segunda-feira, 15 de abril de 2019

O HOMEM INTERIOR E SEU PRAZER NA LEI DE DEUS

“Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;”
Romanos 7:22

Em sua Segunda Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo afirmou o seguinte: “mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia” [2 Coríntios 4:16].

De acordo com Efésios 3:16, é no homem interior que as narrativas da espiritualidade humana efetivamente acontecem. Tais narrativas, de acordo com 2 Coríntios 4:16, podem ser classificadas como “renovação espiritual”. Por outro lado, conforme 2 Coríntios 4:16, é no homem exterior que as narrativas da carnalidade humana, classificadas como “corrupção espiritual”, são manifestadas em sua maior intensidade.

O vocábulo grego ἀνακαινόω [anakainoo], traduzido como “se renova” em 2 Coríntios 4:16, significa ser mudado para um novo tipo de vida oposto ao estado corrupto anterior. Noutro giro, o vocábulo grego διαφθείρω [diaphtheiro], traduzido como “se corrompa”, assume a acepção de mudar para pior, destruir e arruinar.

O prazer na lei de Deus é uma faculdade inerente ao “homem interior”, descrito como sendo a sede onde se dão as narrativas da espiritualidade humana. Por outro lado, o texto torna implícita a realidade de que o desprazer – em outras palavras a indiferença –, para com a lei de Deus é uma lamentável narrativa de sucessivos fracassos espirituais que ocorrem por conta da carnalidade humana.

O texto de Romanos 7:22 é um sopro de esperança, cuja voz anuncia que é no homem interior que a alma humana, conduzida pelo prazer na lei de Deus, encontra o ambiente propício para experimentar, do lado de cá da eternidade, o grau máximo de sua nutrição espiritual.
A. M. Cunha

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