quarta-feira, 10 de julho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO – Capítulo 13


Três perguntas podem abrir o caminho para que uma pessoa compreenda a razão para estar vivo: De onde vim, para onde vou e qual a origem do potencial que me habilita a cumprir a minha missão? Uma honesta resposta a estas três perguntas pode revelar o “Estado de Consciência” de uma pessoa a respeito da sua missão.  O estado de consciência de Jesus era extremamente elevado. O versículo 3 do capítulo 13 do Evangelho Segundo João contem um trio de afirmações, aptas para oferecer uma singular resposta para as três perguntas acima mencionadas e, portanto, aptas para revelar o acurado estado de consciência de Jesus com respeito à sua missão para com a humanidade: “sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus” [João 13.3]. O estado de consciência de Jesus, portanto, pode ser assim delineado:

[1] Ele estava plenamente consciente de Sua origem divina, por isso o texto bíblico afirma: “sabendo este [...] que ele viera de Deus”;

[2] Ele estava plenamente consciente de que o cumprimento de Sua missão terrena estava próximo, por isso se diz: “sabendo este que [...] voltava para Deus”; e

[3] Ele estava plenamente consciente de que possuía autoridade para realizar a Sua missão terrena e que esta autoridade estava pautada no supremo poder que recebera do Pai, de modo que a fonte deste poder era absolutamente divina, por isso se diz: “sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos”.

Num ato de extrema humildade, Jesus, na mais acurada expressão do Seu estado de consciência, “levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido” [João 13.4-5]. A prática de atos de humildade não desqualifica aquele que está consciente de sua missão, ao contrário, expressa sua habilidade para despertar outros para viverem sob o mesmo senso de missão! O céu não era nem o destino final nem a origem de Cristo, mas Cristo é a gênese primária do céu! As realidades do céu, porém, claramente pautaram todos os atos de Cristo nesta terra, por meio dos quais Ele cumpriria a Sua missão terrena para com a humanidade.
A. M. Cunha

Nenhum comentário: