relacionamento com o Pai Celestial, Jesus também experimentou relacionamentos com as pessoas, e isto, por si só, já era uma forte evidência de que Ele experimentou um equilibrado crescimento social! Nestes relacionamentos com o próximo, Jesus era intencional e profundamente altruísta, pois Ele não construía relacionamentos com o propósito de receber algo em troca, porém, o Seu propósito era dar-se a Si mesmo ao próximo, objetivando tornar a vida do outro uma vida melhor!

O relacionamento de Jesus com as pessoas possuía duas importantes vertentes: instrução e transformação. A instrução decorria do intencional ensino que ele proporcionava quando estava vivenciado os Seus relacionamentos com o próximo. A transformação, por seu turno, era consequência dos milagres que Ele realizava em favor das pessoas!

Jesus, portanto, em Seu crescimento social, tocava a vida das pessoas fornecendo-lhes instrução e transformação! Ele foi intencionalmente estratégico em Seu crescimento social em relação aos Seus discípulos, pois, quando os escolheu, Jesus conviveu com eles algum tempo, preparando-os para que eles também construíssem relacionamentos com outras pessoas, sendo, desta forma Seus representantes nesta terra!

Noutras palavras, os discípulos de Jesus também devem ter um equilibrado crescimento social! E, igualmente como se deu com Jesus, o crescimento social dos discípulos de Cristo também deve possuir duas vertentes: instrução e transformação!

A. M. Cunha


domingo, 22 de janeiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 7

Servindo melhor a Deus com um crescimento intelectual equilibrado

O crescimento de Jesus foi algo muito significativo na narrativa bíblica. Como já falamos, a Bíblia esclarece que Ele cresceu em quatro dimensões: Dimensão física, dimensão intelectual, dimensão social e dimensão espiritual! Isso significa que Jesus cresceu na integralidade do Seu ser. Não podemos nos esquecer que a missão Dele era satisfazer a necessidade do homem, que, como já destacamos, foi a de restaurar a comunhão dos homens com Deus. Sua humanização tinha este objetivo, e para alcançá-lo, Ele precisava crescer em todas as dimensões do Seu ser. Tudo o que Cristo fez tinha este glorioso objetivo!

ALGUMAS ORIENTAÇÕES ACERCA DO CRESCIMENTO INTELECTUAL

I – O CRESCIMENTO INTELECTUAL É ALGO QUE DEVE SER BUSCADO: O texto de Provérbios 3:13 diz que o homem que acha sabedoria e adquire conhecimento é feliz! A Bíblia afirma que aquele que busca, encontra – Mateus 7:7. Eis a razão por que afirmamos que o crescimento intelectual deve ser buscado, pois não é algo que adquirimos sem esforço ou busca de nossa parte. É importante que tenhamos alguns hábitos de busca pelo crescimento intelectual, tais como: Leitura sadia; praticar a concentração e a reflexão; forçar a mente com atividades de crescimento intelectual, levar os estudos a sério, participar de diálogos construtivos, entre outras atividades dessa natureza.

Quando olhamos a vida de Jesus, podemos perceber que Ele buscou o crescimento intelectual. Por exemplo, de acordo com Lucas 2:46, em certa ocasião, Ele esteve assentado no meio dos doutores, no templo de Jerusalém, ouvindo-os e interrogando-os. Essa narrativa bíblica fica mais extraordinária quando descobrimos que Jesus, nessa ocasião, estava com apenas 12 anos de idade, conforme Lucas 2:42. Outra ocasião que revela a busca de Jesus pelo crescimento intelectual foi a tentação no deserto. De acordo com Lucas 4:1-13, Jesus enfrentou a tentação citando vários textos bíblicos que haviam sido memorizados por Ele. Se Ele possuía aqueles textos bíblicos memorizados, isto significava que Ele havia desenvolvido o hábito de ler e estudar as Escrituras. A revelação bíblica é, portanto, muito esclarecedora: Jesus havia buscado o conhecimento que Ele manifestava no seu dia a dia. Ele é o nosso exemplo, portanto, devemos segui-lo!

II – NÃO PODEMOS NOS APOIAR EM NOSSA PRÓPRIA INTELIGÊNCIA: Jamais podemos nos esquecer que o crescimento intelectual de Jesus tinha o objetivo de satisfazer a necessidade do homem. Jesus, portanto, não buscava satisfazer a Si mesmo. É importante que chamemos a atenção para a seguinte realidade: Um dos maiores obstáculos para a construção do crescimento intelectual é o preconceito. Que preconceito é este? Muitos acham que o conhecimento intelectual está em oposição a uma vida espiritual de qualidade! Esse preconceito existe porque muitas pessoas que adquiriram o conhecimento intelectual, lamentavelmente tornaram-se arrogantes e orgulhosas, e muitas vezes, afastaram-se de Deus! Mas com Cristo não foi assim, Ele teve um intenso crescimento intelectual e, ao mesmo tempo, continuou mantendo uma comunhão intensa, profunda e insubstituível com o Pai Celestial. Jesus não se tornou arrogante nem orgulhoso. É perfeitamente possível experimentar um crescimento intelectual equilibrado, sem que nos tornemos orgulhosos ou arrogantes. Busquemos, pois o crescimento intelectual!

