terça-feira, 7 de maio de 2013

Gráfico - SALMO 133:1



O anúncio da comunhão cristã é maravilhosamente proferido neste Salmo. Dizem os eruditos que este Salmo foi a forma que Davi encontrou para descrever os sentimentos do seu coração quanto recuperou o seu trono depois da rebelião de Absalão.

A interjeição inicial deste Salmo – “Oh!” – é utilizada ao longo dos outros Salmos para anunciar algo muito singular, tais como: O Senhor é bom (34:8); o Senhor é a fonte de todo restabelecimento (60:1); o Senhor é aquele com o qual desejamos ter comunhão (101:2); o Senhor é aquele que detém o poder de nos salvar (118:25) o Senhor é aquele a quem devemos tributar louvores (136:26)!

Ao utilizar a interjeição “Oh!”, o Espírito de Deus está destacando a singularidade da comunhão dos irmãos. O Divino Espírito começa destacando que esta comunhão é algo “bom”, a mesma palavra usada na obra da criação: “E viu Deus era bom”. Isto significa que, assim como a criação foi obra das mãos de Deus, a vida de união dos irmãos também é fruto da ação divina.

A comunhão não pode ser algo esporádico, ao contrário, deve ser permanente, por isso o emprego da palavra “viverem”, que no hebraico, ישׂב [yashab], transmite a ideia básica de sentar-se, como quem se assenta no aconchego do seu lar. Portanto, este vocábulo possui o sentido de permanecer, continuar e habitar.

Uma palavra muito importante neste Salmo é a palavra “irmãos”. No sentido espiritual, esta palavra expressa um extraordinário milagre: Deus enviou Seu filho ao mundo para que todos os que nEle cressem recebessem o poder de se tornarem filhos de Deus. Este vocábulo, portanto, anuncia que todos quantos são irmãos possuem um mesmo Pai celestial. Um único Pai para muitos filhos, eis o milagre da filiação divina! Estes que são irmãos podem viver unidos e isto é extraordinariamente bom e agradável!
A. M. Cunha

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