domingo, 16 de junho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO - Capítulo 7


Três festas possuíam um singular valor para o povo de Israel: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. O capítulo 7 do Evangelho Segundo João apresenta uma dessas festas, a Festa dos Tabernáculos! O evangelista João diz o seguinte: “Ora, a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava próxima.” [João 7:2]. Mais adiante, o evangelista diz: “Depois que seus irmãos tinham ido à festa, Jesus também foi, não publicamente, mas em segredo.” [João 7:10]. Agora aquela festa estava completa, pois Jesus estava presente!

A ordem acerca da celebração da Festa dos Tabernáculos está contida em Deuteronômio 16:13-15. Essa festa durava sete dias. E entre os sete dias de celebração dessa festa havia um ápice, o apogeu da sua celebração, o grande dia, que era o último dia da festa! O evangelista refere-se a este dia fazendo uso das seguintes palavras: “No último dia, o grande dia da festa [...] [João 7:37]. O grande e último dia, era, a um só tempo, majestoso, por ser grande, e saudoso, por ser o último! Sendo o último, portanto, aquele dia era, na verdade, a declaração acerca do fim daquela majestosa festa, pois a Festa dos Tabernáculos estava chegando ao fim! Isso implicava dizer que somente no próximo ano os judeus a celebrariam novamente!

Jesus, no entanto, fez uma sublime afirmação, cujo sentido apontava para uma festa que jamais se acabaria: A Festa do Espírito Santo! Jesus declarou: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.” [João 7:37-39]. A eternidade dessa fonte está claramente descrita neste Evangelho nas seguintes palavras: [...] aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” [João 4:14]. Que maravilhosa festa, inesgotável, interminável e inextinguível festa! De fato, uma festa infinita!

No último dia dessa festa singular, Jesus faz um inesquecível convite: [...] Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” [João 7:37]. Sem dúvida, trata-se de um convite feito para aqueles que têm sede! O sedento que vem a Cristo saciará a sua sede, e não apenas isso, mas do seu interior fluirão rios de água viva!

Somente em Cristo nossa festa não terá fim! Não precisaremos esperar o próximo ano para celebrá-la novamente, pois todo dia é dia de Festa! Esta é uma autêntica festa do amor. O amor de Deus pelo homem e do homem para com Deus encontram-se nessa majestosa festa! Jesus disse algo maravilhoso acerca do amor do homem para com Deus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” [João 14:21]. O Cristo da Festa dos Tabernáculos faz morada em todo aquele que O ama. É por isso que existe “uma fonte a jorrar para a vida eterna”. Eis a razão porque do seu interior fluirão rios de água viva.”. A eternidade é o fim último de todo aquele que ama a Cristo e Cristo é a fonte dos rios que emanam do seu interior!

A. M. Cunha

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