domingo, 28 de julho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO – Capítulo 18


Um jardim é comumente percebido como um lugar de flores e de perfumes agradavelmente naturais! A narrativa contida no capítulo 18 do Evangelho Segundo João tem o seu início num jardim conhecido como Getsêmani. O texto bíblico afirma que [...] Jesus [...] saiu juntamente com seus discípulos [...] para [...] onde havia um jardim; e aí entrou com eles” [João 18.1]. O texto é ironicamente trágico, pois Jesus, ao mesmo tempo em que “entrava no jardim”, estava também entrando numa atmosfera onde os odores do sofrimento e da dor seriam agressivamente suportados por Ele. E isto, era só o início das dores! O final da narrativa, porém, quando Jesus já se encontrava diante de Pilatos, revela uma das mais belas peças da teologia da redenção: a “expiação substitutiva”, ou seja, o ato pelo qual Jesus Cristo, tomando o lugar dos pecadores, morreu por eles e no lugar deles. O apóstolo Paulo aborda este evento espiritual afirmando que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões [...] Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” [2 Coríntios 5.19-21]. O capítulo 18 do Evangelho Segundo João refere-se à “expiação substitutiva”, ao registrar as seguintes palavras de Pilatos: É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?” [João 18.39]. O traço final deste desenho expiatório foi concluído com as seguintes palavras: “Então, gritaram todos, novamente: Não este, mas Barrabás! Ora, Barrabás era salteador” [João 18.40]. Barrabás tornara-se um representante de todos os homens. Ele deveria morrer, mas Cristo morreu em seu lugar, “para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” [João 2.16-17]! Todos os homens deveriam permanecer espiritualmente mortos [ou seja, permanecer eternamente separados de Deus], mas Cristo morreu em lugar deles! O Espírito Santo, pela boca do apóstolo Pedro já havia afirmado: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos” [1 Pedro 3.18]. Como é forte a expressão “Não este, mas Barrabás!” [João 18.40]! Barrabás foi libertado do cativeiro romano, mas Jesus Cristo foi momentaneamente aprisionado e definitivamente condenado à morte para, por Sua morte e ressurreição, oferecer a “verdadeira liberdade”!
A. M. Cunha

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