III – O CRESCIMENTO INTELECTUAL DEVE SER USADO PARA EDIFICAÇÃO DAS PESSOAS: Cristo cresceu intelectualmente e usou o Seu crescimento para trazer edificação para as pessoas! Ele jamais ofendia as pessoas com seu elevado conhecimento. Em tudo Ele buscava edificar e ajudar as pessoas. Devemos fazer o mesmo! Nós nascemos com uma missão: Satisfazer a necessidade da humanidade, para promover a restauração da sua comunhão com Deus! Por isso, ao crescermos intelectualmente devemos ter este objetivo em mente. Muitas vezes os homens usam o seu conhecimento para a destruição: Eles constroem bombas, armas, fabricam doenças biológicas, entre tantas outras coisas terríveis. Mas nós, que somos filhos da luz, devemos usar o nosso conhecimento para a edificação daqueles que estão a nossa volta. Cresçamos em tudo, inclusive intelectualmente, com a finalidade de servir melhor a Deus e ao próximo!

A. M. Cunha


domingo, 15 de janeiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 6

Servindo melhor a Deus com um crescimento físico equilibrado

 

O texto de Lucas 2:52, como já foi visto ao longo desta série, demonstra que Jesus cresceu em quatro dimensões, a saber: Dimensão física, dimensão intelectual, dimensão social e dimensão espiritual! O nosso Senhor Jesus Cristo cresceu na dimensão física. Existe um questionamento que precisamos responder: Por que Cristo precisava crescer fisicamente? Uma das possíveis respostas é a seguinte: Ele precisaria de um corpo fisicamente resistente e saudável para servir melhor a Deus!

A narrativa bíblica evidencia que Cristo possuía uma incrível resistência física. Podemos confirmar isso considerando a forma como Jesus conseguia suportar as longas horas de exposição ao sol para ensinar os seus seguidores, bem como, observando como Ele suportou o sofrimento decorrente das torturas a que foi submetido, desde sua condenação até o momento da Sua morte. Concluímos, portanto, que quanto melhor estivesse a saúdo do corpo físico de Jesus, mais intenso seria o serviço que Ele prestaria ao Pai Celestial!

Tal como nosso Senhor Jesus, nós também devemos ter um corpo fisicamente resistente e saudável para que possamos servir melhor a Deus. Por isso, é necessário que cuidemos adequadamente do nosso corpo. Paulo nos diz que “tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens. [...] A Cristo, o Senhor, é que estais servindo;”Colossenses 3:23-24.

 

GOSTARIA DE CONVIDAR VOCÊ A REFLETIR UM POUCO NOS SEGUINTES QUESTIONAMENTOS:

(Tudo isso é uma forma que o ajudará a cuidar melhor de seu corpo)

 

1)      Como está o seu repouso noturno? Sabemos o que acontece quando não desfrutamos de uma boa noite de sono: sentimo-nos mais estressados, emocionalmente exaustos e mais irritados do que o normal. Quando dormimos, ocasião em que não realizamos nenhum trabalho consciente, Deus miraculosamente recompõe as nossas energias, restaura o vigor das nossas células e promove uma verdadeira renovação cerebral. O sono é, sem dúvida, uma dádiva de Deus! Nossa melhor resposta para esta dádiva divina não poderia ser outra, a saber, organizarmos nossa agenda diária e as nossas prioridades para que tenhamos uma boa noite de sono!

2)      Você tem praticado exercícios físicos com regularidade? Para o cristão, a prática do exercício físico não pode ter por fundamento a exclusiva obtenção de uma boa estética, como tem sido pregado nesta era de supervalorização do corpo. A prática de exercícios físicos é uma atitude importantíssima para termos uma saúde equilibrada, e, por consequência, obteremos uma melhor qualidade de vida para servirmos a Deus com excelência!

3)      Você pratica a reeducação alimentar? Quando abordamos a necessidade de uma reeducação alimentar, partimos do pressuposto de que a nossa alimentação merece reparos. Tal afirmação está absolutamente correta. É por isso que precisamos eliminar hábitos alimentares que sejam nocivos para a saúde, substituindo-os por novos hábitos que estejam voltados para uma alimentação mais saudável.

