sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

EU ERA UM DAQUELES TOMATES


Dia de feira é um dia cheio de desafios para mim! Quando saio para comprar legumes, verduras ou frutas, tenho que aguçar o meu senso de observação e passar a olhar cuidadosamente os pequenos detalhes. Sempre que executo estas atividades, torna-se evidente para mim quão seletivo eu sou nas minhas escolhas. Normalmente não consigo identificar quais são as melhores laranjas, se as opacas ou as lisas brilhantes! É comum não me sentir atraído pelas beterrabas amolecidas e não desejar as cenouras de aparência ruim e desagradável. Quando me aproximo da gôndola dos tomates, aí é que percebo quão seletivo eu sou. E se por acaso eu os vejo como que cheios de “tumores” ou “feridas”, como se estivessem dominados por uma aparência desagradável, quase fúnebre, concluo que aos meus olhos nenhum deles escapava, pois o meu juízo crítico é implacável!

A respeito de todos os homens, a Escritura diz, o seguinte: “Não há justo, nem um sequer” [Romanos 3:10], pois “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.[Romanos 3:12]. Concluo, portanto, que a Escritura considera todos homens, absolutamente todos, sem nenhuma exceção, como “homens tomates”!

Diante de um texto como este, eu me percebo como que estando numa gôndola de tomates. Sim, eu sou um “homem tomate”: inútil, sem justiça, absolutamente incapaz de construir minha própria salvação! Mas, pela graça, mediante a fé, fui escolhido pelo “comprador celestial”, Cristo Jesus que me amou, mesmo tendo eu sido encontrado na gôndola da maldade!

A despeito de minha natureza decadente, a escolha divina não foi despropositada. Minha escolha teve um foco celestial, tinha um propósito divino, glorioso e imaculado! O divino mestre assim o descreve: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça;” [João 15:16]. Minha escolha, portanto, tinha e tem um desígnio, um propósito, um foco imutável: Que eu vá e dê fruto que permaneça!

O “comprador celestial”, quando morreu por mim e me escolheu, amou-me com amor eterno e atraiu-me com benignidade [Jeremias 31:3]! Fico maravilhado quando me recordo que Ele fez esta escolha mesmo estando eu entre aqueles “tomates”!
A. M. Cunha

2 comentários:

Unknown disse...

Muito boa meditação !!

Unknown disse...

Excelente comparação! Glórias a Deus porque mesmo como tomates podrese contaminados fomos escolhidos e comprados a um preço imensurável! Louvado seja o nome do SENHOR JESUS!