sexta-feira, 13 de março de 2015

AS DUAS DÁDIVAS DO AMOR

O apóstolo João compreendia como poucos o efeito multiplicador do amor. De acordo com este apóstolo, conhecemos o amor, não apenas quando contemplamos o “ato de amar” na vida de alguém, mas quando percebemos que este “ato de amar” desperta na vida daquele que é amado o desejo de também praticar “atos de amar”. Tal princípio pode ser visto nas seguintes palavras do apóstolo João: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. (I João 3:16).

O amor, na teologia do apóstolo João, é manifestado a partir de duas importantes dádivas promovidas por aquele que ama, a saber, 1) dar a própria vida; e 2) dar vida.

A primeira dádiva do amor impele aquele que ama a dar “a própria vida” pelo amado, ou seja, dar a si mesmo, oferecendo, voluntaria e graciosamente, toda a energia da vida em favor daquele que é amado, mediante a prática de intensos e profundos atos de bondade. Os textos a seguir expressam este importante aspecto do amor: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. (João 10:11) e “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. (João 15:13).

A segunda dádiva do amor impele aquele que ama a “dar vida ao mundo”, ou seja, dar vida àquele que não a possui. Este “dar vida ao mundo” refere-se a conceder ao mundo a aptidão para desfrutar a plenitude da vida que pertence a Deus, significando, portanto, dar a vida de outro, no caso Deus, para aquele que não a possuía. São estas as palavras do apóstolo: “Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. (João 6:33).
A. M. Cunha


Gravura extraída de http://www.semeandovida.org/2008/05/2-joao_26.html

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