sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O APONTADOR CELESTIAL



Para ser útil e deixar um registro nas páginas brancas, o lápis precisa ser desgastado. Quanto mais desgastado for o lápis, menor será o seu tamanho e maior poderá ser a história dos seus registros. O apontador que o “mata”, ou seja, que o desgasta, é o mesmo que o torna útil e profícuo em deixar importantes registros na história. Sem a “morte” do lápis, ou seja, sem o desgaste intencional e propositado, não haveria alguma para o lápis deixar seus registros história. O apontador, que rasga a celulose e dilacera o grafite, parece ser um insensível e algoz parceiro, que faz o lápis gemer antes de tornar-se útil para fazer os seus registros.

O apóstolo Paulo, em relação aos crentes da igreja em Corinto, era como um lápis registrador. Este fato pode ser comprovado com a seguinte descrição: “Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma.” [II Coríntios 12:15]. Os crentes de Corinto, em prol dos quais Paulo experimentava o desgaste de si mesmo, eram as páginas em branco sobre as quais ele deixava o registro do evangelho. A esse respeito o texto sagrado afirma: “Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens” [II Coríntios 3:2].

Cada cristão deve ser como um lápis nas mãos de Deus que é o grande “apontador celestial”. Aceitemos o agir do divino apontador para desgastar a nossa alma, pois com isto nos tornaremos úteis para o registro do evangelho nas almas de todos os homens.
A. M. Cunha

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