domingo, 23 de setembro de 2018

JESUS É O DÍNAMO QUE CONFERE EFICÁCIA À INTERCESSÃO

O início da primeira carta do Paulo aos tessalonicenses aborda o tema das orações que o apóstolo constantemente fazia em favor deles. Observe o que o texto bíblico diz:

“[2] Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, [3] recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”
1 Tessalonicenses 1:2-3

O texto aborda o tema da oração intercessória. Nesse modo de orar, o apóstolo descreve que ele executava duas importantes práticas, as quais podem ser resumidas nos seguintes vocábulos: “Mencionar” e “Recordar”.

Acerca do primeiro vocábulo o texto diz: “mencionando-vos em nossas orações”. O vocábulo grego traduzido como mencionar, ποιεω [poieo], tem o sentido de “produzir, construir, formar, modelar, ser o autor ou a causa de algo”. Quando o apóstolo Paulo mencionava os tessalonicenses em suas orações, ele estava convicto de que o Espírito Santo, por suas orações, liberaria o Seu poder para construir algo na vida deles, tudo com o propósito de formá-los e modelá-los de acordo com a vontade de Deus para as suas vidas.

Acerca do segundo vocábulo o texto diz: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”. O vocábulo grego traduzido como recordar, μνημονευω [mnemoneuo], tem o sentido de “lembrar, trazer a mente, manter na memória, guardar na mente”. Enquanto orava pelos tessalonicenses, o apóstolo Paulo, a partir das lembranças de suas experiências pessoais com eles, buscava manter firmes as suas memórias acerca de algumas das seguintes virtudes dos tessalonicenses:

[1] A fé, que, segundo o apóstolo, era operosa, ou seja, foi uma fé efetivamente praticada no viver dos cristãos tessalonicenses. Pode-se dizer, portanto, que a fé dos tessalonicenses era capaz de produzir efetiva interferência espiritual em suas vidas e nas vidas daqueles que estavam a sua volta. Em outras palavras, a fé vivenciada pelos tessalonicenses era capaz de atrair atos sobrenaturais de Deus em todas as esferas de seus relacionamentos;

[2] O amor, que, segundo o apóstolo, era abnegado, ou seja, era capaz de impulsionar os tessalonicenses a demonstrá-lo em todas as esferas de seus relacionamentos. Era, portanto, um amor, não de palavra, mas de fato e de verdade [1 João 3:18]. Se a fé operosa atraía atos divinos e sobrenaturais nos relacionamentos, o amor abnegado evidenciava atos humanos caracterizados por afetuosas manifestações de cuidado e acolhimento em todas as esferas de seus relacionamentos; e

[3] A esperança que, segundo o apóstolo, era firme, ou seja, era perseverante, mantendo-se inabalável até mesmo quando enfrentava as mais acirradas provações e os mais intensos sofrimentos.

A conclusão do apóstolo com relação às virtudes da fé, do amor e da esperança na vida dos tessalonicenses é magnífica. Segundo o apóstolo, a fé somente poderia ser operosa, o amor abnegado e a esperança firme se tais virtudes estivessem “em nosso Senhor Jesus Cristo”. Tais virtudes não poderiam estar alicerçadas nos méritos humanos, pois o dínamo que lhes conferia poder e eficácia é o próprio Senhor Jesus Cristo!
A. M. Cunha