quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O FAVOR DE DEUS


“[1] Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; [2] para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação.”

Salmo 67:1-2

O salmista clama pela graça de Deus, pela benção divina e pela iluminação celestial. É possível perceber que esta súplica refere-se a um tríplice alinhamento.

[1] Em sua súplica pela “graça de Deus”, o salmista pretende manter-se alinhado com o próprio Deus, pois a graça divina estabelece uma conexão entre o doador da graça, Deus, e aquele que a recebe, o salmista. Este alinhamento relaciona-se com o que Deus é;

[2] Em sua súplica pela benção divina, o salmista pretende manter-se alinhado com as bênçãos de Deus, ou seja, ele busca manter-se conectado com os feitos divinos. Este alinhamento relaciona-se com o que Deus faz.

[3] Em sua súplica por ver resplandecer sobre si o rosto do Senhor, o salmista pretende manter-se alinhado com a capacidade de refletir o esplendor de Deus. A palavra resplandecer significa exatamente refletir o esplendor de algo ou alguém. Este alinhamento relaciona-se com a capacidade de o salmista refletir em sua vida o esplendor de Deus, em outras palavras, ele refletirá o que Deus é e o que Deus faz.

Este Salmo, porém, não possui apenas estas três súplicas, mas ele nos apresenta o propósito pelo qual o salmista eleva aos céus o seu clamor. Observe o que o salmista diz: “para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação”. O propósito não é o desfrute do salmista, mas ele deseja expandir para o outro, a “terra [...] todas as nações”, tudo o que ele desfruta em Deus. Ele não deseja apenas ser tocado por Deus, mas deseja ser como que o braço de Deus para tocar as nações! E para que isto seja possível, ele clama pela graça de Deus, pela benção divina e pela iluminação celestial.

A. M. Cunha

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