sexta-feira, 14 de março de 2014

COMPREENDENDO A GRANDE OMISSÃO

18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
Mateus 28:18 – 20

Os três versículos acima constituem o que se tem denominado de “A Grande Comissão”.
Dallas Willard aponta que a cristandade tem sido omissa na prática do discipulado, o que ele denominou de “A Grande Omissão”. De fato, nenhum dos aspectos da “Grande Comissão” pode ser omitido pelos seguidores de Jesus, a saber: 1) Ir; 2) Fazer discípulos; 3) Batizar; e 4) Ensinar a guardar tudo o que Jesus ordenou.
Dallas Willard parece ter focado seus ensinamentos no segundo aspecto da “Grande Comissão”: Fazer discípulos. Quero, porém, despertá-lo para o último aspecto: Ensinar a guardar tudo o que Jesus ordenou.
Observe que o texto não diz: “ensinar tudo o que Jesus ordenou”, mas “ensinar a guardar tudo o que Jesus ordenou”. Assim, ensinar a guardar é mais do que meramente ensinar. Significa apontar caminhos, construir pontes para que todo aquele que vem a Cristo tenha um seguro caminho para obedecer todas as coisas que o Senhor Jesus ordenou em Sua Palavra. O ensino anunciado por Jesus requer mais do que um conhecimento do conteúdo, requer o domínio dos caminhos necessários para a obediência. Assim, ensinar apenas o conteúdo das coisas que Jesus ensinou sem, contudo, ensinar como aqueles que crêm em Cristo possam obedecê-lo, é cumprir parcialmente o aspecto do ensino. Tão perigosa quanto a “Grande Omissão” anunciada por Dallas Willard, é a “Grande Omissão” de ensinar o conteúdo sem apontar os caminhos necessários para a obediência.
Não nos esqueçamos, porém, que os aspectos indicados por Jesus na “Grande Comissão” estão tão interligados que, por exemplo, se o ensino é meramente do conteúdo sem que caminhos de obediência sejam apontados, o discipulado é carente, de tal modo que não se pode garantir efetividade ao ato de “ir” e “batizar”. A “Grande Comissão” é um todo interligado que deve ser cuidadosamente observado pela cristandade, sob pena de, qualquer que seja o descuido em um dos seus aspectos, implicar na prática de uma “Grande Omissão”.
A tão “grande salvação” (conforme Hebreus 2:3) exige uma “Grande Comissão” e um sério compromisso e comprometimento da igreja para não incorrer na “Grande Omissão”.

A. M. Cunha

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