sábado, 6 de julho de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE JOÃO – Capítulo 12

Eu fui, por volta dos meus 20 anos de idade, locutor de rádio de um programa evangélico em Brasília, Distrito Federal. Se naquela época Luís Lombardi Neto, o mesmo Lombardi que anunciava produtos e quadros no Programa Silvio Santos, concorresse comigo, eu não teria a menor chance. Com certeza absoluta ele seria escolhido. O capítulo 12 do Evangelho Segundo João nos apresenta uma reunião singular cuidadosamente preparada para Jesus. Além de Jesus e de Judas Iscariotes, três personagens são protagonistas nesta história: Lázaro, Marta e Maria. Destes três últimos, se eu tivesse que escolher quem deveria atuar mais ativamente naquela reunião, este seria Lázaro! Pense comigo: Ele havia sido poderosamente ressuscitado há poucas horas! Quantas coisas maravilhosas ele poderia compartilhar naquela reunião? Mas o texto bíblico limita-se a dizer o seguinte: “sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.” [João 12.2]. Se eu estivesse lá, e com poder de decisão, muito provavelmente Lázaro, além de Jesus, é claro, seria a única pessoa cuja atividade seria registrada, e provavelmente, eu teria pedido que ele fizesse uma exposição sobre quais experiências ele havia desfrutado no exato momento em que foi ressuscitado por Jesus! Ele não ficaria apenas sentado. Ainda bem que eu não estava lá, do contrário, não teríamos a inspirada oportunidade de vermos o registro de duas importantes atividades que aconteceram naquela reunião! [1] A primeira delas foi o serviço de Marta. Quão importante foi esta atividade [João 12.2]!; e [2] A segunda delas foi a adoração de Maria [João 12.3] que, “tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos”! Com essa atitude, “encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo”. O fato é que, se Lázaro não se assentasse à mesa para ser servido pelas irmãs, ele jamais teria desfrutado do banquete oferecido por Marta e do perfume derramado por Maria. Sim, entre todos os nascidos de homem e mulher que estavam naquela reunião, Lázaro era o mais habilitado a oferecer um grandioso testemunho acerca de Jesus. Mas ele permaneceu assentado à mesa, e com isto, Marta e Maria foram liberadas para prestarem o seu serviço! Que o nosso viver cristão seja amorosa e intencionalmente marcado pela atitude de permitirmos que nossos irmãos prestem, nos encontros da comunidade dos discípulos de Cristo, o seu valioso e indispensável serviço cristão.
A. M. Cunha

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