segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

DEUS, CONQUANTO SEJA ÍNTIMO E PESSOAL, ESTA INTIMAMENTE COMPROMETIDO COM A COLETIVIDADE DO SEU POVO

“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens. Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite”
Salmo 90:1-4

O salmista declara: “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio” [Salmo 90:1]. Observemos o caráter corporativo desta declaração! O salmista não está a reconhecer o Senhor unicamente como seu pessoal e particular refúgio! Ao contrário, ele o faz enfaticamente conectado à coletividade do povo de Deus! Tal reconhecimento é fruto de uma cuidadosa interpretação da história do povo de Deus. O salmista, portanto, conhecendo a história dos israelitas, nela identificou muitos sinais da ação divina como refúgio para o Seu povo! Em outras palavras, Deus sempre esteve agindo no Seu povo para protegê-lo! Assim, os olhos do salmista não estão unicamente focados em sua história pessoal ou particular, mas na coletividade do povo de Deus, ou seja, estão voltados para a história dos israelitas. Por conseguinte, o salmista atua como um intérprete da história do povo de Deus, pois nela, e a partir dela, seus olhos foram capazes de contemplar os atos de misericórdia e graça que o Senhor lhes tem fielmente dispensado. Sim, conquanto Deus seja um Deus pessoal e íntimo em relação a todo aquele que nele crê, Ele jamais deixará de ser um Deus intensamente envolvido e comprometido com a coletividade daqueles que nele creem.
A. M. Cunha

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