4)      Você tem dedicado algum tempo para a prática de atividades que o ajudem a reduzir o stress do dia a dia? Sua qualidade de vida será muito melhor se você começar a viver assim. Algo que poderá ajudar muito é desenvolver o hábito de enxergar as coisas belas que existem na vida, mesmo que estejamos enfrentando situações problemáticas que nos causam angústia? Quando estamos focados apenas nos problemas, contribuímos para que estes mesmos problemas pareçam mais pesadas do que realmente são. Contudo, quando buscamos olhar para as coisas belas que a vida oferece, adquirimos mais força para enfrentarmos os problemas e isso contribui para a diminuição do stress em nossa vida.

Todas estas condutas poderão ajudar você a manter a saúde de seu corpo físico. Acredite, sua saúde melhorará muito se você praticar estas condutas! Assim, você proporcionará as condições adequadas para servir melhor a Deus com o seu corpo físico! Tudo isso será muito útil para nós, pois, como nos diz o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 6:19, o nosso corpo é santuário do Espírito Santo!

A. M. Cunha


domingo, 8 de janeiro de 2023

ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA CRISTÃ - EPISÓDIO 5

Quem nasceu de novo é encorajado a crescer

Nesta série de lições, quando estamos estudando os aspectos práticos da vida cristã, nós já tivemos oportunidade de perceber que, se desejamos produzir mudanças na vida das pessoas que estão ao nosso redor, será necessário sair de nosso mundo particular, com o propósito de interagir com a vida cotidiana das pessoas com as quais interagimos. Como visto, nós denominamos este conjunto de ações de humanização. Para que possamos, de fato, promover mudanças na vida dos outros, é imperioso que experimentemos mudanças em nossas próprias vidas. Como vimos, Cristo fez isso: para mudar a nossa vida Ele mudou a dEle! Em outras palavras, Ele vivenciou o que estamos denominando de humanização. O objetivo de Cristo em Sua humanização era satisfazer a necessidade da humanidade de ter restaurada a sua comunhão com Deus. Para concluir Seu processo de humanização, Cristo percorreu algumas etapas, a saber: nascer, crescer, viver e morrer.

A humanização de Cristo, como vimos, começou por Seu nascimento, e isso foi uma obra do Espírito, conforme já vimos em Mateus 1:20. Igualmente, a nossa humanização, que começa com o novo nascimento, é também uma obra do Espírito Santo, e nós já vimos isso em João 3:3-6. Portanto, é notória a importância da obra do Espírito Santo no processo de humanização, tanto a humanização de Cristo como a nossa humanização!

A segunda etapa do processo de humanização de Cristo foi o Seu crescimento. Para concluir Seu processo de humanização, além de nascer, Cristo, que havia assumido a condição humana, também experimentou o crescimento! Eis o questionamento que se põe diante de nós: Como se deu, então, o crescimento de Cristo?

O texto de Lucas 2:52 é revelador e aponta, de modo didático e resumido, como se deu o crescimento de Cristo! O citado texto das Escrituras afirma o seguinte: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. À luz desse precioso texto, Jesus cresceu em quatro dimensões: física, intelectual, social e espiritual.

A expressão: “E crescia Jesus em sabedoria”, corresponde ao crescimento intelectual; a expressão: “E crescia Jesus [...] em estatura”, corresponde ao crescimento físico; a expressão: “E crescia Jesus em [...] graça, diante de Deus”, corresponde ao crescimento espiritual e, por fim, a expressão “E crescia Jesus em [...] graça, diante [...] dos homens”, corresponde ao crescimento social.

Como já havíamos afirmado, o processo de humanização de Cristo é o paradigma para a nossa humanização. Nesse processo, Cristo, ao assumir a condição humana, precisou nascer e, como afirmamos, nós também experimentamos um nascimento espiritual, denominado de “novo nascimento”. Quando tal nascimento ocorreu conosco, nós recebemos a vida de Deus e esta vida nos impulsiona ao crescimento!

Uma vez que o texto de Lucas 2:52 demonstra que Cristo cresceu e, uma vez que Ele é o nosso paradigma, então podemos afirmar que nós somos vocacionados para o crescimento! E quanto a isto, ousamos dizer que o crescimento nos dará a estatura necessária para a complementação de nossa humanização. A vida divina que possuímos há de nos impulsionar ao crescimento!

Nos próximos episódios dessa série abordaremos as quatro dimensões do crescimento de Cristo e as implicações desse crescimento para o nosso viver diário, pois, como afirmamos, o crescimento de Cristo é o paradigma para o nosso crescimento!

A. M. Cunha