quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A IMPORTÂNCIA DE UM LUGAR DE ORAÇÃO


O início da igreja em Filipos foi marcado pela oração. Assim tendo sido também com relação ao início de nossa vida espiritual: A oração esteve presente. Se a oração foi importante para início de nossa vida espiritual, qual não seria, portanto, sua importância para que a nossa vida com Cristo seja relevante e continuamente inspiradora? Existe uma expressão muito importante que podemos ver quando lemos a seguinte porção da Escritura Sagrada que extraímos do livro de Atos dos Apóstolos.

“No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido. Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. (...) Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. (...) Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.”
Atos 16:13-14, 16 e 18

Esta porção das Escrituras nos apresenta um importante esclarecimento acerca do que se pode chamar de lugar de oração”. Este tema foi abordado por Nosso Senhor quando Ele proferiu o conhecido sermão da montanha [Tenho preferido chamar este sermão de “o sermão do Reino”]. Deste sermão, extraímos a seguinte orientação:

“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
Mateus 6:6

Tal orientação nos oferece uma importante visão acerca do lugar de oração, descrevendo-o como muito mais do que um ambiente. Na verdade, esta expressão compreende muito mais uma conduta cristã do que um ambiente cristão. Neste sentido, o texto que lemos no livro de Atos dos Apóstolos nos apresenta duas importantes lições acerca da necessidade de experimentarmos um lugar de oração em nossa vida cristã diária. Vejamos estas lições:

1. O lugar de oração requer de nós uma atitude: Foquemos nossa atenção nas seguintes expressões extraídas do texto de Atos 16: “saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração” (v. 13) e “indo nós para o lugar de oração” (v. 16). Estes textos apresentam uma forte ênfase na conduta na conduta de “sair” e “ir”. Em outras palavras, podemos ver aqui a presença da atitude. Sem uma firme atitude para estabelecermos o hábito de orar, não será possível construir um lugar de oração. Às vezes lutaremos contra nossa agenda particular, nosso desenfreado desejo de desfrutar descanso, nosso cansaço, nossa apatia, nossa frieza espiritual. Esta luta nada mais é do que adotar uma firme postura de estabelecer um lugar de oração.

2. O lugar de oração é um lugar que tornará possível o desfrute das seguintes experiências:

[1] Resistência espiritual: “nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador” (v. 16). Este encontro tem uma forte conotação de oposição e resistência. Assim, o estabelecimento de um lugar de oração fará com que enfrentemos resistência espiritual;

[2] Cooperação divina: “o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (v. 14). A prática de um lugar de oração fará com que tenhamos a rica oportunidade de vivenciarmos experiências com Deus. A cooperação divina é tudo o que precisamos para o desfrute de uma vida espiritual profundamente equilibrada. É confortante saber que podemos contar com o auxílio do Senhor. Tal auxílio, que é constante e efetivo, é o que denomino de “cooperação divina”.
A. M. Cunha

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