sábado, 23 de março de 2019

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS - Capítulo 15


Assim como na língua portuguesa, a língua grega também possui um verbo de ligação que significa “ser” ou “estar”: [εἰμί]. O presente do indicativo deste verbo relativo à terceira pessoa do singular é [ἐστί], que significa “ele é” ou “ele está”. No tempo imperfeito, este verbo é assim conjugado na terceira pessoa do singular: [ἦν], cujo significado é “ele era” ou “ele estava”. No capítulo 15 do Evangelho Segundo Marcos, o centurião que presenciou o exato momento da morte de Jesus, fez uso do tempo imperfeito para declarar algo a respeito de Jesus: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.” [Marcos 15:39]. Esta, embora seja uma linda declaração, não revela toda a essência de Jesus Cristo. E por quê? Porque “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.” [Hebreus 13:8]. Provavelmente, o centurião tenha usado o imperfeito quando se referiu a Jesus, porque até então não lhe tinha sido revelado que a morte jamais seria a palavra final na história do Filho de Deus, pois a ressurreição de Jesus romperia “os grilhões da morte”, numa veemente declaração de que “não era possível fosse ele retido por ela.” [Atos 2:24]. Definitivamente, Jesus não apenas era o Filho de Deus. Ele era, é e sempre será o Eterno Filho de Deus!
A. M. Cunha

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