quinta-feira, 11 de julho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO – Capítulo 14

As telas do cinema mundial fizeram ecoar, pela boca do “tio Ben”, a memorável frase dita para o seu sobrinho Peter Parker, o homem aranha: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Alguns anunciam que esta frase reverbera o pensamento do filósofo Augusto Comte, um defensor da chamada responsabilidade social, cujo cerne parece ter sido: ao detentor de alguma forma de poder impõe-se o dever de agir, não para usufruir, por si e para si, das benesses inerentes ao poder, mas para benefício da sociedade. O capítulo 14 do Evangelho Segundo João inaugura os discursos de Jesus acerca do Espírito Santo, apresentando-O como o Supremo Doador de poder para os filhos de Deus. Por que tão grande poder é dispensado para os filhos de Deus? Resposta: Porque a eles foi incumbida uma grande responsabilidade: Propagar o Evangelho do Reino de Deus a toda criatura! [Marcos 16:15]. Sob a perspectiva do Evangelho, a frase do “tio Ben” assume a seguinte configuração: “É necessário um grande poder para que uma grande responsabilidade possa ser cumprida”. O capítulo 14 do Evangelho Segundo João assim descreve o poder que o Espírito Santo dispensa aos filhos de Deus: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” [João 14:26]. A transformação da sociedade, como um dos necessários reflexos da missão primária dos discípulos de Jesus, requer que os filhos de Deus promovam um poderoso e impactante compartilhamento do Evangelho, sob a necessária, soberana e direta influência do Espírito Santo! Por quanto tempo o Espírito Santo estará com os discípulos de Jesus? O Evangelho assim responde a esta pergunta: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” [João 14:16]! O Consolador garante presença eterna na construção da biografia daqueles cujas ações, por serem espiritualmente relevantes e transformadoras, têm reflexos eternos!
A. M. Cunha

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