segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

(40) Frutos da Palavra – Olhar unicamente para Jesus

Oração

Senhor, faz-me olhar unicamente para Ti. Não me deixe ficar iludido pela mera aparência de piedade. Faz-me respeitar o Teu falar e atentamente ouvir o que Tu tens a dizer-me. Que o Teu toque me seja próximo, e por ele, faz-me olhar unicamente para Ti.


Texto semente
“Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.”
Mateus 17:8
Comentário
O monte da transfiguração foi o local onde Jesus convidou três dos Seus discípulos: Pedro, Tiago e João. As expressões “tomou Jesus consigo”e “em particular” sugerem que aquele local havia sido escolhido para ser o ambiente onde os discípulos escolhidos experimentariam uma profunda e particular comunhão com Jesus. Eles presenciaram o fato de que o rosto de Jesus “resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.” Duas figuras singulares do Velho Testamento apareceram neste ambiente: Moisés, representante do Pentateuco, portanto, da Lei Divina e Elias, representante dos Profetas. Moisés, Elias e Jesus dialogavam. O evangelista Lucas apresenta-nos um vislumbre daquele diálogo ao assinalar que “Eles falavam com Jesus a respeito da morte que, de acordo com a vontade de Deus, ele ia sofrer em Jerusalém.”  (Lucas 9:31). Desta forma, notamos que o Pentateuco e os Profetas apontam, a um só tempo, para a morte de Jesus, anunciando-a como estando em conformidade com a vontade de Deus.
Pedro começa a falar. Aparentemente, ele interrompeu do diálogo celestial em Cristo e os representantes do Velho Testamento. Em sua fala, Pedro tem aparência de piedade ao oferecer seus esforços para edificarem três tendas: Uma para Cristo, uma para Moisés e uma para Elias.
Nenhum assunto humano, ainda que tenha aparência piedosa, pode interromper o diálogo celestial. A expressão “Falava ele ainda”juntamente com a expressão “e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.” sugere que Deus deseja restabelecer o diálogo celestial que havia sido interrompido. Os discípulos são desafiado a ouvir apenas a Jesus.
O pavor tomou conta dos discípulos ao ouvirem a voz como de muitas águas vinda da nuvem (Mateus 17:5). Os discípulos “caíram de bruços”sendo “tomados de grande medo.”. O maravilhoso Jesus, porém, não nos deixa sós: Ele se aproxima, toca-lhes com ternura e anuncia-lhe uma palavra de encorajamento: “Erguei-vos e não temais!”
Sob a influência do toque divino, os discípulos erguem seus olhar e “a ninguém viram, senão Jesus”.

A. M. Cunha


Gravura extraída de: http://www.artbible.org/pt/pintura-livro-marcos-41/3/#.VH0QkDHF8WI

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